Bebês Rabia!

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Pov Rafa Kalimann
Desde o momento que coloquei uma bata verde, uma touca e máscara pra entrar com Bianca pra sala de cirurgia eu sentia minhas pernas fracas e tremendo, meu coração estava batendo tão rápido que eu sentia como se ele fosse escapar pela minha boca. Levaram ela na frente em cima da maca, seria realizado uma cesariana. Quando entrei na sala já tinham dado anestesia nela

-Estou com medo Rafa

-fica calma, eles precisam manter sua pressão em um bom estado, só olha pra mim-segurei sua mão e acariciei, beijei seu rosto enquanto médico me deu o sinal que ia começar- fica pensando em coisas boas, a gente logo vai poder pegar nossos bebês no braço, a Júlia e o João Pedro estão vindo aí meu amor

-Acho que se eu tivesse escolhido normal, não ia aguentar, a dor é muito intensa, ainda lembro direitinho como foi com a Sofia

-Bia? Só relaxa ta? Os médicos são os melhores, tem muitos profissionais aqui dentro, vai dar tudo certo

-senhorita Andrade, preciso colocar essa mas que nem você, tudo bem?

-Sim doutor- Bianca disse e o Dr. colocou a máscara de oxigênio nela que estava um pouco mole por causa da anestesia. Eu estava a ponto de desmaiar de tanta ansiedade, mas tentava me manter aparentemente normal, para não deixar ela agitada. Fui me aproximar da parte que estava coberta para que Bianca não visse a hora do corte, e para que eu fui fazer isso? Quando vi o médico fazendo corte parecia que era em mim, virei de costas rapidamente e ela me olhou tensa.

-Amor... está tudo certo, só estou nervosa, é a primeira vez que assisto uma cirurgia- segurei a mão dela e levei até meus lábios. Eu apenas observava a movimentação dos médicos, tentei não me concentrar nisso, ou eu não ia aguentar de ansiedade e nervosismo. Foquei minha mulher, fiquei o tempo do distraindo ela e segurando sua mão. Não sei quanto tempo passou, mas meu coração se agitou quando eu ouvi um chorinho fraco e vi o Dr. cortar o cordão umbilical de um dos bebês, a enfermeira pegou uma toalhinha e o envolveu, primeiro foi até a balança saber o peso dele, e o trouxe até nós. Meus olhos marejaram quando ela me entregou

-O garotinho de vocês nasceu com 2,7 kg

Quando peguei ele em meus braços, não aguentei, senti as lágrimas rolarem em meu rosto, senti a alegria invadir, ele era tão pequeno, lindo e com as bochechinhas rosadas

-não chora meu amor, a mamãe está aqui- segurei em sua mãozinha e me aproximei de Bianca- aqui amor, nosso príncipe

Coloquei ele em seus braços e pude ver os olhos dela marejados. Ela fez carinho no rostinho do João Pedro e ele parou de chorar em seus braços, ficando caminho, isso fez Bianca abrir um lindo sorriso. Deixei Bianca com a enfermeira enquanto me aproximava dos médicos que pareciam aflitos.

-Algum problema?

-A menina, o cordão umbilical está enrolado no pescoço- senti meu coração errar as batidas- estamos fazendo o possível para não ter nenhuma complicação, ela não pode perder muito sangue

-Dr. Richard, estamos conseguindo

-Devagar, pega a tesoura- eles conversavam e eu estava aflita, quando vi a abertura e o sangue me senti tonta, mas me segurei em um enfermeiro

-Fique calma senhorita, vai acabar desmaiando

Eu não podia me agitar, Bianca não podia perceber, a enfermeira estava fazendo o possível para distraí-la. Tiraram a Julia e cortaram rapidamente o cordão umbilical que estava sufocando minha princesa. O obstetra entregou ela a enfermeira, o choro dela era mais fraco que o do João Pedro

-2,4 kg doutor- Disse antes de sair com elas nos braços, enrolada na toalha

-Aonde vão levá-la?

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