Chegada a Festo.

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O caminho era longo até Festo, cidade em que se localizava a Escola Loyalt. As estradas repletas de árvores floríferas como Magnólia, Flamboyant e Espatódeas alegravam o coração de Margô seus olhos brilhavam com tamanha beleza.

Ao chegar à cidade os habitantes reverenciavam-na, formava-se multidões nas ruas e todos clamavam com felicidade seu nome. 

-Princesa Margô, Princesa Margô!!

Seguiu-se assim até os portões da Escola Loyalt, os guardas com seu papel cumprido despediram-se da princesa e aguardaram que atravessasse pelo grande umbral.

 Ao apear do cavalo aproximou-se de Margô dois jovens soldados:

-Princesa Margô, é uma honra tê-la conosco queira me acompanhar. A proposito me chamo Rapel.

-Um prazer Rapel.

O outro jovem sem se identificar ou se pronunciar levou Carbonero para o curral em silencio.

Ao adentrar o cômodo notou grande riqueza na decoração do salão, grandes pilares ornamentados com detalhes em ouro rico em cores vibrantes, onde enfatizavam histórias de guerras as mesmas que um dia Catrina sua mãe a contara, havia ainda grandes quadros com pinturas magnificas que aumentavam o charme da decoração.

Durante a cerimônia de abertura, Margô ouvia e observava atenta aos discursos dos líderes que estavam presentes, mesmo em meio à multidão destacava-se, todos a respeitavam como princesa, mas sabia que mais tarde quando se tornasse rainha precisaria mais do que isto para liderar. Precisava garantir a lealdade dos que ali estavam presentes, se ajoelhariam e jurariam manter suas alianças e se por ventura houvesse ameaças de guerra lutariam por seu reino, por seu nome.

Margo observava os brasões que os portas bandeiras estavam segurando, seu mestre Ertidos lhe fizera decorar todos sem exceção. Os Lunkers tinham em seu brasão um guerreiro com uma espada bordado em dourado, o Clã Greylin um escudo com uma espada atravessando a cabeça de uma serpente bordado em preto, o Clã Klound com seu elmo bordado em  em azul-escuro, entre outros que ali se encontravam.

  O caminho aos dormitórios é repleto de volumosas janelas e flores, a primavera estava no ar e junto com ela um doce aroma, durante o caminho sentiu uma brisa leve, suave que balançou seus cabelos escarlate, sentiu borboletas no estômago, estava nervosa, tudo era uma grande novidade.

Para chegar aos seus aposentos se dirigiu a uma longa escadaria, dois enormes lustres, imponentes e luxuosos iluminavam o caminho até seu quarto, por todo o caminho havia quadros e flores, magníficas armaduras reluzentes enriqueciam a decoração. Ao entrar no cômodo inspecionou-o cuidadosamente, havia duas enormes camas de madeira de sandala que exalavam um leve perfume, enormes armários feitos de bocote,onde já estavam suas coisas, todas organizadas. Reparou em cada detalhe.

Sua roupa de cama havia bordado o brasão de seu clã uma coroa dourada com rosas vermelhas ao redor, o brasão da segunda:

- Peculiar. -Pensará que aquele clã estivesse extinto, pois em todo o reino não havia notícias de algum sobrevivente do Clã Werty, - do qual o brasão era um dragão negro, com olhos vermelhos.

Estava sozinha, e o silêncio que fazia no cômodo deixou-a inquieta suas mãos suavam precisava movimentar-se. Resolveu então, examinar e polir seu arco, ficou preocupada se o teria danificado, passará por lugares íngremes, durante o caminho, se orgulhava da beleza de seu arco, feito de uma árvore extremamente rara, talhado com desenhos de orquídeas, com detalhes em ouro. O arco havia sido de sua mãe, e mesmo passados tantos anos conservava- se em perfeito estado.

Marcavam XXII horas, quando o sino badalou, quase que no mesmo instante ouve batidas na porta, Margô levantou-se e a abriu, avistou um rapaz de aparência agradável, alto, cabelos negros, ombros largos, coberto por uma capa preta aveludada com botões dourados, que ao vê-la disfarçou um sorriso tímido em seus lábios. Prestou sua reverência como todos na corte.

-Boa Noite, princesa, creio que dividiremos os aposentos.

-Sim, Boa Noite, entre não fique esperando, e por favor pode me chamar de Margô

-Como desejar, a proposito meu nome é Hendrick.

Margô sentiu suas bochechas queimarem e afastou-se da entrada permitindo que o rapaz adentrasse o cômodo.
Ficando impressionada com a beleza, do rapaz, disfarça seu olhar e se dirige em direção ao baú para guardar seu arco, seu colega dirige-se a sua respectiva cama em silêncio, e se prepara para deitar.
Margô finaliza seus preparativos e se deita. Ao recostar sua cabeça no travesseiro macio senti uma dor no peito, uma fisgada. Uma enorme saudade de casa invade seus pensamentos, Margô respira fundo, fecha os olhos lentamente, e neste momento uma pequena e tímida lágrima cai.
Para reaver sua coragem, veio a sua mente as palavras que sua mãe sempre dissera...

- Não devemos ter medo dos confrontos nem das coisas novas Margô... Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas. Agora durma meu amor. Amanhã será um novo dia-

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⏰ Última atualização: May 10, 2020 ⏰

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