Capítulo 4 - Por Trás das Máscaras

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- Sim, Kanim, eu tive uns problemas com o carro

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- Sim, Kanim, eu tive uns problemas com o carro. Meu celular descarregou e precisei usar o de um amigo - Kim Jongin mentiu para a garota, tentando fingir a todo custo que não se sentia desconfortável com a maneira que o anfitrião lhe encarava. - O homem que me convidou para esse jantar me ofereceu estadia aqui por hoje - explicou, calmamente. - Por favor, cuide dela enquanto eu não estiver. Confio em você.

O celular foi desligado após a resposta da moça, e, então, entregue ao dono.

- Deixará de seus surtos, agora? - Kyungsoo indagou.

Jongin respirou fundo, tentando manter a paciência.

- Como gostaria que eu reagisse, Do Kyungsoo? Bem? Quer que eu pule de alegria? Eu vou ser a testemunha de um assassinato! - disse estressado, se dirigindo até a grande sala de estar e se sentando no sofá cinza, atordoado.

Kyungsoo o acompanhou como uma sombra, como sempre. Observou o outro tirar o sobretudo, revelando o tronco bem marcado pela camisa preta que se colava ao corpo e também realçava o formato do seu peitoral forte e da cintura fina. Talvez não devesse reparar nesses detalhes.

- Não se preocupe, Jongin. Se não quiser ser a testemunha, pode ser o próprio assassino, sem problema algum - disse com desdém.

O Kim se enfureceu.

- Você é um egoísta fodido, não é? Você não pensa nos outros, por acaso? Você tem filhos, Do Kyungsoo! Tem amigos! Você não para pensar em como essas pessoas vão ficar? Construiu simplesmente uma família para deixar ela de um jeito trágico sem mais nem menos? - cuspia as palavras, sem dó ou piedade.

- Cale a boca! - gritou. - Você não sabe de nada, Jongin!

- E você também não! - rebateu, se inclinando para a frente. - Se soubesse, não estaria planejando algo tão estúpido!

Kyungsoo levou a mão à testa e baixou a cabeça, num claro sinal de quem procurava algum resquício de sanidade.

Foi então que se dirigiu até um armário de vidro no canto da sala, onde se dispunha de várias bebidas e taças. Retirou uma e um vinho qualquer dali, derramou o líquido dentro do recipiente e estendeu-o a Jongin.

- Vamos, beba! - insistiu. - Você está precisando, Kim Jongin.

Jongin entendeu o que o outro estava querendo fazer. Ele gostaria que ficasse o menos sóbrio possível para que pudesse suportar aquela ridícula ideia. Mas não, Jongin não queria ser mais uma peça naquele jogo sombrio e não deixaria que embriaguez alguma lhe tirasse os sentidos em um momento como aquele.

- Eu não vou beber, Kyungsoo - rejeitou, virando o rosto para o lado.

- Beba! - o mais baixo voltou a ordenar, impaciente, aproximando a taça do outro. Estranhou sua repentina falta de reação, recebendo apenas o silêncio como resposta.

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