Dia 3(depois do baile e antes de muitas coisas):

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  -Aurora,eu gostaria de ver as Auroras com você, gostaria de ser apenas uma garota normal pra te beijar ardentemente agora,mas não posso.-e se afastou lentamente,como se aquilo doesse nela.Mas doía mais em mim.Foi tão natural,como se ela s soubesse que aquilo já ia acontecer.
  -Mas porque?-era uma pergunta boba, existiam milhares de respostar óbvias,mas a dela me surpreendeu:
  -Eu não tenho medo de me apaixonar profundamente por você.Eu quero,mas não posso.Me desculpe.Por favor,tente entender meu lado,e vamos voltar a ser só amigas daqui em diante.-eu vi as lágrimas brotarem em seus olhos-Você é a melhor amiga que já tive e eu estou quase noiva.
Nós abraçamos,e nunca um abraço pareceu tão íntimo e fiel.E naquela noite eu descobri que ela sempre quis aquilo,ela sempre me quis.Mas não podia,não pode.Eu comecei a dar valor a minha liberdade.Mas eu não ia sair daquele castelo.Pelo pagamento e por ela.Queria estar perto dela,vendo ela feliz,mesmo que não fosse comigo.Nos abraçamos como amigas,mesmo sabendo a real intenção daquele abraço.Eu a apoiei e ela desabafou sobre como não ter autonomia de sua própria vida e seus relacionamentos.Nós já éramos tão íntimas como se fossem anos.
  Quando cheguei no meu quarto,já era quase manhã,mas mesmo assim fui escrever um poema.Eu adorava escrever.Não era um poema necessariamente pra ela (não sei se entregaria).Era mais pra situação em geral e pra eu desabafar comigo mesmo já que jamais desabafaria com ela.Isso a machucaria.

  Amar,sem saber o porquê e a quem
  Amar.
  Chamar,sem saber as consequências     do
  Chamar.
  Cantar, lindamente e tão apaixonadamente que me confunde em
  Dançar.

Eu não era muito boa nisso,nas palavras e não métrica ,pois não tive aulas de literatura.Mas aquela noite eu fui dormir bem mais leve,e senti a cama absorvendo todo meu cansaço emocional daquele dia.

A nova criadaOnde histórias criam vida. Descubra agora