Segredo

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  Estava no quarto de Helena arrumando algumas coisas dela para levar até a casa da minha mãe, mas meus pensamentos estava em como o Noah esta mudado, porque ele agiu tão friu com sua mãe.
  Peguei a bolsa e estava prestes a sair quando escutei uma voz me chamando na cozinha, mas Noah não está em casa, de primeira me assustei, mas depois segui até a porta para encontrar um jovem sentado em uma das cadeiras na cozinha.
  -Oi Bella. -Para minha surpresa era Dyllan em lágrimas.
  -O que aconteceu? -Perguntei largando a bolsa no chão e me sentando ao lado dele.
  -Você está indo para o hospital né? Deixa eu ir com você? -Mas como é que ele sabe, espero do fundo do coração que não tenha sido o Noah a falar para ele.
  -Ontem ouvi o Noah falando com Sofía. -Com dor no coração escutei ele falando entre soluços.
  -Não se preocupe seu pai está bem. -Falei dando uma abraço nele, que me abraçou de volta chorando mais.
  -Vamos fazer assim, eu levo você para minha casa, dai quando eu falar com sua mãe pergunto para ela se deixa você ir lá. -Ele me olhou com uma carinha que me deu vontade de chorar.
  -Ele está enfeitiçado por Sofía, quando ele me viu escutando a conversa deles, Noah me expulsou daqui, ele falou que todos nos estamos querendo envenenar o relacionamento dele. -Pronto o Noah foi abduzido por aquela víbora.
  -Deixa que com ele eu me resolvo. -Falei já soltando fumaça pelo nariz de tanta raiva. -Mas mudando de assunto você não falou para sua irmã né?
  -Não, ela não tem os nervos muito bom, ela teria que ir para o hospital também se descobrisse.

  Pois levei aquele menino para casa dos meus pais, quem nos recebeu foi Erika que nem me comprimento, quando vi ela já estava abraçando o Dyllan, entreguei a bolsa para ela e falei que talvez não venho buscar Helena hoje, quando eles entraram para dentro da casa, segui meu caminho para o hospital.

*Chamada*
Eu: Alô

Rowan: Oi Ella, como vão as coisas?

Eu: Poderia estar melhor.

Rowan: Fiquei sabendo do ocorrido, espero que ele melhore.

Eu: Espero também, mas fala ai, o que houve para você me ligar.

Rowan: Olha queria não ter ligado para você, mas não tive outra opção.

Eu: Posso ajudar em alguma coisa?

Rowan: Pode sim, mas estou com vergonha de falar.
(RINDO)

Eu: Fala ai.

Rowan: Preciso de dinheiro, pensei em pedir para você, dai mês que vem eu te paga.

Eu: Claro, imagina manda por mensagem quanto você precisa, eu te empresto.

Rowan: Valeu, que tal agente se ver em?

Eu: Estou sem tempo, mas quem sabe outro dia.

Rowan: Ok, tchau então

Eu: Tchau

Rowan: Mas não esqueça de mim, não estamos mais namorando, mas ainda temos nossos interesses.

Eu: Compreendo, depois nois se fala, estou dirigindo.

*Chamada finalizada*

  -Olá senhora Anna, como está seu marido? -Perguntei assim que cheguei perto da senhora sentada no sofá da sala de espera com uma revista no colo.
  -Oi minha querida, ele está melhorando em breve iremos para casa, e muito obrigado por ficar aqui com ele esses ultimos dias enquanto eu estou na empresa. -Me abraçou e me deu um leve beijo na bochecha, em resposta apenas dei um sorriso. -Aliás estou atrasada, se quiser pode ir até o quarto dele, meu marido gosta da sua companhia.
  -Espera, antes da senhora ir tenho que te falar uma coisa. -Falei assim que me lembrei sobre Dyllan. -Seu filho sabe sobre o pai.
  -Como? Você falou? -Perguntou ela um pouco exaltada, me deixando completamente sem resposta.
  -Bom, ele me disse que escutou uma conversa do Noah. -Respondi olhando para o chão. -Ele está na casa dos meus pais.
  -Acho que vou ter que ir lá antes de ir para empresa, obrigado por me contar. -Ela deixou a sala de espera com uma expressão de tristeza, me perguntei se tudo que está acontecendo realmente e verdade, ou apenas bebi de mais em uma festa e agora estou delirando. Fui acordada de meu pequeno pensamento com um enfermeiro me avisando que o senhor do quarto 312 está querendo me ver.

