■Nine■

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Oiiii meus amoresssss ~
Não tá muito grande mas prefiro qualidade que quantidade então vamo que vamo ahaha
trailer na mídia

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Todo o corpo de Jimin tremia e a camisola do pijama colava-se ao seu corpo de tão suado que estava. O relógio presente na mesa de cabeceira (criado mudo) indicava cinco da manhã. o céu lá fora continuava escuro como o breu, os pássaros que costumavam cantar melodiosamente desempenhando a função de despertador ainda dormiam e tudo no geral parecia parado. Tranquilo. Silencioso. Menos dentro de Jimin, aí nada estava pacífico, todo o interior do rapaz borbulhava em ansiedade.

Ao olhar pela janela, Jimin apenas conseguia visualizar as orbes escuros do corpo sem vida do outrora pediatra do filho que teimavam em sair da sua cabeça. Claro que o loiro amava de paixão séries policiais tipo Castle, CSI e Mentes Criminosas, séries onde apareciam "cadáveres" e cenas violentas mas, experienciar algo do género na vida real estava a ser atormentador e ele estava a pagar com o seu sono. 

"Volta a pensar na letra cravada na testa dele, amor"

B era a letra. B de Bunny? Era a única relação que Jimin encontrava para aquela mensagem do maluco que o perseguia. Aliás, depois da teoria formada de que havia sido Bunny a matar Yuhan e a secretária, Jimin já não sentia que aquele homem fosse apenas um stalker mas sim um criminoso perigoso... um assassino.

Por muito que o rapaz quisesse voltar ao seu sono não o conseguiu mais e quando amanheceu limitou-se a ir preparar o pequeno-almoço (café da manhã) para si e para o seu filho.  Após a mesa estar posta, Jimin acordou Minguk ajudando-o a vestir-se e arranjar-se para aquele que seria o seu último dia de aulas antes da interrupção letiva de Páscoa. O progenitor não queria admitir mas, tudo o que se vinha a passar nas últimas semanas tinham-no deixado assustado, a temer pela sua vida e a do pequeno e, claramente, o seu bebé era uma prioridade. Depois do dia terminado, Jimin iria deixá-lo com o Senhor Lee, o vizinho do segundo andar que também era natural de Busan e estava de regresso à cidade para celebrar a Páscoa com a sua família, dando boleia (carona) ao menino até à casa dos Park.

Esta foi a solução que o loiro encontrou para não colocar a vida do filho em perigo. Ele estava determinado em descobrir quem era aquele maníaco que tanto o atormentava e denunciá-lo à polícia. O plano era simples e Jimin não se iria desviar dele nem um milímetro.

"Papá, porque é que não vens comigo para casa do vôvô e da vóvó?" Minguk perguntou enquanto mordiscava um pedaço de pão de leite com fiambre.

"Gukie, o papá adoraria ir mas não posso faltar ao trabalho. Eu juro que depois te compenso, okay? Fazemos um dia inteiro só nós os dois!"

"Mindinho?" O pequeno olhou o pai com o dedo mindinho esticado enquanto mastigava o último pedaço de pão, demasiado grande para a sua boca.

Jimin riu do jeitinho infantil mas compreensível de Minguk e sem hesitação entrelaçou o seu mindinho no do filho. Beijou a sua testa e penteou os seus cabelos pretos com os dedos enquanto pegava a mochila onde tinha a sua máquina fotográfica, pronto para sair de casa.

Após deixar o Park mais novo na escola (com muitos beijinhos à mistura e amo-tes), guiou para o estúdio de fotografia onde se encontraria com Jongin para lhe mostrar as suas fotos das sessões anteriores. 

Kim Jongin era o chefe de Jimin, o loiro tinha uma gigante admiração pelo mais velho: ele construira a sua própria agência de modelos de raiz, apenas com as poupanças de mais de quatro anos de trabalho num pequeno café de Icheon. Era a história de um rapaz humilde que tinha conseguido erguer uma empresa relativamente bem sucedida. 

