Onze de março. Foi a primeira coisa que Timothy Drake pensou assim que acordou com o Sol iluminando levemente o quarto, seu grande dia havia chegado. Era naquele mesmo dia que ele descobriria seu destino, segundo a lenda do fio vermelho, que ditava que, em algum momento no dia de aniversário de quinze anos de uma pessoa, um fio vermelho a conectando com outra pessoa apareceria em seu mindinho esquerdo, e esse seria o destino falando, tentando juntar estas pessoas.
Enquanto tomava seu café da manhã junto de seus irmãos, ele não parava de olhar para as mãos, procurando pelo fio. Isto incomodava Damian, o caçula, que logo se pôs a reclamar.
— Se você olhar para a sua mão mais uma vez, Drake, eu juro que corto seu dedo, e aí você não vai mais ter um fio para procurar. – O pequeno rosnou.
— Calado, Damian. – Bruce, o pai de todos os garotos naquela mesa, interveio. – Hoje é um dia especial para o Tim, o mínimo que você pode fazer é respeitar. – Recebeu um insulto como resposta.
O aniversariante permaneceu em silêncio, apenas terminando seu café rapidamente e correndo de volta para o quarto. Lá, pegou seu celular e enviou mensagens a todos os amigos, perguntando se eles viriam para sua festa de aniversário. A maior parte das respostas foi positiva, e isso aqueceu seu coração.
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A dezenas de quilômetros de Gotham City, Conner Kent batia os pés incessantemente contra o chão do carro em que estava, ansioso para o que aconteceria naquele dia. Já fazia seis anos que não via seu amigo Tim, pois havia se mudado para Metrópolis junto dos primos. Agora, estava indo de intruso à festa de aniversário do amigo, pretendendo matar a saudade e recriar a incrível amizade que tinham antes da mudança.
Vez a vez, o jovem olhava para suas mãos, vendo que o seu fio vermelho não tinha outra ponta, era apenas um círculo em volta de seu mindinho, isso significava que sua alma gêmea ainda não tinha completado quinze anos, e isso o aborrecia. Logo ele completaria dezoito anos, e temia que talvez ele não fosse destinado a ninguém. Mas, para isso, tinha um plano B. Havia se interessado por uma garota que conheceu no colegial, Megan Morse, que também não estava ligada a ninguém, segundo ela mesma.
Afastou um pouco seus pensamentos sobre a garota e voltou a focar no importante naquele momento: seu reencontro com Tim. Estava até mesmo levando Kripto, seu cãozinho, que era apenas um filhote quando conheceu Drake.
Pelo resto do caminho, ficou imaginando como estava seu amigo, o quanto havia crescido, sua aparência de adolescente, entre tantas outras coisas.
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Às quatorze horas em ponto, Tim já estava no jardim da frente da mansão, esperando pelos convidados. A cada carro que ele via passar, seu coração acelerava, na expectativa de um deles parar em frente ao portão e um de seus amigos aparecerem. Não levou muito tempo até isso acontecer, mas a pessoa que saiu do carro deixou o aniversariante confuso, mas quando ele viu o cachorro que seguiu, seu coração parou por um instante.
Sem dúvidas, lá estava ele, Conner Kent. Seu amigo de infância, uma pessoa que fazia falta todos os dias, agora de volta, esperando o portão se abrir. Tim não hesitou em correr para o abrir, em seguida recebendo Conner com um abraço bastante apertado, descontando todos aqueles anos de saudade de uma vez só.
— Não acredito que você... – Tim não conseguiu nem completar a frase, estava demasiadamente emocionado, a ponto de derrubar algumas lágrimas de felicidade, e Conner percebeu que o amigo não havia mudado nem um pouco.
— Sempre um amor de pessoa, não é, Tim? – o mais velho indagou, com uma voz grossa que o outro nunca tinha ouvido.
— Sua voz... – Olhou diretamente para os olhos do outro, surpreso. – Tá tão diferente.
— E a sua continua igualzinha... – Moveu uma das mãos para acariciar a bochecha do outro. – Você nem imagina o quão feliz eu estou de te ver outra vez.
— Você fala como se fosse o mais emocionado. – Zombou do outro, e olhou para o cãozinho que estava ao lado, abanando a cauda, feliz. – Kripto cresceu tanto, lembro dele ainda como um filhotinho.
— Agora dá pra dizer que ele é mais velho que nós dois... – Conner riu, e se lembrou de um detalhe importante sobre aquela data. – Escuta, Tim. – chamou. – Seu fio vermelho apareceu?
— Ainda não. – Drake respondeu, se afastando do abraço e olhando para as mãos. – Nem sinal. E o seu?
— Nada ainda, só tem a minha ponta. – Kent respondeu, um pouco desanimado. – Acho que eu não tenho uma alma gêmea, cara.
— Isso é mentira! – Tim protestou, colocando a mão sobre o ombro do amigo, percebendo que, agora, a diferença de altura entre eles era mínima. – Tenho certeza de que a outra ponta vai aparecer logo.
— Acho que nem estou mais tão empolgado com isso. – Conner lamentou, suspirando baixo. – De qualquer forma, tem uma garota que tem me chamado a atenção, o nome dela é...
A fala do jovem foi interrompida por uma arfada de surpresa vinda do amigo, que olhava chocado para a própria mão, que estava sobre seu ombro. Confuso, ele olhou para as próprias mãos e entendeu o motivo. Agora, o fio vermelho estava completo, e unia os mindinhos esquerdos de ambos. Depois de instantes de silêncio, Conner retomou a fala.
— Quer saber? – Kent mudou de assunto, a voz trêmula pela surpresa. – Esquece o que eu acabei de falar. – Passou as mãos pelos quadris do outro, segurando-o pela cintura e esperando que ele colocasse a outra mão sobre o outro ombro. – Parece que agora eu tenho uma alma gêmea.
Tim permaneceu em silêncio, mas sorria timidamente. Fechou os olhos, realçando ainda mais o sorriso, e Conner sentiu que era uma permissão.
Com um pouco de hesitação, Kent os aproximou mais um do outro, selando seus lábios no que seria o primeiro de muitos beijos que eles teriam em suas aventuras guiadas pelo destino.
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Feliz Aniversário
Fiksi PenggemarDesde que descobriu sobre a lenda do fio vermelho, Tim Drake esperou seu momento chegar. E foi no dia do seu aniversário de quinze anos que ele descobriu que já conhecia seu destinado, desde que eram crianças.