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Nunca pensei que me sentiria deslocado e entediado com apenas dois dias que sai de casa.
Depois de chegar em meu apartamento e organizar minha bagunça, eu irei até a assessoria de passagens fechar minha compra de viagens nesses quatro anos que ficarei aqui, todo ano, visitarei minha família duas vezes em Busan.
O mais estranho é que o endereço que me deram para a assessoria, está errado, porque vim parar em uma loja de penhores. Olho ao redor para ver se havia alguém na rua para pedir informação.
Estranho.
Lembro de ter visto umas três ou quatro pessoas nessa mesma rua.
Olhando para dentro da loja de vidro com objetos na vitrine que parecem ser de antiguidade, bato na porta três vezes, vai que o dono me diga onde fica a assessoria, não é?
Cansado de esperar e ninguém aparecer me viro na intenção de ir embora. Mas, assim que ouso a porta com sininho ser aberta, em um sobre salto olho para trás e vejo uma senhora, de cabelos brancos amarrados em um coco, de bochechas grandes, brincos de flores brancas com um vestido maior que ela e da mesma cor que os brincos.
Fofa.
— Você procura algo, meu filho? — ela diz, e só então percebi que passei um tempinho observando-a
— Oh sim — ela me olha atenta — eu queria saber onde fica essa assessoria— entrego a ela o papel que deram a mim na universidade.
Ela parece analisar o papel com cuidado, quando me olha como se já tivesse resposta para minha dúvida.
— Estive esperanpdo você por muito tempo — ela diz suave — como disse ???? — digo, confuso, o que ela quis dizer com isso?
— venha, entre — ela dá as costas para mim e eu continuo parado sem saber o que fazer ou dizer.
— tem algum tipo de agencia ai a trás? — ainda sem entender porque estou entrando em uma loja de penhores.
— você pergunta de mais — ela me olha por cima do ombro — venha, pegue, não temos muito tempo — ela pega uma pequena caixa dentro de um armário velho e empoeirado.
— tempo? Senhora, do que você está falando? Eu só preciso achar a assessoria — já estou um pouco nervoso com essa situação, o que ela quer de mim?
Agora deu...
Uma velinha quer me assaltar?
— juro que não tenho nada de valioso comigo! - dou um passo para trás e levanto as mãos para o alto — além do meu rostinho lindo, é claro.
— deixe de bobeiras, menino! — ela gesticula para que eu chegue mais perto — aqui, tome — ela abre a caixa e tira um tipo de colar.
— o que é isso? — estou olhando para o pingente que me chama muito a atenção.
— olhe — ela estende o pingente em minha direção. É uma meia lua de prata com as pontas pinceladas em um tom violeta. — tome e volte para casa antes da lua cheia de hoje — ela puxa minha mão e coloca o colar sobre ela — assim que o relógio marcar a meia noite, coloque o colar e o segure, olhe diretamente para a lua, não desvie o olhar — ela fecha minha mão com o colar dentro.
— senhora, o que é isso? Lua? Meia noite? — oh Deus, eu só queria achar a assessoria...
— corra, não temos muito tempo! — ela começa a me conduzir para fora da loja —por favor, Jeon, não deixe de fazer, existe muita coisa em jogo. — já do lado de fora da loja eu fico entre olhar para o colar em minha mão e para a senhora a minha frente me olhando em suplica — certo, certo — digo atordoado, me viro para seguir caminho mais...espere...
Em choque viro bruscamente para ela com os olhos arregalados - como a senhora sabe meu nome????? — quando procuro a senhora ela não está mais aqui.
A loja que a segundos atrás estava com as luzes acesas, agora está escura e com um placa de fechado na porta de vidro. Certo, racionalmente, não existe a possibilidade de um ser humano desaparecer assim tão rápido, principalmente uma senhora. Acho que estou ficando louco, aqui, sozinho, nessa rua que está me dando calafrios.
Seguindo caminho para voltar para o apartamento, desisto da ideia de pegar um taxi, depois dessa, a última coisa que quero é ficar sozinho com um desconhecido.
Um transporte público talvez.
Antes de concluir minha linha de raciocínio, alguém passa correndo ao meu lado.
Ótimo, agora sim é um assalto.
O cara para um pouco mais distante de mim, parecendo ofegante, se vira e olha para mim. Certo, nem comecei o meu primeiro dia de aula na universidade e acho que nem vou conseguir.
— Ei, você! — giro no mesmo lugar e vou para o lado oposto, andando apressado fingindo que ninguém falou comigo e que ainda vou para meu primeiro dia de aula.
— Espera ai cara! — certo, eu sou tão jovem para morrer agora. — eu só queria perguntar uma coisa, ei, eu não vou te assaltar! — essa é a nova tática que estão usando? Nesse tempo que parei para pensar, ele me alcança — o que você quer comigo? — sou eu quem diz com receio. Ele parece ter corrido uma maratona, nem consegue organizar o que diz, agora que parei para analisa-lo mais de perto, ele é ...hm...bonito?
Porque o rosto dele não tem nenhuma espinha? Que injusto.
Ele passa as mãos pelos cabelos escuros depois pela blusa. — você acabou de sair daquela loja? — ele pergunta parecendo apressado — sim — respondo — eu estava procurando uma assesso...—
— ótimo, e a velinha te deu alguma coisa? — ele me interrompe — algo tipo um colar? — certo, acho que aquela senhora dá colares de graça. — sim, ela me deu um colar — respondo e tiro o colar do bolso mostrando o mesmo para o cara a minha frente. Ele pega o celular no bolso e arregala os olhos — já está ficando tarde, vamos! — ele me puxa pelo braço e me guia correndo para algum lugar.
Ao chegarmos em uma praça bem iluminada com poucas pessoas, eu apoio minhas mãos nos joelhos, sei que não corremos mais que um quilometro, mas parece que corremos cem.
— Ah... meu nome é Hoseok — ele diz sorrindo — Jung Hoseok — ele estende a mão ainda sorrindo para que eu a aperte. Meu Deus, que sorriso...
— você se chama...? — eu levanto rapidamente e aperto sua mão — jeon jungkook — logo encerrando esse comprimento demorado — vem — ele me chama indo em direção a um dos bancos — vamos ter que ficar aqui até dar a hora.
— você não está falando da meia noite que aquela senhora disse, não é? — eu não fico até meia noite em um praça nem doido.
— eu só estou curioso para ver oque vai acontecer, vai ser divertido — ele olha para o céu a espera de algo. Algo que tenho certeza que não vai acontecer.
Bem, não é cem por cento de certeza.
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Perppermint - Tiffi - 🎶
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Que tal???? ;)
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The eclipse • JJK+PJM
FanficEu trabalhava na Hragus, um lugar criado pelo meu pai, com intuito de servir boa bebida leve e conforto para todos que vinham ali. Exceto para um cara que ia todo sábado no estabelecimento, ele parecia muito jovem para estar ali, cheguei a essa con...