🌹Castiel🌹

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Eu admirava todos os detalhes do rosto angelical de Castiel, seu cabelo sempre bagunçado, os olhos azuis incrivelmente hipnotizantes e a boca que hora ou outra estava rosada.

Ele apreciava o céu estrelado de uma noite de verão, estávamos sentados nós quatro, eu, o anjinho e os dois Winchesters do lado de fora do bunker, bem próximos a entrada. As estrelas estavam simplesmente de tirar o fôlego, cada brilho podia ser descrito como único, principalmente quando se conhece um anjo.

Senti algo cutucar meu braço e me virei para verificar, vi que era Dean, quando o olhei ele apontou com a cabeça para o plumado ao meu lado. Ele e Sam sabiam sobre minha queda por Castiel, melhor, meu penhasco, percebi que era horrível escondendo meus sentimentos quando eles vieram conversar comigo, mas parece que o anjo nunca percebeu nada.

- O que? - mexi a boca sem que o som saísse.

- Fala com ele. - o loiro fez o mesmo que eu.

- Não. - continuamos com nossa leitura labial.

Ele revirou os olhos fazendo aquela típica cara de quando se irrita. Eu voltei minha atenção para o céu olhando de canto para o de sobretudo.

- Eu vou entrar. - Dean se pronunciou novamente e eu sabia o que ele estava planejando.  Eu o assitia levantar, dar um pequeno chute na perna de Sam e apontar com a cabeça para mim e o ser angelical ao meu lado.

- Eu também vou. - o mais alto também se levantou recebendo meu olhar de reprovação e fingindo não notar.

Eles adentraram o bunker deixando apenas um silêncio para trás.

Meu coração estava acelerado, não fazia ideia do que tinha que fazer ou da vergonha que ía passar. Percebi que o anjo estava tão distraído fitando o céu que possivelmente nem havia notado a retirada dos meninos.

- O que você tanto olha? - perguntei meio nervosa. - Tem algo que meus olhos mortais não consigam ver?

- É estranho ver a luz de algo que talvez nem brilhe mais né? - ele finalmente disse algo.

- Está falando das estrelas? - meu Deus, era óbvio que ele estava falando das estrelas.

- Também. - me fitou. - Fico feliz quando vejo como você acredita em algo que talvez não dê pra ser salvo. Assim como as estrelas, muitas pessoas não tem o brilho que aparentavam ter, mas pessoas como você, ainda acreditam.

- É bom pensar que nem tudo está perdido. - sorri, eu sou uma pessoa realista mas que também acredita que pessoas podem melhorar.

- Concordo. - voltou a encarar as estrelas e eu fiz o mesmo.

Algum dia eu teria que falar o que sinto por ele, sei que ele já passou por muita coisa e tudo mais, mas acho que ainda é difícil para um anjo compreender sentimentos humanos.

Eu me apaixonei por Castiel semanas depois após conhecê-lo, isso já faz dois anos. A bondade, a esperança e a fé que ele tinha me encantavam, foi ele que me ensinou há sempre acreditar no melhor das pessoas, ver que ele perdeu esse pensamento fazia o meu mundo tremer.

- O que você pensa do amor? - era uma pergunta que rodeava minha cabeça, o que ele achava de um sentimento tão raro.

- Difícil dizer algo sobre um sentimento tão semelhante ao ódio. - seu olhar caiu sobre mim que o escutava atentamente. - As pessoas morrem por ambos, ambos levam as pessoas ao extremo, eles andam lado a lado e onde existe um sempre existirá o outro.

- É como amar alguém e ao mesmo tempo odiá-lo por não perceber isso. - sorri triste olhando para baixo lembrando da minha situação atual. Suspirei, era agora ou nunca, porque talvez eu nunca tivesse coragem para me declarar novamente, se ele não sentisse o mesmo pelo menos eu saberia e poderia tentar seguir em frente. - Eu te amo Castiel. - soltei o encarando. - E não é como um amigo ou irmão, eu poderia perder tudo, mas se eu tivesse você ao meu lado seria como se eu tivesse ganhado tudo de volta. - ele parecia surpreso, não sei se de desgosto, mas a maneira como seus olhos ardiam sobre mim fazia meu coração errar as batidas e meu sangue ferver. - Entendo se não sentir nada por mim, entendo se quiser que eu te esqueça, mas eu precisava que você soubesse o que eu sinto. - um silêncio desconfortável se instalou e eu voltei a admirar as estrelas.

Senti a pressão sobre as costas de minha mão que estava apoiada como encosto para mim. Desviei minha atenção vendo que o anjo havia posto sua mão sobre a minha, corei e o olhei.

- Eu... Eu sei que para falar o que realmente sente por alguém é necessário muita coragem. - Meu corpo se arrepiava conforme o tempo passado com seu olhar sobre o meu. - Isso é uma das coisas que eu admiro em você. Você teve coragem para falar o que sentia. - suas palavras eram reconfortantes, o que fazia parecer que estava prestes a levar um fora. - Você teve a coragem que eu nunca tive, que eu nunca tive para dizer o que sinto por você. - as palavras passavam tão calmamente por seus lábios que me fazia pensar que tudo não passava de um sonho. - E-Eu também te amo S/N. - achei que fosse desmaiar, que meu coração fosse sair do peito e pular na cara de Castiel. - Demorei para descobrir isso, mas agora tenho mais que certeza.

Sem pensar duas vezes praticamente pulei no anjo, colando nossas bocas em um beijo cheio de paixão. Pode parecer exagero mas, eu nunca me senti tão feliz.

- Eu te amo... - em sussurro a frase deslizou enquanto nossas testas estavam coladas.

- Eu te amo... - também em sussurro a frase chegou ao meu ouvido.

 - também em sussurro a frase chegou ao meu ouvido

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