Hope. [markhyuck]

Fuga da escola.

Pareceram-se horas desde que um Donghyuck todo machucado e mordido entrara na sala e agora todos estavam aí seu redor intrigados com a situação inusitada.

— Como vamos sair daqui? – Yukhei perguntou, ainda encarando Donghyuck que se aninhava no blazer do colega. As mordidas em seu pescoço e braço ainda evidentes. 

— Esperamos o anoitecer. – Ditou Mark. 

— O anoitecer? Mark, ficou maluco? Até o anoitecer tem o dobro dessas coisas lá fora. – Da-In protestou.

— E você prefere que seja como? – Mark, ralhou olhando a hora no celular com pouca bateria. — Haechan, vamos levar o seu celular também. Se você é imune mesmo, quer dizer que pode passar por aqueles errantes sem ser percebido, não é? 

— Provavelmente sim. – Deu de ombros, se aquecendo no casaco. — Eu estou com fome. – Reclamou, se encolhendo. 

Havia somente poucos minutos que tinha descoberto ser imune ao vírus e já se fazia com fome e com frio. Talvez ele fosse mesmo morrer. 

— Eu também estou, mas se quisermos comer temos de esperar. – Mark explicou. — Nossa meta é atravessar a cidade atrás do seu pai e leva-lo ao exército. Provavelmente você é a chance de uma cura, Donghyuck. 

— Então quer dizer que existe mesmo uma base militar do outro lado da cidade? – Perguntou, se levantando. Donghyuck estava coberto de sangue seco e poeira. 

— Segundo as informações da minha mãe, existe. E eu vou levar você até lá. 

— Mas e se quiserem me matar para fazer pesquisas? – Estremeceu diante do pensamento mórbido que teve. 

Mark se aproximou e segurou o rosto de Donghyuck com ambas as mãos e olhou em seus olhos. 

— Isso não vai acontecer, porque eu não vou deixar! – Abraçou o colega que correspondeu o abraço de maneira tonta e desajeitada. — Eu pensei que você estivesse morto. O quão sortudo você pode ser? 

— O bastante para me manter nesse inferno. – Sussurrou de volta. 

— Vamos enfrentar isso juntos. Para qualquer fim. 

— Obrigado, Mark. – Agradeceu as bochechas coradas de vergonha. 

— Não me agradeça até estarmos do outro lado. – Ajeitou a postura e se virou para Yukhei e Da-In que lhe observavam curiosos. — Vocês vêm? 

— Mas é claro! – Da-In ajeitou melhor a saia e arregaçou as mangas do colégio, pondo as mãos na cintura. — Vamos tirar essas coisas do caminho. 

— Yukhei?

— Você não precisava nem perguntar. – Murmurou, se aproximando finalmente. — É claro que eu vou, estamos carregando esperança conosco. 

— Então... – Donghyuck pigarreou distraído. — Quem tem um plano? 

— Como foi que você derrubou mesmo esses negócios? – Perguntou Yukhei e Donghyuck apenas apontou para o extintor de incêndio ao seu lado. — É por isso que você está coberto de sangue e tripas? 

— Mais ou menos por aí. – Gesticulou, agarrando o extintor. 

— E se fizermos uso da fumaça do extintor? – Perguntou Da-In analisando o objeto. 

— Você acha que esses bixos enxergam? – Yukhei interrompeu, meio furioso, meio convicto. 

— Eles eram pessoas, como você acha que correm atrás de nós se não nos enxergam?