Ele nunca soube o por quê.Nunca entendeu como aqueles olhos conseguiram em apenas alguns minutos levar toda sua insanidade e trazer uma espécie de felicidade que jamais tinha sentindo.
Como aqueles olhinhos castanhos tão delicados e puros conseguiram lhe transmitir tanta confiança. Ele nunca conseguiu entender por que aquele momento passou tão rápido, por que ele não sentiu o peso do mundo em seus ombros.
Por que sentiu tanta vontade de que o tempo congelasse e que ela permanecesse ali, intacta, e ele observando-a como uma grande obra de arte.
Havia corpo sobre corpo, aquele olhar, aqueles papéis catados, aqueles sorrisos trocados, e por mais triste que parecesse, ele guardava todas essas lembranças, e acordava sempre na esperança de esbarrar novamente com aquele ser que o cativou.
No fundo ele sabia que nunca iria encontra-la novamente, que aquele pequeno momento foi só a chave para sair daquele sofrimento.
E todas as noites ele deitava em sua pequena cama, e imaginava aqueles olhos, o primeiro beijo, o pedido de namoro, os passeios ao parque central, os filmes franceses, o pedido de casamento, o tão glorioso sim, o teste de gravidez, o susto e os choros de felicidade, o nascimento, o acompanhamento do crescimento de seu filho, os beijos de boa noite... E ali, somente ali, naquela cama, com seus olhos fechados e a presença de seus sonhos, ele sentia a tão adorável felicidade.
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Olhos Puros
Roman d'amourVocê já esteve tão atordoado, com vontade de apenas gritar e sumir? Acho que todos nós já passamos por isso em algum momento, mas o que foi que te trouxe a paz? O que te trouxe uma tranquilidade e fez você sentir que iria que ficar tudo bem? Nesse c...