Prólogo

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- Claro Rafa, já tô saindo de casa, só estou dando remédio para minha avó, é rápido.

Eu estou a conversar com minha melhor amiga, afinal eu estou 30 minutos  atrasada pro ''trabalho'' e eu tenho que garantir um bom ponto porque se não irão tomar os melhores lugares e eu não terei como conseguir uma boa grana. O que não seria nada bom. Termino de dar o remédio para minha avó e enfim saio de casa. Ando alguns minutos e chego ao centro, vejo Rafa que acena para mim e vou andando apressada até ela. 

- Nossa Paty, foi difícil manter aqui viu? Perdi dois clientes.

- Ah Rafa, me desculpa pow, eu tinha que medicar minha avó- falei lamentando.

- De boa, mas só dessa vez hein, tu tem é sorte de me ter como amiga. Enfim, vamos circular, porque o movimento tá bom hoje.

Ela foi para um lado e eu comecei a andar por outro. Fiquei circulando por alguns minutos até que um carrão preto se aproximou de mim e depois de alguns segundos parado ele abaixou o vidro. Fiquei impressionada com o que vi na minha frente, era uma incrível beldade negra, chega me deu água na boca. Ele soltou um sorriso que era lindo mas amedrontador isso me deixou bastante instigada. Sua energia era pesada, não sei explicar ao certo mas isso me deixou bastante confusa. Deixei isso de lado e me tranquilizei, afinal eu tenho que continuar meu trabalho. Pus meu melhor sorriso e me abaixei até ficar na abertura do vidro.

- E aí gatinho, está preparado para ter a melhor noite da sua vida?

- Com certeza- ele dá um riso curto e grosso- Entra aí, delicia.

Pelo seu carro e por suas roupas, dava para perceber que o cara é bom de vida. Durante o trajeto que ele estava fazendo, notei que ele estava me analisando de cima à baixo. Eu hein, cara estranho. Em determinados momentos ela passava a mão na minha coxa e ia até a calcinha. Quando ele apertava minha coxa, só faltei ir pro céu, meu Deus, que homem é esse?

- Como sua demanda funciona, gatinha?- ele perguntou sem parar de apertar minha coxa.

- 1 hora 50 reais, 2 cem e assim por diante- mexi em meu cabelo e me inclinei para dar um beijo no pescoço dele e que homem cheiroso.

Paramos em um motel de luxo e eu fiquei de boca aberta só com a entrada. Em dois anos nesse ramo, nunca me trouxeram para um motel de luxo, nem os clientes mais ricos, esses eram os que preferiam fazer no carro, a me levar para algum motel. Ele entrou no estabelecimento e parou em frente a recepção, a moça pediu nossos documentos e logo em seguida autorizou nossa entrada e nos entregou o cartão magnético. Na hora que a recepcionista nos devolveu as identidades, ele ficou por cerca de 10 segundos analisando a minha, estranho. Será que ele é da policia? Provável que não e tomara que não seja. 

Ele estacionou o carro e saímos em direção ao quarto. Ele passou o cartão na trava e entramos. Ele já foi me agarrando, me pegando no colo e me impressionando contra a parede enquanto dava chupões em meu pescoço. Ele me desceu e me olhou com fogo nos olhos- querido, você não pratica o coito a quanto tempo?- quis rir do meu comentário mas mantive a compostura. Ele tirou a roupa dele apressado e eu fiz o mesmo ficando apenas de lingerie. Ele veio até mim e eu pulei no colo dele e o mesmo me levou para a cama e então começamos o coito. 

(***)

Depois de 3 horas intensas e sem nenhum descanso ele finalmente chegou ao ápice e caiu ao meu lado. Demorei dois séculos tentando recuperar o fôlego e me sentei na cama. Olhei pra ele com uma expressão nada puritana e ele levantou da cama sem expressão alguma, tô falando, esse cara é muito estranho eu hein, onde eu fui me meter? Ele andou devagar até o banheiro e me deu uma visão maravilhosa de sua bunda, que se duvidar chega a ser maior do que a minha, sem brincadeira. 

Ouvi o barulho de água caindo e me permitir entrar no banheiro, as vezes eu tenho que ser estupida por quê? Ele me olhou com um olhar mortal que me vez dar meia volta e sair do banheiro, tá legal, agora, definitivamente eu estou morrendo de medo desse cara. Esperei ele sair do banheiro e quando ele saiu eu entrei na velocidade da luz. Tomei uma ducha rápida e saí do banheiro na mesma velocidade que entrei. Vesti o que eu tinha para vestir e encontrei o dinheiro jogado na cama. Conferi só que tinha mais do que ele me devia, separei as notas que me pertenciam e me virei pra ele.

- Cara, aqui tem mais do que me deve- estendi as notas pra ele.

- Fica, interpreta como gorjeta- tá mais pra caridade seu imbecil

- Tá- dei de ombros e terminei de calçar meu salto. 

Saímos do quarto e fomos para o estacionamento. Ele destravou o carro e entramos no mesmo,passamos pela recepção e ele devolveu o cartão e então saímos do motel. Passamos o caminho todo em um silêncio desconfortável, até que finalmente ele me deixou no meu ponto e foi embora. Continuei por mais algumas horas e então finalizei o expediente. Hoje eu consegui uma boa grana e isso me deixou contente, me despedi de Rafa e voltei pra casa.  Entrei no meu conjugadinho e fui pro banheiro. Tomei um banho bem relaxado e fragmentos de mais cedo invadiu minha mente, o que aquele homem queria comigo? Isso foi muito estranho, em um momento ele transparecia alegria e no outro ele tava com um ar sombrio. Bom melhor eu esquecer isso. Fui pro quarto me vesti com o maior cuidado para não acordar minha avó e me deitei. Só depois de eu estar completamente relaxada, com a mente calma e com a cabeça no travesseiro, eu lembrei que foi somente com o cara negro que eu transei sem camisinha e depois disso eu não consegui dormir. 

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