"Já tinha saudades tuas, Park!" O chefe gritou sem ligar aos outros funcionários da empresa abraçando-o.

"Foram uns dias difíceis." Jimin sorriu libertando-se dos braços de Jongin. "Mas não te preocupes, consegui editar as fotografias todas daquela modelo argentina."

"Ótimo! Eu sei que posso sempre contar contigo!" afagou um pouco os cabelos loiros de Jimin resultando num tom avermelhado nas bochechas do mais novo. "Liga a câmara ao computador. Eu tenho uma reunião agora mas depois venho ter contigo para escolhermos as melhores."

Jimin concordou com a cabeça, sentando-se atrás da sua secretária no assento confortável e ligando o computador. Abriu a sua mochila para tirar a câmara mas ao pegar nela um envelope caiu no chão. Movido pela curiosidade e porque não se lembrava de o ter posto lá, apanhou-o do chão observando-o atentamente. Nada. Era só um envelope branco normal, poderia ter sido comprado em qualquer lugar e nem remetente tinha. Mas se estava dentro da mochila de Jimin é porque era dele, certo?

Errado.

O conteúdo do envelope não era de Jimin. Ele nunca escreveria um B num papel preto. Ele nunca desenharia um coelho ao lado da letra. Nunca. 

Jimin apressou-se a desdobrar o resto da folha lendo a única frase que lá estava, escrita numa caligrafia muito bonita por sinal.

"Eu sou o artista e tu és a arte, amor"

O loiro fitou o pedaço de papel com as mãos trémulas. 

 B de bandido.

B de bárbaro. 

B de brutalidade. 

B de Bunny.

O Park não era lerdo, tinha percebido a referência da letra, a mesma que viu cravada na testa do médico. A mesma que lhe valeu noites sem dormir. A mesma pela qual ia abdicar de passar a Páscoa com a sua família para os proteger. Como Jimin queria que aquele homem desaparecesse...ai se queria. Claro que ele salvou Minguk de ser atropelado mas uma boa ação não elimina centenas de más. Uma ação humana não invalida que ele seja um monstro. Ele matou duas pessoas a sangue frio, desfigurou-as, tudo ali gritava: monstro.

O telemóvel de Jimin vibrou. O rapaz respirou fundo e olhou a mensagem.

Bunny:

Abre a pasta no computador que diz Arte

Arte? Jimin não tinha nenhuma pasta assim cham-  Afinal tinha mas, mais uma vez, algo estava consigo,nas suas coisas mas não era seu. As mãos do loiro não paravam de tremer, parecia mesmo que aquele passara a ser o seu estado permanente. Tinha medo de clicar na pasta e ainda mais medo de ver o seu conteúdo. Poderia lá estar qualquer coisa. Sentia o seu espaço pessoal completamente violado.

Inspirou quanto ar os seus pulmões aguentavam e clicou duas vezes sobre aquela "Arte".

Fotos apareceram no seu ecrã, dezenas delas, algumas em momentos completamente pessoais com Jongin, Taehyung e Minguk, outras com pessoas desconhecidas, muitas sozinho mas, duas fotos o surpreenderam.

Era Park Jimin em Busan Creek junto a Taehyung e outra sozinho.

Busan Creek

Aí estavam as respostas que Jimin precisava e não iria descansar até as conseguir. Ele era persistente,um osso duro de roer e desistir de perseguir o miserável que lhe estava a causar tudo isto não estava nos seus planos. Ele ia o encontrar.

Jimin:
A melhor arte vais ser tu atrás das grades a chorar para que te soltem e aí eu vou cuspir na tua cara nojenta

Jimin:
A sociedade vai se ver livre de um psicopata e eu vou me ver livre de ti

Jimin:
É assim que se matam dois coelhos com uma só cajadada e adivinha o que tu és?

Jimin:

um bunny.



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Referência : 

Matar dois coelhos com uma só cajadada - conseguir dois resultados favoráveis com uma só ação.

Bunny é Coelho em Inglês.

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⏰ Última atualização: Apr 21, 2022 ⏰

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