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8 horas antes

Seu celular tocava sem parar. Então a morena já sem paciência se levantou e foi até o banheiro. Pegando seu celular e o tirando do carregador. Em seguida o atendendo.

- Alô? Leo? ─ Perguntou com uma expressão desconfiada.

- Sou eu meu anjo. Está tudo bem Bia? ─ A ligação estava falhando muito. Mas ela resolveu pensar que realmente era seu ficante. Leonardo.

- Está sim. ─ Falou tentando disfarçar sua desconfiança. Porém falhando e a deixando mais evidente. - Por que sua voz está diferente? A ligação deve está péssima ai. ─ Tocou no assunto do por que sua voz estava tão diferente.

- Talvez seja apenas a minha internet. ─ Justificou. Fazendo com que ela ficasse cada vez mais desconfiada e assustada. - Posso ir aí?  ─ Perguntou.

- Já está tarde. Amanhã você vem. ─ A morena respondeu olhando para a sacada de seu quarto.

- Que pena, mas já estou aqui amor. ─ Sussurrou e logo um barulho de vidro caindo se fez presente no lado de fora de seu quarto.

A garota deu leves passos enquanto o celular ainda estava em sua orelha.

- Leo, você está brincando comigo né? ─  Perguntou soltando uma leve risada. Mesmo o medo estando aparente em seu rosto.

- Você tem alguns segredos não é mesmo Beatriz? ─ Perguntou desligando a chamada, fazendo com que a garota ficasse arrepiada.

- Leo? Ainda está aí? ─ Murmurou olhando para baixo da sacada. Vendo as moitas sendo balançadas pela brisa fria que corria em volta da piscina.

A jovem tirou o celular do ouvindo, vendo que o garoto havia desligado a chamada.
Logo algo como um fio passou rápido por seus olhos. O objeto foi para seu pescoço, sendo puxado com força.
Ela tentava dar cotoveladas na pessoa atrás de si, mas foi em vão.
Todo seu sangue parecia está preso em sua cabeça. Dando a impressão de que ela iria explodir a qualquer momento.
A pessoa puxava cada vez mais forte, enquanto ela se debatia para se soltar. O ar foi se fazendo como pouco.
Seus olhos pareciam está saltando para fora. E não demorou muito para que seu corpo parece de lutar contra aquilo. Fazendo com que a escuridão tomasse conta de si.

**

8 horas depois do assassinato

Subi as escadas que davam na entrada do pátio da escola. Enquanto uma música ecoava em meus fones.

- Por que não respondeu minhas mensagens? ─ Pâmela perguntou vindo até mim e puxando um dos meus fones. Enquanto Dreicon vinha logo atrás.

Retirei o outro fone durante o tempo que andava pelo pátio.

- Foi mal. Depois da festa quis descançar um pouco. ─ Falei e ela logo me deu um sorriso sem mostrar os dentes. Aquela sem dúvidas era a cara dela de "Tudo bem, só não repita". - Eu quero perguntar uma coisa. ─ Falei sem pensar. Em seguida parando em meio ao pátio e olhando para os dois.

- Manda aí. ─ Dreicon falou dando de ombros.

- Coisas estranhas também estão acontecendo com vocês? ─ Perguntei em um sussurro e os dois franziram o cenho. - Meio que alguém me ligou ontem de noite. A voz estava modificada, entendem? ─ Expliquei esperando alguma reação dos dois. Mas eles apenas deram de ombros.

- Deve ter sido o Vitão ou o Arthur te zoando. ─ O garoto falou. E mesmo que eu não me convencesse daquilo. Resolvi engolir.

Olhei para frente e pude ver uma espécie de mural com fotos e mensagens. Andamos sem pressa até lá. Logo vendo fotos da garota que foi morta.
Pelo menos nas fotos ela parecia feliz.
Olhei para a entrada e me distraí quando vi o Bruno e Carol rindo de algo. Não demorando muito para que os dois começassem a vir em direção ao mural.

Até a próxima morteOnde histórias criam vida. Descubra agora