Isso é Amor

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Se lembrava das amigas, aquelas conversas idiotas sobre garotos que todos os adolescentes tinham. Sobre amor, namorados e relacionamentos. Era inevitável reunir o grupo e o assunto "paqueras ou crush" não surgir no ar.
Embora sempre gostasse de ouvir sobre as diversas histórias mirabolantes das amigas, nunca de fato sentiu a necessidade de ter alguém para quem dedicar o seu amor. Isso até o dia em que viu o garoto loiro cruzar a entrada da sala de aula.
Os olhos azuis eram magnéticos e atraíam os seus como se fossem um reles pedaço de metal. Amava aquele sorriso sem graça ou quando coçava a nuca envergonhado quando falava com Sakura. O jeito espontâneo e despreocupado que agia, até mesmo o fato de sempre a motivar a estudar nas matérias mesmo não sendo o melhor aluno.
Quando percebeu já suspirava apaixonada enquanto o encarava, já tinha gravado sua rotina e gravado o seu sorriso como um tesouro em seu coração. Era inevitável não querer estar perto dele, fazê-lo sorrir ou se sentir triste quando o via rindo perto de outra pessoa.
Perdeu as contas de quantas vezes pediu a Sakura para que o convidasse para sair com o seu grupo de amigos, de quantas vezes se pegou sorrindo apenas o encarando. Como era cálida a sensação que se disseminava pelo coração quando estava junto dele.
Nunca havia amado e não esperava que seu primeiro amor fosse tão aterrador, que balançasse seu mundo inteiro como aquele garoto fazia. Amar doía, mas ao mesmo tempo era tão mágico.
Perdia madrugadas em claro apenas conversando com ele, rindo do seu jeito idiota e a forma como conseguia ser tão espontâneo e encantador. Como um garoto que tinha tudo para ser o idiota da turma poderia ser tão apaixonante?
Quando menos notou ele adentrou a sua vida e se fez uma parte importante dela. Alguém com quem dividia segredos, desabafos e mostrava seu lado mais patético e miserável sem o medo de ser julgada.
Alguém a quem almejava estar perto, alguém que apenas sua simples presença já era o suficiente para acalmar o turbilhão que pairava em seu coração e lhe tirava o ar.
Em questão de dias já sabiam mais um do outro do que qualquer outra pessoa, sabiam como alegrar o outro sem precisar perguntar, trocavam palavras sem precisar se comunicar. Em um período de menos de 1 ano já haviam entregado o coração um ao outro sem perceber.

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Suspirou, era a décima vez que fazia isso apenas naquele dia, pelas suas contas pelo menos. Sakura a encarava pelo canto do olho, as unhas grandes pintadas com um belo tom de rosa choque batiam intensamente na mesa escolar cobertas de frustação.

- Vamos lá Hina, alegria! Você me prometeu que de hoje não passa.-

Olhou para a rosada forçando um sorriso, sentindo a famosa sensação de borboletas no estômago tomar contra da sua barriga. As mãos tremiam e o corpo inteiro fervia por causa da ansiedade, enquanto o coração batia ferozmente no peito, fazendo suas batidas ecoares até seus ouvidos, como sussurros incessantes.

Queria e ao mesmo tempo tinha medo. Era a primeira vez que se confessava para alguém, a indecisão se fazia presente enquanto trocava o peso do corpo de uma perna para a outra, enquanto caminhava até a cantina com Sakura.

Andava de cabeça baixa, pensativa enquanto esbarrava em vários alunos que andavam pelo corredor. Em determinado momento sentiu as mãos delicadas de Sakura segurarem seus ombros a guiando para longe da multidão e na direção certa da cantina.

- Poxa Hina, tente acordar quase passou reto da entrada da cantina.- a garota segurava firmemente sua mão enquanto a guiava para a fila do lanche.

