𝐎𝐍𝐄 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 - 𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀

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Quarto do Léo, apartamento dos Prado/Barbosa, RJ, Brasil

-Por favor não me diga que registrou o nome do nosso filho de Leonardo Gabriel.

-Então eu não digo. - Brincou sorrindo logo o fechando ao ver o olhar irritado da noiva. - Qual é, pelo menos não foi Gabriel Júnior.

-Graças a Deus não foi Gabriel Júnior. Por que se não alguém ia dormir no sofá, né meu amor? - Afinou a voz, enquanto balançava o recém nascido em seu colo. - Aí não, ele vai vomitar em mim de novo?

-Já falei pra não balançar ele depois que comeu, Willaynna. - Reinier lembrou enquanto folheava uma revista de fofocas. - O cesto de roupas sujas, tá lotado só com roupas suas sujas de leite.

-Eu não tenho culpa, se o meu filho gosta de vomitar em mim. - Se defendeu, como se fosse óbvio. - Você deveria vomitar no papai, isso sim.

-Por que eu?

-Por que você registou o nome dele como Leonardo Gabriel? - Devolveu a pergunta ironicamente.

-Leonardo Gabriel Prado Barbosa. Olha só que nome de poder.

-Reinier bate nele. - Bufou fazendo um careta, ao sentir um líquido quente manchar aos poucos sua blusa. - Obrigada, leãozinho mamãe também te ama.

Após o recém nascido arrotar e deixá-lo em seu berço, a mulher se encaminhou para o quarto, para trocar a blusa manchada de leite, aproveitando a oportunidade, para já tomar um banho.

Sentira o box ser aberto pelo vendo que adentrara, e o mesmo logo sendo fechado. Encarou Gabriel com o cenho franzido, questionando quem estava cuidando do filho.

-Reinier ficou lá.

-Tá me dizendo que deixou uma criança cuidando de outra? - Ergueu a sobrancelha duvidosa.

-Eles sabem se virar. - Deu de ombros, fazendo pouco caso, afinal aquele não era seu objetivo. - Cê ficou chateada com o lance do nome?

-Pra falar a verdade nem tanto, porém eu tinha que fazer um draminha. - Segredou rindo. - Até que combinou Leonardo Gabriel. Não ficou tão ruim.

-Eu sei que não. - Abraçou a cintura da mulher escondendo o rosto na curvatura de seu pescoço. - Já percebeu que esse foi o único momento que a gente pode realmente conversar nessas últimas semanas? Digo como um casal.

-Percebi. A gente só conversou sobre os horários. - Comentou ainda abraçada ao noivo. - É tão estranho estar em casa. É bom, mas as vezes eu sinto falta, da movimentação que trabalhar exige. Licença maternidade é estranha.

-Quando você voltar a trabalhar vai reclamar sobre como queria licença maternidade de novo. - Revirou os olhos, mesmo sabendo que a mulher não o via. - É bom ter um tempo pra gente. Sem fraldas e leite no meio. E bem que a gente podia aproveitar essa situação, né? Faz bastante tempo...

-Sim, faz bastante tempo. - Concordou sorrindo ao saber em que ponto aquela conversa chegaria. - Reinier não vai estranhar se a gente demorar mais um pouquinho, né? Ele deve aguentar as pontas. Inclusive melhor desligar essa água, quanto menos gastar é melhor.

-Isso aí, a gente aproveita e já faz a Sarah. - Murmurou e a morena se separou minimamente cruzando os braços e estreitando os olhos. - Que foi?

-Léo não tem nenhum mês, e tu já quer botar outro em mim? - Questionou indignada.

-Não precisa ser agora. Mas lembra sobre aquela conversa? Sobre diferença de idade?

-Tá, eu também não quero que eles tenham muita diferença de idade. Porém outro filho só quando o Léo tiver pelo menos um ano. Deixa eu me recuperar, cara.

-Sem pressa, amor. - Acalmou, e a mulher finalmente desfez a pose desconfiada. - Depois da Sarah, vem o Maurinho.

-Vai logo. - Mandou, logo o puxando para um beijo desajeitado, que fora interrompido por batidas na porta.

-Casal eu sei que cês querem ter um tempo a sós, mas o bebê abriu o berreiro de novo, e eu não sou pago pra fazer parar. Então se sequem, vistam suas roupas e vão acalmar o filho de vocês.

-Pensei que você curtisse ser irmão mais velho. - Will gritou para que ele pudesse ouvir do outro lado da porta.

-Eu curto, quando eles estão caladinhos dormindo. Já estão vindo? É melhor virem, se não os vizinhos vão achar que estamos matando a criança.

-Já estamos indo. - Gabriel quem respondera já tratando de vestir sua roupa. - Depois a gente continua, amor.

-Com certeza.

FIM...

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