A Descoberta - Parte 2

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Já era o terceiro copo de água com açúcar que eu tomava naquela manhã. Eu estava tão em surto, pulos, gritos e risadas entre as pessoas que estavam ao meu redor, que não me manquei a campainha tocando freneticamente.

— Estão esperando alguém? – Emre franziu o cenho e Leyla negou à minha pergunta.

O loiro seguiu até a porta e abriu, encontrando Can respirando pesadamente e apontando para mim, de longe.

Leyla segurou o riso e eu também.

— Você saiu... de casa... e não avisou... eu pensei... – o homem cabeludo fez uma pausa e agachou, apoiando-se nos joelhos — Água.

Eu me aproximei dele e abaixei o necessário para beijá-lo rapidamente nos lábios.

— Conversaremos, mocinha – alertou, aceitando o copo que seu irmão o oferecia — Achei que você tinha desistido.

— Desistido do quê? – questionei à ele, puxando-a para dentro do apartamento.

Can se jogou no sofá e deu de ombros, respirando com mais tranquilidade:

— Não sei, você é estranha. Um dia pode querer casar comigo, no outro não. E você estava chorando de madrugada. Pensei que tinha desistido e não sabia como me contar.

Eu apenas sorri, balançando a cabeça negativamente. Fiz um cafuné em seus cabelos, beijando sua testa ainda um pouco suada.

Leyla e Emre anunciaram que iam se arrumar para que todos pudéssemos ir para a agência.

Can adormeceu entre minhas carícias e alertou que quando quisesse, iríamos trabalhar.

Mas eu não iria trabalhar hoje. Eu queria dizer o quanto antes para ele, estava ansiosa para sua reação, fosse ela positiva ou negativa.

— Querido – eu o chacoalhei um pouco para que ele acordasse. Com um resmungo, ele se moveu e sentou cuidadosamente ao meu lado —, você não quer ir indo com Leyla e Emre? Prometi aos meus pais uma visita rápida.

— Não quer que eu vá com você? – ele quis saber. Neguei prontamente, e depois de um olhar confuso, ele entendeu e beijou a palma de minha mão.

Ao se levantar e espreguiçar o corpo, alertou que iria lavar o rosto e comer algo com o irmão e a cunhada antes de ir ao trabalho.

Me despedi dele com um beijo em seu rosto e liguei novamente para Ayhan e Deren.

Pedi que Deren deixasse o trabalho todo para Can no dia de hoje e inventasse uma desculpa para não ir trabalhar.

Hesitante, a ruiva aceitou, alegando que era por uma boa causa, já que faríamos uma pequena festa para anunciar minha gravidez.

Ayhan ficou encarregada de avisar Muzo e Ceycey que haveria uma festa para celebrarmos a nova publicidade que faríamos para uma marca.

Deren encontrou-me em uma praça e abraçou-me com força. Agradeci mentalmente por estarmos bem, depois de tantos altos e baixos.

— Olhe só para você... – ela pegou em minha mão e examinou-me com os olhos marejados — estou tão feliz.

— Obrigada por estar aqui – a abracei novamente e após alguns segundos ela nos afastou e voltou a pose reclamona:

— Chega de sentimentalismo! Temos poucas horas pra planejar essa festa, o bebê ainda ficará aí dentro 9 meses, vamos!

Seguimos a pé para algumas lojas e fizemos orçamentos de mesas, cadeiras e um buffet simples para amigos e família.

Grande parte da agência foi convidada, sem contar as ligações a fora.

Canem - One ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora