Capítulo 4

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Thyra

Estava já na porta da sala de reuniões , meu corpo está tremendo, não consigo controlar o suor em minha mãos, é a primeira vez que um alfa supremo vem pessoalmente na alcateia em décadas se não um século, somos uma aldeia isolada e por muito tempo foi uma das atrasada, mas eu estou tentando melhorar a todo custo a vida de todos com “tecnologias"*. Já sofremos muito por estarmos atrás da maioria, não quero que o passado se repita nessa alcateia.
Coloco minha mão na maçaneta mentalizando que tudo ficará bem, olho pra mesma é vejo a pulseira que aquele espectro me deu, o sol batia diretamente nela fazendo a pedra brilhar como mil diamantes com uma cor dourada, olhar ela me da força e pra enfrentar o alfa. Abro a porta e me deparo com 5 pessoas na sala, um homem alto com cabelos negros e olhos igualmente escuro com uma roupa preta e uma capa azulada, com toda a certeza ele era o alfa supremo, ao lado dele estava Adam e em pé encostados na parede atrás dos dois estava Antônio com toda a sua imponência e um homem baixinho e bem parrudo que parece ser um guarda do alfa, já que o mesmo estava armadura com o brasão da alcateia e olhando pela janela está uma mulher, muito bonita, usava um vestido azul escuro com o tecido um pouco transparente bem estruturado na cintura e no busto para parecer mais as suas curvas, tinha um cabelo negro tão ou mais que o do alfa e olhos amendoados, usava um batom vinho e olhos marcados com uma sombra escura.
A atenção de todos é atraída pra mim, me sinto desconfortável com os olhares que me dão, vou em direção do alfa ele se levanta e faço uma breve reverência
– Bom dia alfa Erik, seja bem vindo a minha alcateia – eu estendo minha mão para um comprimento – A que devo a honra de sua visita?
– Bom dia alfa Thyr – ele responde ao meu comprimento e lança um olhar sobre a pulseira – Eu vim ver com meus próprios olhos os avanços que correm os 6 clãs, e pelo pouco que vi realmente estou impressionado.
Meu coração infla de alegria, meu maior orgulho é minha alcateia. Somos uma alcateia simples e bem produtiva, quase não temos contato com outras pois tudo que precisamos temos aqui, não temos nenhum lobo desviado, não temos roubos e bem poucos ataques dos quais ganhamos todos.
– Eu tenho muito orgulho dos avanços tecnológicos que eu e minha alcateia desenvolvemos, se quiser eu levo o senhor para ver o que cada uma.
– Devo confessar que estou muito ansioso pra ver, já vou adiantando que algumas dessas coisas eu quero em minha aldeia – ele ri de seus pensamentos dando dois tapinhas em minhas costas – Antes que eu me esqueça eu quero lhe apresentar Kirsten, minha irmã mais nova
Dou uma breve reverência e pego sua mão deixando um beijo em seu dorso
– É um prazer conhece lá – olho em seus olhos e consigo ver luxúria quase deixando esse olhos amendoados violetas
– O prazer é todo meu, alfa Thyr – meu nome sai em um tom diferente, ela passa a língua em seus lábios, realmente não me admira ter essa reação, sou quase uma raridade nesse lugar, tenho uma pele alguns tons mais claros que a maioria olhos azuis escuros e um cabelo branco como a neve, mas isso nunca vai acontecer, eu não sou um homem como todos pensam, eu sou uma mulher, eu sou uma criança da lua de sangue, minha mãe infelizmente não pode ter mais filhos por conta da maldição, então tive que viver como um menino por toda a minha vida, e ela já está planejada, Antônio tem uma filha, Luna, minha melhor amiga, quando ela atingir o cio de maioridade vamos começa a tomar uma poção que força a ligação e casaremos, infelizmente esse processo é doloroso e lento, além de nós nossos companheiros de sangue também sentem, isso pode ser fatal para eles.
Olho para o alfa para evitar maiores constrangimentos e os convido para passear pela aldeia e conhecer as tecnologias que aplicamos a ela. Todas as casas são feitas de pedras cinzas escuras e madeira de eucalipto, mas todas elas com encanamento que leva a água da chuva que é coletada por grandes tinas de barro revestidas com seiva colocadas em pontos estratégicos da casa, para dentro das mesmas, além de levar as hortas que cada morador tem. Cada casa tem uma estufa ao lado pra conseguir manter a colheita mesmo no inverno e a menina dos meus olhos e a água quente que conseguimos mandar pras casas, a um poço de água  aquecida bem embaixo da cidade e conseguimos mandar pras casa no inverno.
Depois de visitarmos quase todas as casa, já se encontrava a noite, convidei o alfa e sua irmã para irmos jantar uma comida típica de minha aldeia, um peixe de carne vermelha que só tem nessa região recheado, algumas tortas, pães, massa, vinhos e cerveja que nós fabricamos. A mesa estava posta com todos os mais variados pratos para agradar nossos visitantes, sentamos na mesa e começamos a nos servir
– Com licença alfa Thyr – pergunta Erik – porque a mesa de jantar de vocês não é retangular como as outras?
– Não usamos uma mesa retangular convencional por que pra mim ela impõem poder a quem senta na cabeceira, aqui somos todos iguais lutando pra fazer ela crescer por isso a mesa redonda – não sei se minha palavras vão ofender ele, não é minha intenção mas é a verdade.
– Eu respeito muito essa sua ideia de igualdade, ela é muito bonita a alcateia é organizada e da pra ver que você é um bom alfa. Conhecer sua alcateia era um dos motivos a outra é que eu quero convidar vocês pra entrar no clã Black.  Você aceita? 
– Claro alfa Erik, seria uma honra

Dois meses depois

Já passou dois meses desde que o alfa veio pra cá e eu aceitei seu convite, a vida na alcateia não poderia estar melhor, conseguimos acumular uma riqueza extremamente alta em muito pouco tempo, somos a segunda aldeia mais rica depois do clã de Luna Nera. Minha alcateia não a quase nenhum empregado e não usamos de escravos para obter lucro, todos produzem seus próprios alimentos, a apenas alguns que não tem muita terra que trabalham pra compara o que não conseguem produzir. A vinda de comerciantes querendo comprar nossos produtos e revender em outras vilas de lobos e não lobos foi imensa, eu nem consigo raciocinar diante de tantos papéis com pedidos de moradia e autorizações de comércio, acho que terei que contratar alguém que me ajude com isso.
Estou na sala de reuniões olhando alguns papéis de comerciantes que querem instalar seus comércios aqui quando Adam entra pela porta com uma carta em mãos
– Senhor essa carta veio do clã Lumos.
O papel tinha uma cor pérola, e vinha com o brasão de Lumos em um lacre vermelho e dourado, rompi o lacre e para ler o conteúdo da carta.

Caro alfa da alcateia Sigrid
Venho por meio dessa lhe convidar para a festa de casamento do alfa Igor e sua esposa Freya
Acontecerá dia 22 de dezembro em minha alcateia
Conto com sua presença
Atenciosamente Cristofer, assistente do alfa.

– Minha lua mais essa, terei que ir direto arrumar as malas partirei amanhã cedo – suspirei alto e olhei para Adam – avise a Luna, pra ela arrumar as malas, será dois dias de viajem, provavelmente chegaremos semana que vem


Essa é nossa amada thyra, pra quem estava em dúvida, votem e comentem isso me ajuda muito. Tenham um excelente dia

 Tenham um excelente dia

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🅿︎🅰︎🆄︎🆂︎🅰︎ As lunas da alcatéiaOnde histórias criam vida. Descubra agora