17. Os pesadelos

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"Bom dia, Louis." Gemma o cumprimentou na manhã seguinte. Aproximou-se, depositou um beijo na bochecha do cozinheiro e roubou um pedaço de queijo. "Como está? Dormiu bem?"

"Bom dia." Louis gostava da companhia da mais velha dos irmãos Styles. Além de carinhosa e preocupada com todos os funcionários da mansão, ela ainda tratava todo mundo como amigos de longa data. "Até que foi mais tranquilo do que nos últimos dias. Menos pesadelos..."

"Que bom!" Seu sorriso era genuíno. "Deve ser difícil lidar com eles. Harry está tendo problemas também."

"Harry está tendo pesadelos?" Louis não imaginava.

"Eles vão e voltam com frequência. Tinham parado nas últimas semanas, mas hoje voltaram com força total. Você não o ouviu gritando durante à noite?"

Louis negou com um aceno.

"Agora que ele conseguiu dormir." Gemma voltou a dizer. "Acho que Harry não tomará café da manhã hoje, Louis. Mas não se preocupe, porque eu posso comer por dois." Ela sorriu um pouco.

"Será que não seria bom levar algo para ele?"

"Não sei... Tente talvez um chá com aqueles biscoitos ali que Harry adora."

"Ok."

Louis então se colocou a preparar uma pequena bandeja para levar até o quarto de Styles. Teve dificuldades para subir as escadas sem tropeçar em algum dos degraus e acabar derrubando, e também para evitar a cachorra de Harry, que o seguia de forma curiosa por todos os corredores.

Louis bateu delicadamente na porta, esperando por um convite para entrar.

Ele não disse nada. Estava incrivelmente silencioso do outro lado.

Bateu de novo e esperou por um momento.

Nada.

Então abriu a porta com cautela apenas para dar uma espiada e ver se Harry ainda estava dormindo pesadamente após uma noite difícil de sono ou se estava apenas o ignorando para ficar sozinho. Se fosse a segunda opção, ele não se importava de estar sendo um intruso, visto que achava uma grosseria ser ignorado daquele jeito.

Mas Harry estava dormindo e os dois, portanto, não tiveram problemas em relação a isso.

Seu corpo estava quase completamente coberto por um grosso edredom branco e Louis conseguia apenas ver fiapos do cabelo escuro do ator escapando.

Pensou em voltar para a cozinha, mas não queria que a viagem difícil fosse assim desperdiçada. Portanto, decidiu que deixaria a bandeja ali naquela enorme quarto para não perder viagem.

Com muita cautela, entrou no ambiente. Na ponta dos pés, dirigiu-se até uma das cômodas e depositou a bandeja em cima dela.

Em seguida, virou para Harry, mas antes que pudesse rapidamente verificá-lo encontrou Safira com os olhos grandes e brilhantes pronta para brincar. Sua coleira carregava uma bolinha colorida que fazia um barulho de sino toda vez que ela pulava.

Louis fez sinal para que ela fizesse silêncio, mas aquilo foi apenas um gesto inútil e estúpido.

O cozinheiro virou para olhar Harry no minuto em que o rapaz se mexeu na cama.

"Você vai acabar acordando ele." Sussurrou Louis para Safira, temendo por alguns segundos ser pego ali.

Harry ainda estava levemente adormecido, mas parecia sofrer em seu sono, sentir dor, pois suas expressões pareciam demonstrar isso.

Louis se aproximou do ator. Não sabia nem ao certo o que estava fazendo, mas acabou se aproximando. Queria verificar se os pesadelos não eram decorrentes de alguma doença. Talvez Harry estivesse até mesmo com febre. Afinal, ele vivia andando apenas com meias pela casa e já tinha pego chuva uma ou duas vezes por conta do trabalho naqueles últimos dias.

Behind The Spotlight (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora