Novo Lar

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  Quase não dormi a noite tentando entender o que está acontecendo, cuidar de uma criança que nem minha é, morar em outra casa com alguém que nem conheço, e o fato de que a Júlia morreu ainda não me entra na cabeça, como vou cuidar de uma bebê e ir pra faculdade, vai ser impossível, a menos que eu pare e perca a minha bolsa.

  Após alguns dias pensando a que rumo eu daria a minha vida, decido finalmente fazer o que a Júlia queria, vou dedicar minha vida para criar sua filha, e não importa o que vai acontecer, só quero realizar esse desejo dela.

  Estava terminando de arrumar minha última mala, quando minha mãe se aproxima, e coloca a mão sobre meu ombro.
  -Filha, podemos conversar? -Disse ela me dando um lindo sorriso.
  -Claro dona Verônica, o que te traz até meus aposentos? -Respondi com sarcasmo para manter o seu sorriso.
  -Muito engraçado moçinha, mas vamos falar sério. -Ela fez uma pequena pausa enquanto se sentava na cama. -Minha querida, você vai mesmo?
  -Mãe eu já te expliquei, se eu não fizer isso.... Eu nunca vou me perdoar em deixar a criança com a tia da Júlia e ela simplismente entregar a bebê para um orfanato. Mãe eu sei que você se preocupa comigo, mas eu sei me cuidar.
  -Meu amor eu sei que você sabe se cuidar, mas to preucupada com o fato  de você cuidar de uma criança, e ainda recém-nascido. -Então ela me disse algo que não pensei direito, "eu vou estar sozinha cuidando de um bebê".
  -Mas lembrando mamis, que ela vai ter a ajuda desse tal de Noah. -Me viro para porta do quarto e vejo minha irmã, que logo entre e senta ao lado da mãe antes de continuar. -Vamos imaginar que ele é um boy lindo e maravilhoso e a Bella se apaixona por ele... Pronto uma família feliz.
  -Ha ha como você e engraçada Maninha.
  -Credo filha, você acha que sua irmã e fácil assim? -Minha mãe interferiu rindo.

  Depois de algumas horas rindo com as mulheres da minha vida, fui tomar meu banho, a minha mãe foi preparar o jantar e a Erika foi se arrumar, diz ela que vai encontrar as amigas, mas não dúvido que seja um namoradinho. Assim que saí do banheiro fui direto para cozinha, meu pai estava na cabeceira da mesa, eu me sentei ao seu lado e ele aproveitou o momento que estávamos apenas nós três, já que Erika estava com as "Amigas".

  -Minha filha, não queria me meter no seus assuntos mas... Tem certeza que vai abandonar sua vida para cuidar de uma criança que nem é sua?. -Quando ele terminou a sua frase, me deu um nó na gargando, me segurei o maximo para não falar de mais.
  -Pedro! Não fale assim. -Disse minha mãe percebendo o quanto aquilo tinha me deixado irritada.
  -Deixa mãe, primeiro pai, eu não vou cuidar de criança de outra pessoa pois os pais dela era meus amigos, segundo eu não vou abandonar a minha vida. -respondi o mais educada possível.
 

  Depois do jantar desastroso, pois meu pai ficava me olhando como se eu tivesse feito algo imperdoável, subi ao meu quarto afim de descansar já que amanhã de manhã vou ir embora, conheçer meu novo lar e a garotinha que já amo sem ao menos ter visto.

  Acordei com minha irmã gritando meu nome sem parar, quando finalmente abri meus olhos ela me disse que ia comigo passar a primeira noite na casa nova pra mim não me sentir sozinha. Colocamos minhas malas no carro, me despedi dos meus pais, certifiquei de que não esqueci nada e fui a minha nova residência.

  Chegando já sabia que a tia da Júlia iria estar na casa, pois ela queria distancia da bebê, eu e minha irmã pegamos as malas deixamos elas na área e seguimos para dentro da sala.

  -A senhorita e a Bella. -Disse uma senhora que estava no centro da sala me olhando dos pés a cabeça. -Bom não tenho muito tempo, Helena está no quarto dormindo a casa não e tão grande mais e bonita, agora tenho que ir boa sorte. -Ela nem me deixou responder já foi saindo o mais rápido que podia.
  -Educada ela né. -Minha irmã disse assim que a senhora entrou dentro do carro dela.
  -Muito... até de mais.
 

  A casa era linda, começava na sala que tinha uma escada e uma grande porta que dava na cozinha, e a escada ia para os três quartos, o principal, o de hospede, e claro o da Helena, todos com banheiro.

  Minha irmã e eu passamos a tarde babando a Helena, ela é tão fofa, pequena a bebê mais linda. Já estava de noite quando consegui fazer a Helena dormir, e fui para a sala junto com a Erika, quando derrepente o telefone da casa tocou e minha irmã atendeu, ela olha para mim e me aponta o aparelho, me lavanto do sofá rápido.

  *Chamada*
Eu: Alô, com quem falo?

Desconhecido: Oi, Noah Stewart.

Eu: Assim
(Me engasgo com a própria saliva)

Noah: Então e que eu liguei para avisar que fiquei sabendo o que aconteceu, e meu advogado me disse sobre o testamento, e que eu estou voltando de viagem e vou ir ai para ver a Helena, tudo bem eu ir ai né?

Eu: Claro, imagina a casa e sua também, pode vir quando quiser.

Noah: Que bom, mas liguei só pra avisar, pra mim não chegar de surpresa ai. Então ta tudo certo, tchau.

Eu: Tchau.

  *Chamada finalizada*

De Repente Uma FamíliaOnde histórias criam vida. Descubra agora