Me chamo Song Hyungjun e tenho 16 anos, estou no 1° ano do ensino médio e meu sonho é ser um bailarino profissional, além de ter um melhor amigo que me ajuda com tudo e ainda compartilha do mesmo sonho que eu!
Estudo na Yellowstone High School, a escola de ensino médio da minha cidade, Yellowstone, que a propósito tem apenas 7.000 habitantes, fica no interior da Pennsylvania. Pelo menos é um lugar bem verde, mas gostaria de ir morar em New York, onde meu sonho seria muito mais fácil de se concretizar.
O sonho de ser um bailarino veio desde meus oito anos de idade. Eu estava vendo um programa de variedades, onde um grupo de bailarinos profissionais se apresentava. Naquele momento, percebi que aquilo era o que eu queria. Era meu sonho! E a maior coincidência disso, é que meu melhor amigo, Taeyoung, também estava assistindo e pensou o mesmo que eu: os movimentos de ballet eram delicadamente incríveis!
Neste momento estou sentado na cama enquanto procuro algo realmente relevante para assistir no YouTube mas desisto quando tiro o olhar do celular um pouco e olho para a minha janela, o céu já não está tão ensolarado como alguns dias atrás e finalmente lembro que não estou mais no recesso de verão. A ficha caiu, hoje tem aula e eu não estou totalmente preparado para voltar á escola e enfrentar os mesmos problemas de sempre, por outro lado, estou ansioso para voltar a ver Taeyoung diariamente e conversar sobre assuntos aleatórios.
Como sempre, levanto da cama e já vou para o banheiro escovar os dentes, depois disso tiro meu pijama e coloco meu uniforme escolar, desço para a cozinha onde encontro minha mãe, Soyeon, meu pai, Kyungsoo e meu irmão, Minhee, ele é um exemplo de pessoa pra mim, a propósito, ele estuda na mesma escola que eu e está terminando o 2° ano do ensino médio. Tomo o café da manhã enquanto conversamos sobre o jornal que o papai está lendo, dessa vez parece que teve um ataque homofóbico em um bar aqui em Yellowstone.
— Esses afeminados acham que podem dominar nossa cidade, mas nosso orgulho é bem maior que a vontade desses baitolas de destruírem ela — diz meu pai enquanto dá um gole no café dele.
— Olha pai, acho que o senhor deveria parar de ler o jornal, tem muita coisa de ódio nisso, pode atrair energias negativas para a sua vida — diz Minhee que com certeza está com vontade de revirar os olhos.
A verdade é que meu pai tem um filho afeminado: eu. Meu irmão e minha mãe sabem disso, ele foi a primeira pessoa que me apoiou e me abraçou quando precisei desabafar. Eu me sinto triste pelo fato do meu pai ter esses pensamentos horríveis, mas é o jeito dele de pensar e acho que a esse ponto, não tem como intervir. Eu não sou o único garoto gay que conheço, meu melhor amigo, Taeyoung também é, e nós dois resolvemos contar nossa orientação sexual um para o outro no mesmo dia, oque além de ser uma coincidência incrível, foi um alívio extraordinário, creio que isso já faz quase uns 3 anos.
Lógico que com um pai homofóbico, fazer ballet fica quase impossível pra mim, mas minha mãe paga um cursinho pra mim escondida, já faz quase uns 3 anos, comecei no 7° ano, gosto muito daquele cursinho.
— Amor, pare de ler essas coisas, Minhee está certo, isso vai fazer mal, leia coisas boas, você por acaso viu que um gatinho foi salvo essa semana pelo corpo de bombeiros? Foi uma ação belíssima — diz minha mãe tentando mudar de assunto.
— Eu vi, mas é uma informação irrelevante para a minha vida, então ignorei — responde meu pai com um tom seco e grosso, eu e Minhee nos olhamos e voltamos a comer as nossas panquecas.
— Já está na hora de irmos Minhee, ou então vamos nos atrasar, tchau mãe, tchau pai — digo dando um abraço em cada um deles, Minhee faz o mesmo.
Mas antes de sair eu pego uma panqueca para Tae, pois sei que ele vai se atrasar e vai acabar saindo sem comer nada. Então saímos de casa e entramos no carro, como Minhee já tem 17 e pode dirigir, ele me leva e pega Taeyoung todo dia para irmos juntos para a escola.

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Dancing Prince - Cravity
FanfictionSong Hyeongjun, Ahn Seongmin e Kim Taeyoung. Três garotos que estavam tendo uma vida normal até começarem a questionar suas vidas amorosas com seus crushes.