  Assim que abri a porta pude ver um sorriso se formar na face do senhor Diogo, depois de passar alguns dias sentada ao lado daquela cama eu pude conhecer melhor aquela família, já que ele me falou tudo, confesso que ele também é um bom ouvinte, pois tive o desleixo de falar enquanto ele dormia que eu gostava de seu filho, e para meu azar ele estava escutando tudo.
  -Olha a minha nora dos sonhos chegou. -Sempre quando ele diz isso me deixa corada, me aproximei e sentei no sofá perto da janela.
  -O senhor nunca vai esquecer né? -Falei entre risos.
  -Provavelmente não. -Disse enquanto se acomodava para se sentar.
 

  Começei a passar os dias com ele no hospital enquanto sua mulher cuidava da empresa, Helena estava com minha mãe, ou seja muito bem cuidada, os dias passavam e passavam quase sem eu perceber, e mesmo depois de tanto tempo Noah não se esforçou nem para ligar para saber como o pai estava.
 

  Pela manhã fui acordada com um telefonema que me deixou completamente sem chão, sem pensar duas vezes sai correndo para ir até o Hospital.
  -Bom dia. -Diogo me comprimentou assim que entrei no quarto, achei ele meio pálido e um pouco cansado, ao lado dele um advogado.
  -Bom dia, aconteceu algo? -Perguntei ja que la fora estava anna aos prantos.
  -Precisamos conversar. -O advogado saiu me deixando sozinha com o Diogo, que continuou assim que me sentei. -Estou indo embora.
  -Vai ganhar alta? -Talvez eu tenha entendido o que ele quis dizer mas não queria que fosse verdade, pois encontrei nele um amigo que nunca tive.
  -Não minha querida.... Sabe aquele advogado que saiu daqui agora mesmo? -Concordei com a cabeça e ele continuou. -Ele reescreveu meu testamento, meus apartamentos e as fazendas ficaram para meus filhos, três empresas, uma para minha mulher para ser passado para os gêmeos em seguida, outra para o Noah e a última para você. -Ainda tossindo pude escutar o que ele disse, fiquei petrificada por um momento, nem da família eu era, e nem entendo bem essas empresas que ele possuí, mas para minha surpresa ainda não tinha acabado. -Uma parte da minha herança ficara para a jovem Helena, mas até ela completar idade você ficara responsável.
  -Mas senhor não somos da família. -Falei aflita segurando sua mão, que estava completamente gelada. -O que aconteceu? Porque está fazendo isso?
  -Você se tornou uma pessoa muito importante para mim, e Helena eu considero como neta. -Respondeu Diogo com esforço.
  -O senhor estava tão bem a última vez que estive aqui, aconteceu algo? -Temi pela resposta.
  -A noiva do meu filho veio aqui, terminar o que começou. -Eu não sei porque ainda pergunto, uma parte de mim já sabia que era ela que tinha vindo aqui. -Venha mais perto, quero te contar um coisa. -Ele falou bem baixo próximo ao meu ouvido.
   Não tive tempo de responder, os aparelhos que estavam conectados ao Diogo começaram a apitar, sem saber o que fazer apenas sai correndo para chamar um médico, Anna assim que me viu na porta do quarto em lágrimas e gritando por ajuda não se conteve, começou a chorar, pois sabia o que estava prestes a acontecer, em questões de segundos o quarto ficou repleto de enfermeiros.

  Depois de algun tempo na sala de espera sem notícia, aos poucos foi chegando pessoas que eu nunca vi na minha vida, mas Anna conhecia todas, parece que depois da piora ela ligou para os familiares virem até aqui, para minha surpresa Noah também compareceu, mas como sempre a sombra estava com ele, a minha vontade era de ir até lá e tirá-la desse predio pelos cabelos, mas Noah a denfederia com unhas e dentes, então esperei ela ficar sozinha.

  -Não acha cansativo? -Cheguei próximo a Sofía e sentei-me ao lado dela, e para disfarçar abri um sorriso.
  -O quê? -Se fez de doida, e olhou para mim com duvidas nos olhos.
  -Vir até aqui duas vezes. -Respondi rapidamente e logo continuei. -Já sei qual é seu jogo, você vai perder, eu no seu lugar se arrependia desde já de ter me conhecido, em breve vou mostrar para todos quem você é, a pessoa em que Diogo sabe que você é. -Falei saindo de perto, não queria ver ela nem mesmo escutar sua voz.

  A pior coisa aconteceu a seguir, um médico chamou Anna para uma conversa em partícula, eu fiquei olhando de longe para saber a reação dela, Noah estava encostado em uma das paredes do corredor, também olhando para sua mãe atentamente, Sofía conseguia controlar ele, mas ainda tinha alí o mesmo cara que conheci a dois meses atrás, logo sua feição foi mudada e começou a andar, quando olhei para onde ele ia, pude ver Anna no chão, sem pensar sai correndo.

De Repente Uma FamíliaOnde histórias criam vida. Descubra agora