Charlie

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Depois de vasculhar por uma dúzia de Charlies "falsos" (felizmente, ele não era o Charlie ator pornô) Ela o encontrou. Ele era um policial, um chefe de polícia em uma cidade chamada Forks no estado de Washington. Ela teria que fazer outra pesquisa sobre a cidade mais tarde, era tão pequena que ela nunca nem tinha ouvido falar. População 3,545.


Ela suspirou novamente. Ela precisava parar de pensar tão à frente. Qual seria seu próximo passo? Pegar o telefone e ligar para ele? Ele pode ter se casado novamente. Ele pode-ela não suportava pensar nisso, mas ele pode muito bem ter outra família agora. Mesmo se ele não tivesse, o que ela poderia dizer para convencê-lo a escuta-la? Ele provavelmente desligaria no segundo em que percebesse quem ela é, se a última conversa que eles tiveram fosse de alguma indicação. Ainda assim...foi a tanto tempo atrás.


Exatamente, ela pensou com raiva de si mesma. Ele provavelmente já seguiu em frente, assumindo que você está morta. Deveria ela reabrir as feridas dele? Apenas por seu próprio egoísmo? Seu coração e estômago recuaram. A dor, que por muito tempo foi contida por sua mente disciplinada, começou a transbordar por suas defesas.


Ela bateu com o punho na mesa. 'Se controle!' pensou. Ela fechou os olhos e se concentrou no ritmo constante de sua respiração até sentir as faíscas dentro de si desaparecerem.


"Essa é a segunda vez em um só dia que você quase perde o equilíbrio" ela murmurou baixinho. 'Mas também era a segunda vez em um só dia que eu fui capaz de me parar' ela pensou com uma ligeira pontada de esperança. 'Isso nunca aconteceu antes.'


Mais uma vez, era como se os músculos de seu corpo tivessem se desconectado de seu cérebro quando pesquisaram o nome de Charlie em uma lista telefônica online. Há. Ele estava listado. Bem na frente dela, estavam seu número e seu endereço. E por mais que uma parte dela, uma grande parte, a avisasse da loucura que ela estava prestes a fazer, outra parte velada de si mesma ansiava por isso. E ela não poderia desaprender o que ela sabia agora. O caminho para seu pai estava agora estampado em seu cérebro pela sua memória fotográfica, do jeito que todas as suas lembranças desde aquela noite de algum jeito se prenderam dentro de sua mente. Ela ficaria louca se não fizesse nada com essa informação. Ela precisava pelo menos tentar.


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TRIMMM


'Atende. Não atende. Atende. Não-'


"Alô?"


Mais uma vez, era como se Bella tivesse perdido sua voz. Ela se assustou com seu próprio terror na primeira vez que ligou. A voz dele...Trouxe memórias que ela preferiria que continuassem submersas. Trouxe de volta um tempo em que tudo era simples, mais feliz e isso a fez entrar em uma luta interna para continuar no controle.


"Droga! Eu vou rastrear essa ligação! E é melhor você rezar para que eu não-"


"Pai", saiu como um sussurro, mas saiu.


Nada. Absolutamente nada. Ela engoliu em seco. Não desliguei, por favor não des-.

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