Ruan narrando:
Cresci no meio do tráfico, meu pai era um dos cabeças do CV, eu tinha crime nas minhas veias, e não acho isso ruim nem por um momento. Apesar de tudo, meu pai sempre me incentivou a estudar, cheguei a fazer faculdade da direito, sai quando ele morreu, assassinado pelos vermes de bota, que mataram ele a sangue frio. Meu pai foi uma cara do caralho, sempre fortaleceu a comunidade, nunca levantou a mão pra mim, nem pra minha mãe, quando ele morreu, eu virei outra pessoa, eu assumi o posto dele, matei quem matou ele, e matei muito mais gente, ganhei nome na facção e hoje sou um dos cara que comanda o tráfico no Brasil, e o melhor sem ninguém poder provar, meus anos de faculdade me ensinaram o suficiente. Não tenho problema em dizer que sou um cara frio e calculista, não penso com o coração, pelo menos, não mais.
Acordei numa ressaca do caralho, festinha ontem rendeu, fui pro banheiro tomando um banho gelado pra ficar esperto, saindo com a toalha amarrada na cintura, olhei pra cama e vi a Luana deitada. Minha parada com a Luana é a seguinte, a gente se conhece desde novo, ela é fechamento, mas eu nunca quis assumir ela, e ela nunca fez questão de ser assumida, a gente já teve sentimento, mas hoje é interesse, ela é da federal e os cara coloca ela direto pra fazer missão pra me derrubar, to com ela por informação, e ela ta comigo por tudo que eu proporciono a ela, no fundo não tem sentimento, pelo menos, não dá minha parte.
-Levanta, cara- tirei o lençol dela
-Ai Ruan, chato para uma caralho- ela sentou na cama fazendo um coque- sabe que eu preciso entregar algo pra eles, né?
-To ligado, vai ter uma festa só com os traficante menor, vou te passar o local e tu entrega, os brother de cima tão ciente já- falei me vestindo
-Caralho, são os cara que trabalha pra tu porra- ela falou levantando
-Antes eles que eu, minha linda- sorri- agora vai, tenho que adiantar minha vida
-Tu não confia pra me deixar sozinha na tua casa, depois de tanto tempo- ela falou de cara fechada
-Minha linda, eu não confio nem na minha sombra, vou confiar em policia? Não fode- ela saiu puta me fazendo rir.
Terminei de arrumar, peguei meu fuzil, e desci vendo a dona Cleide preparar meu café, ela trabalhava aqui e na casa da minha mãe, cuidou de mim e da minha irmã a vida toda, minha irmã morava comigo porque minha casou de novo, e minha irmão não se batia com o cara.
-Bom dia, luz do meu dia- dei um beijo na cabeça da Cleide e sentei
-Oi meu filho, me faça um favor, acorde sua irmã porque ela não me ouve e vai se atrasar pra faculdade- revirei os olhos
-Menina nojentinha essa Juliana né?- levantei indo no quarto da nojenta
-ACORDA PORRA, TA MALUCA?- Ela pulou da cama
-Te fode, ruan, medo do caralho-ela fez cara feia
-Se arruma, que tu tem aula porra- ela levantou batendo comigo e foi se arrumar
Voltei pra cozinha, tomei meu café, e ja arrastei pra ir resolver meus bo. Cheguei na boca e os viado tavam sentados como se nada.
-Tem trabalho não, né? Seus comédia- o menor, e o alemão riram
-Tudo agilizado cara, fique de boa- alemão falou soltando a fumaça
-Tô so por a festinha riquinha que vai ter hoje- o menor falou, me fazendo rir
-Fica comendo essas patricinha zona sul, que tu vai ver a tomada de cu, e não me chame não que eu não salvo, essa porra tudo filha de policial, promotor, vai nessa- balancei a cabeça negativamente
-Ih, coringa, vou comer, meu bom, não vou casar não- dei uma tapa na cabeça dele
-Tu é sem noção para uma porra, menor- alemão só fazia rir, tava chapado
Passei o dia resolvendo bagulho de carga de droga e arma, e sabendo que tinha um novo delegado na área que tava me caçando, mandei puxarem a ficha, todas as operações dele tinham 100% de sucesso, mas o que ele não sabia, é que eu não era um bandido comum, eu era o coringa, porra, e o vulgo não é a toa, meu maior prazer era matar verme.
Terminei de resolver tudo, e fui pra casa me arrumar pra essa porra de festa, que só tava indo por insistência dos dois sem noção, e porque era de um parceiro meu da faculdade, que sempre fechou comigo em tudo.
Dei uma última olhada no espelho e tava gostosinho demais, minha irmã tirou uma foto e eu postei no facebook.
Publicação do Facebook.
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Libertina.
RomanceKatrina, isso mesmo, igual o furacão, porque foi assim que eu cheguei ao mundo como um furacão, e o nome sempre fez jus a dona dele. Até conhecer ele, até conhecer a pessoa que me pausou, que me deu restart, que mudou minha vida, só que o destino te...