Bebida Barata

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Outra vez acordo com o celular tocando as três da manhã. Pelo toque já sei que é você ligando. Uma parte de mim não quer atender porque ela já sabe o que vai acontecer mas existe a outra parte que anseia loucamente por esse momento é mais forte e me força a atender.

"Estou aqui!" – Sua voz rouca soa do outro lado antes de encerrar a ligação.

Ainda deitado olho para o teto com a respiração ofegante meus olhos ardem enquanto sinto aquela dor característica se espalhar por meu peito. Toda vez é a mesma coisa não consigo lutar contra por mais que eu tente resistir eu sempre acabo caindo na sua armadilha. Enquanto vou me recompondo consigo ouvir suas batidas em minha porta.

Controlo minha respiração e escondo a minha dor então me levanto e vou seguindo lentamente até a porta mesmo sabendo que você já está impaciente do outro lado. Abro a mesma e te encontro encostado no batente com uma garrafa de whisky barato e um sorriso no rosto. Não digo uma palavra apenas te permito adentrar o ambiente antes de trancar novamente a porta. Quando me viro lá está você sentado todo relaxado em meu sofá com a garrafa em mãos e aquele maldito sorriso cafajeste enquanto me olha. Sei que o que estou vestindo te agrada, afinal eu sei tudo sobre você.

Vou me aproximando lentamente para que dure o máximo possível o tempo que temos juntos. Assim que estou aproximo o suficiente você me puxa para sentar-me em seu colo. Deixo cada uma de minhas penas ao lado de seu corpo para que seja mais fácil na hora de me carregar. Você me entrega a garrafa pela metade e espera que eu beba de seu líquido e de novo cumpro seus caprichos e deixo a bebida amarga invadir minha boca e logo descer queimando por minha garganta. Como recompensa sinto seus lábios percorrerem meu pescoço enquanto suas mãos livres apertam minha cintura com força, não para machucar mas para deixar a sua marca.

Relaxo sobre seus toques que vão avançando a cada minuto as mãos agora inquietas percorrem meu corpo lentamente a esquerda se aventura por dentro da minha blusa subindo por meu tórax até chegar em meus mamilos então você aperta um de cada vez a pressão aumentando a cada segundo até que permito um gemido baixo escapar. Sinto um sorriso se formar em seus lábios que continuam a percorrer e a marcar meu pescoço. Ao sentir a direita invadir o shorts do meu pijama deixo escapar outro gemido dessa vez mais alto e manhoso fecho os olhos envergonhado ao me lembrar que não estava usando nada por debaixo do shorts.

"Já estava me esperando?" – Te ouço sussurrar em meu ouvido. Mantenho meus olhos fechados mas permito-me encostar minha cabeça em seu ombro para esconder a vermelhidão que sinto se espalhar por meu rosto. Pelo seu tom de voz sei que está com aquele sorriso convencido no rosto.

" Por que estaria?" – Retruco tentando manter o que resta da minha dignidade mas ela me é tirada instantaneamente ao sentir ambas as suas mãos estapearem a minha bunda desnuda com força.

" Parece que alguém esqueceu das regras." – Disse apertando minhas nádegas com força. – "Sei que anseia pelos meus toques, sei que sou o único que te satisfaz!" – Tua resposta apenas reafirma tudo o que eu já sei. Que minha sentença foi assinada a primeira vez que aceitei ser sua válvula de escape. Por mais que eu tente negar fui eu mesmo que me coloquei nessa situação e sendo sincero já nem sei mais se eu quero sair de sua teia. "Não vai dizer nada, Princesa?"

Não tenho o que responder pois ele já sabe a resposta. Afinal da mesma forma que eu sei tudo sobre ele esse idiota sabe tudo sobre mim. Sabe como me conquistar e me manter perto sempre. Depois que eu o conheci ninguém foi capaz de me satisfazer como ele. Eu devo ser um maldito masoquista por permanecer sempre esperando por essas migalhas de atenção.

Vendo que não teria nenhuma resposta vinda de mim ele decidiu retomar o que estava fazendo anteriormente. Suas mãos se firmaram em minhas pernas quanto se levantava, nesse momento meus braços automaticamente envolveram seu pescoço enquanto unia nossos lábios. Ele caminhava lentamente em direção ao meu quarto lugar já tão bem conhecido por ele. A cada passo seu o ambiente ia esquentando assim como nossos beijos. Ele fazia questão de esgotar até o último sopro de ar que havia em meus pulmões antes de libertar meus lábios. Ambos arfávamos loucamente em busca de ar, mas isso não foi empecilho para que ele voltasse a atacar.

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