A história acompanha Izuku Midoriya e seus amigos ao longo dos anos na escola de magia, Hogwarts.
Até chegar o dia de sua graduação, Midoriya não só passará por uma série de desventuras no mundo mágico, como também criará laços com os mais diversos...
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Sua relação com Bakugo nem sempre foi ruim. Apesar de terem acabado daquela forma, passaram bons momentos na infância, os quais guardaria permanentemente na memória. E talvez fosse isso que deixasse tudo ainda pior. Lembrar que uma vez foram amigos fazia Midoriya se sentir extremamente incomodado.
— Kacchan! — uma pequena cabeleira verde cruzou o parquinho. Saltou a caixa de areia, passou pelos balanços e entrou na parte de baixo da fortaleza-escorrega, parando na base das escadas. — Kacchan, adivinha!
— Izuku? — perguntou uma voz do alto — Que é?
— Adivinhe! — soltou entre risos.
Bakugou não gostava de surpresas e muito menos de que outros mandassem nele. O simples fato de ser obrigado a fazer algo só porque alguém mandou fazia seu estômago revirar. Por causa disso, vivia brigando com sua mãe, também por isso, sempre tomava para si a liderança do grupo de amigos, afinal, era infinitamente melhor dar ordens do que segui-las.
Além de que, ninguém ousaria questionar sua autoridade, porque, no final das contas, ele era um bom líder. Tinha sempre as ideias mais divertidas e era justo nos jogos, até mesmo quando perdia. Para crianças de 7 anos, essas eram as maiores provas de caráter que poderiam ter.
— Fale logo. — bradou, já ficando emburrado. Midoriya aumentou ainda mais o sorriso e balançou a cabeça, com uma mão escondida atrás das costas — O que é?!
Ouviu um resmungo vindo da parte de cima do brinquedo e em seguida veio o silêncio.
— Kacchan? — chamou. Sem resposta.
Deu alguns passos, aproximando-se da escada. "Será que ele ficou bravo?" pensou, decepcionado com a ideia de Bakugou ter ido embora. Não era a intenção deixar o amigo irritado, pelo menos, não a este ponto.
Estava prestes a sair para procurá-lo e, quem sabe, até se desculpar, quando uma coisa saiu do buraco redondo que dava para o topo do escorrega. Quase engasgou ao dar de cara com Bakugou, pendurado de cabeça para baixo, parado a poucos centímetros de seu rosto, com sobrancelhas franzidas e lábios comprimidos.
— Izuku, diga. — disse, muito sério.
Ainda surpreso, sentiu o peito se encher de empolgação, voltando a sua energia inicial. Riu com a expressão de Bakugou, pela cara feia dele, sabia que havia atraído a sua curiosidade. Assim, não poderia desperdiçar o momento, receando que ele ficasse emburrado de verdade, decidiu dar fim ao mistério.
Lentamente, tirou a mão das costas, analisando atentamente a reação do outro.
Levou menos de um segundo para que ele compreendesse o que era aquilo que Midoriya erguia na sua frente. Um objeto que não pareceria nada demais aos olhos de qualquer uma das outras crianças, no entanto, para alguém que vinha de uma família de bruxos como Bakugou, era facilmente reconhecível. Tratava-se de um dos cartões colecionáveis que acompanhavam os pacotes de sapos de chocolates, doces popularmente vendidos no mundo mágico.
