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Um homem em total desespero numa madrugada chuvosa, com seus pensamentos loucos e sua vida dilacerada por suas perdas. Completamente sem chão e sem muros para se apoiar, quebrado, massacrado pela dor que é viver. Dizia a si mesmo quase todas as noites que a humanidade era vazia, cruel, que todos deveriam ser extintos apenas por serem seres humanos, apenas por serem tão miseráveis!

Em meio a um surto, ele saiu correndo pelas ruas e esbarrou bruscamente em uma pessoa, provocando sua queda sobre a tal.

Ao levantar seu rosto dos ombros daquele ser que gemia de dor, viu os olhos mais belos, olhos que jamais tinha visto antes... Com tanta transparência, pureza  e apaixonante. Ficou perplexo com aqueles olhinhos cheio de lágrimas.

Ajeitou a postura numa tentativa de impressionar a menina que tinha os fios do cabelo molhados pela chuva, se desculpou pelo ato ocorrido e pelos papéis esparramados pelo chão.

Ele se abaixou e começou a catar os papéis e ela fez o mesmo.

A cada papel erguido, seus olhares se cruzavam e um sorriso apareceu em seus lábios.Uma sensação de paz e conforto tomou seu corpo a cada olhar trocado e por alguns segundos seus dedos se tocaram quando pegaram ao mesmo tempo a ultima folha de papel. 

Fizeram cumprimentos e se despediram apenas com um leve bater de mãos ao vento.

Fizeram cumprimentos e se despediram apenas com um leve bater de mãos ao vento

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