Valentina Carvajal
Os pais e irmãos da Juliana estão na nossa casa, vieram jantar aqui em casa a convite nosso, a minha esposa e a sua irmã assumiram a função de fazer a comida não deixando mais ninguém ajudar, o meu sogro e o Nicolas estão sentados no sofá assistindo ao jogo de futebol que está passando em algum canal de esporte da televisão, eu e a minha sogra estamos sentadas no outro sofá, estou vendo as coisas que ela comprou para os gêmeos, sempre que eles vêm aqui é isso, mais presentes para a Agatha e para o Arthur.
Sim, acabou que tanto eu quanto a Juliana estávamos certas quanto ao sexo do bebê porque vamos ter dois e um é menino e o outro uma menina, ela escolheu o nome da nossa filha e eu o do nosso filho, tanto os meus pais quanto os da minha esposa, assim como nossos irmãos têm dado tantos presentes para os gêmeos que não precisamos comprar quase nada de roupas e brinquedos. Já estou na trigésima oitava semana de gestação, o parto está previsto para daqui a duas semanas, mas o médico pediu para ficarmos em alerta agora pois gêmeos muitas vezes nascem antes.
-Mãe existem outras cores além de rosa e azul sabia. - Juliana surgiu atrás do sofá falando, recebendo um olhar de repreensão da sua mãe.
-Eu sei Juliana, as outras roupas que eu comprei para os gêmeos não eram todas só rosa e azul, mas dessa vez resolvi comprar tudo nessas cores.
-Juls, para de reclamar e só agradece a sua mãe. - Minha esposa revirou os seus olhos, antes de voltar a focar a sua atenção na mulher sentada ao meu lado.
-Obrigada mãe. - O olhar de repreensão permaneceu no rosto da minha sogra, até que os seus olhos pousaram em mim.
-Minha filha virou uma ingrata, acho que vou deserdar ela e ficar só com você Val. - Tive que me segurar para não rir, ela está obviamente brincando, mas sua brincadeira foi o suficiente para irritar um pouco a minha esposa.
-Eu vou voltar para a cozinha que ganho mais. - Assim que a Juliana se afastou a Lupita começou a rir e foi impossível não fazer o mesmo.
-Juls continua sendo ciumenta.
-Eu que o diga. - Pensei alto, fazendo a minha sogra voltar a rir.
-Falando em ciúme, é bom que o Arthur seja assim com a Agatha, alguém tem que cuidar da nossa princesa. - Nicolas falou me surpreendendo, pois achei que ele estava entretido demais com o jogo para prestar atenção em conversas alheias.
-Não começa Nicolas! - A Juliana e a Veronica gritaram da cozinha.
-Não sei de quem você puxou esse jeito superprotetor. - Meu sogro entrou na conversa também.
-Do seu pai. - Minha sogra falou ao mesmo tempo que o grito da Juliana e da Veronica falando "do vovô" ressoou da cozinha até a sala de estar.
-Meu pai não era superprotetor.
-Não com você, mas com as suas irmãs sim. - Lupita argumentou silenciando o meu sogro.
-Eu vou guardar isso no quarto dos gêmeos. - Anunciei já me levantando.
-Quer que eu faça isso? - Lhe lancei um sorriso.
-Não precisa Lupe, eu já volto.
Segui pelo corredor indo para o quarto dos meus filhos que já está inteiramente mobiliado e decorado, guardei os novos presentes no guarda roupa e retornei para sala, encontrando a Juliana em pé perto do Nicolas que continua sentado numa das pontas do sofá, os dois conversando e o meu sogro só observando, a Lupita não se encontra na sala, deve ter finalmente conseguido invadir a cozinha. Não demorei a perceber que a minha esposa está repreendendo o seu irmão mais velho e o proibindo de ensinar o Arthur a ser superprotetor como ele, Nicolas não parece nem um pouco feliz com isso.
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Maybe
RomanceUma noite, tudo que eu precisei para perceber que você era o amor da minha vida foi uma noite ao seu lado.