-Sinto muito Sakura.- Se conteve em dizer apenas poucas palavras voltando a encarar o chão, e pode ouvir a rosada suspirar rendida ficando em silêncio.
Estava ansiosa, a um nível tão extremo que se manter concentrada era uma tarefa árdua. O turbilhão de pensamentos a incomadava, mas pior que isso eram as inseguranças sobre a decisão que poderia tomar, inseguranças sobre uma resposta e sobre um certo futuro.
Olhou para o relógio que ficava na entrada da cantina. O baixo barulho do seu ponteiro menor, aquele que marcava os segundos ecoava na sua mente, e estremecia seus músculos. Tinha marcado com Naruto para se encontrarem depois da aula, na árvore de cerejeiras que tinha acabado de desabrochar ao lado da escola.
E a cada segundo que se passava se sentia esmorece cada vez mais, criando varias maneiras diversas de escapar da saída ou simplesmente de sair pelo portão principal da escola.
E se Naruto a rejeitasse? Embora achava impossível pelos prints que sua melhor amiga Sakura mandava para ela.
Sempre que Naruto ficava perdido ou sem saber o que fazer em relação a pequena amizade colorida que eles cultivaram, sempre era a rosada a quem recoria e Sakura por sua vez sempre tentava bancar o cupido deles mesmo que fosse a força.
É, Sakura de fato era mesmo péssima em guarda segredos desse tipo, tinha até mesmo pena de Naruto por ser ingênuo o suficente para confiar algo desse nível a garota, talvez ele realmente acreditasse que ela não daria com a língua nos dentes.
Enquanto o garfo cutucava o pedaço de carne que deveria ser o seu suposto lanche, seus pensamentos divagavam pelo primeiro encontro que teve com o garoto de cabelos loiros, em uma sorveteria ao lado da praça principal, onde tinha uma pista de skates, pouco usada por não ser muito segura devido a ferrugem de seus equipamentos.
Seus problemas de ansiedade sempre foram um pé na roda na hora de dar a iniciativa e até mesmo aceita-lá. Por isso não era estranho se sentir ansiosa perto dele, muito menos estranho a falta de ar que caminhava com ela, sempre que seus olhos se chocavam com o azul cintilante e reluzente que a atraíam, igual uma lâmpada à uma mariposa.
Era único o modo doce e desajeitado que ele a acalmava, a forma como seus labios formavam delicadamente um sorriso doce, e o jeito que suas piadas tiravam risadas dela e acalmavam a maré feroz que seu coração mergulhava, transformando em um belo mar de águas calmas.
Ele não a forçou como o restante dos garotos que Sakura recomendava, no entanto esperou pacientemente pelo tempo dela, por ela. O primeiro beijo deles dois não foi brusco, não sentiu seu corpo tremer como acontecia com os demais garotos, mas sim fulturar sentindo até que poderia alcançar as nuvens.
A forma atenciosa que ele segurava seu rosto a aproximando de si, e a maneira deliciada que a língua dele a guiava no beijo eletrizante que eles trocavam. Era como encontrar a última peça do quebra cabeça, como achar algo que finalmente combianava com você após anos de procura. Algo único, especial e precioso, tudo reunido em uma única coisa, uma única pessoa, chegava até mesmo a ser surreal.
Pela primeira vez achava que a flecha que seu cupido lançará finalmente havia certado o alvo, o certo dessa vez. Por isso tinha medo de dar o segundo passo, estavam indo rápido de mais para que seu coração conseguisse acompanhar, não estava muito acostumada a tudo dando certo. Afinal sempre havia um empecilho, uma pedra em seu sapato para a impedir de ter seu final feliz.
Fosse os vácuos que dava por mensagem por não gostar desse tipo de comunicação, a maneira meio fria que ela costumava tratar quem não tinha muito intimidade ou a ansiedade e insegurança que servia como barreira para mostrar quem verdadeiramente era.
Muitos se cansavam, outros perdiam a paciência e alguns até mesmo nem começavam a tentar. Por isso era estranho, estranhava o modo como Naruto sempre prevalecia sobre isso, que continuava a insistir nela e demonstra interesse, como não cobrava nada dela, pelo contrário entedia a posição em que estava.
E a cada pequena mensagen trocada a vontade de continuar a conversar com ele se tornarva mais presente, uma vontade avassaladora de saber mais sobre aquele homem, seus gostos, seus tormentos, seus demônios, suas metades.
Até chegar onde estava agora. Paralisada de medo de por tudo a perde, de estragar o que havia construído com todo esforço. Afinal depois da mensagem que envio a Sakura;

O Significado De AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora