Rabia

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Pov Bianca
Eu não sei explicar o que estou sentindo, parece que todo peso que eu estava carregando simplesmente sumiu

-Rafa e agora? O que a gente faz?-Perguntei com um pouco de medo da resposta

-Agora-*selinho*- vamos-*selinho*-levantar-*selinho*- e sair -*selinho*- pra -*selinho*- tomar-*selinho*-sorvete -Estou te esperando no carro, não demora- disse depois de vestir a roupa me tirando dos meus pensamentos -O bebê está te fazendo bem, seus olhos estão brilhando tanto que parecem duas estrelinhas - não sabia nem o que responder, estou tão feliz, apenas sorri um pouco tímida

Tomamos nosso sorvete e Rafa não parava de tirar fotos, quem vê de longe acha que somos um casal, eu sempre me incomodei por ficar de agarração em público, mas com a Rafa é diferente

*chegamos em casa*

-Estou exausta vamos tomar banho?- Chamei ela manhosa

-Vai lá, depois eu vou, vou fazer alguma coisa pra gente jantar- veio em minha direção e me deu um selinho demorado- você está maravilhosa, eu já disse isso?

-só umas 400 vezes-brinquei- fora as fotos, nem nos meus eventos sou tão fotografada- ela gargalhou e eu fui em direção ao banheiro

*minutos depois*

📲Celular de Bianca

-Vem jantar Bia, você precisa se alimentar bem- olhei rápido pra ela e voltei a mexer no celular, mas ela veio e o tirou da minha mão- Só depois que você jantar, vou ligar pra Vivian e falar que você está igual uma criança- falou me fazendo revirar os olhos

Jantamos e conversamos sobre nossas vidas, Rafa queria ir embora, mas eu ficava inventando desculpas pra ela ficar

Pov Rafa Kalimann

-Pode parar de pirraça Bianca eu hein, não vou dormir aqui sempre não

-Tá bom Rafa, me deixa sozinha mesmo, se acontecer alguma coisa comigo ou com esse bebê- interrompi Bianca

-Para de graça-*selinho*- isso é jogar sujo-*selinho*- vou ficar só hoje- nem eu acredito nisso, ela toda manhosa é a coisa mais linda e irresistível do mundo, não tem como dizer não

-I vi ficar si hoje- disse debochando e eu comecei e rir- vai tomar banho Rafaella, escolhe qualquer roupa minha e volta logo pra deitar aqui, vou pedir pizza

-Você acabou de jantar Bianca, meu Deus

-Chataaaaa- disse me chutando da cama

*minutos depois*

-parece que eu tirei caminhão das costas, tomar banho me deixa outra pessoa

-a pizza chegouuu- disse toda eufórica, eu achei a cena mais fofa do mundo-vem Rafa

-Vamos comer na sala Bia

-Não, a gente vai comer aqui mesmo, depois é só dormir- Revirei os olhos me sentando na cama, Bianca é uma criança que vai ter uma criança

Estava tudo maravilhoso, até que Bianca me olhou com os olhos arregalados e abaixou os olhos encarando o edredom, abaixei meu olhar até o edredom...

-BIANCAAAA, VOCÊ TEM QUANTOS ANOS?

-Desculpa Rafa, coloquei o copo na cama e ele tombou- Disse isso na maior tranquilidade do mundo

-TEM UM PORTA-COPOS DO SEU LADO BIANCA

-Eu não vi Rafinha, desculpas eu limpo

-Termina de comer, eu limpo- Bianca desceu pra sala com a pizza na mão e uma expressão meio triste, quando eu achei que ela não podia ser mais criança, ela se superou, troquei os lençóis e o edredom e desci pra chamar Bianca

-Bianca- chamei, mas ignorou- ei, olha pra mim- Bianca me olhou com os olhos marejados, dei uma risada- não fica assim Bia, você tem que tomar cuidado, eu falei pra não comer no quarto, da próxima vez escuta uai

- Não precisava gritar Rafa- Prefiro acreditar que são hormônios da gravidez, me nego aceitar que Bianca seja manhosa desse jeito

-Me desculpa então tá bom? Não vou mais gritar, agora vamos subir coisinha sensível- puxei ela para os meus braços e fomos até o quarto

-Rafa?

-Oi Bia

-Amanhã podemos comprar chocolate?- afundei meu rosto no travesseiro, o pior de tudo é que eu estou achando extremamente fofo

-Para de ser fofa Bianca- comecei a rir ainda com o rosto no travesseiro- podemos sim, vamos escovar os dentes agora

levantamos e fomos em direção ao banheiro, depois nos jogamos na cama e pegamos o celular

*Celular da Rafa*

*as palavras saíram divididas, perdão*

-Rafa, faz carinho em mim- deitou sobre o meu peito e eu revirei os olhos, Bianca é muito carente, eu que lute