Me dê Amor

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– Fala sério, vocês estão me perseguindo, é, Hale? Acabei de ser traído pelo Smith e agora você me aparece? – Bruce vai até o rapaz, que o abraça com força.

– Não sei porque você confia tanto no Smith se nem a mulher dele confia. Você sabe disso... e se deixou ele sair vivo, é certeza que ele vai te caçar depois. – o homem comenta, enquanto dá tapas nas costas de Bruce.

Eles ficaram abraçados por algum tempo, até se soltarem.

– Ele pode vir, eu vou estar preparado. – Bruce rebaixa e o cara concorda com a cabeça, olhando ao redor.

– Abaixem as armas, porra, não viram que eu conheço o cara? Que falta de educação é essa? - todos que estavam com ele, então, abaixam as armas e eu também.

– O que está fazendo?

– Procurando um grupo de sobreviventes maior.

– Você é o segundo do nosso grupo que encontro, como acabei de dizer.

– Normal. Você tinha alguma dúvida que a gente iria se encontrar? Bruce, todo o seu grupo eram de soldados treinados. Capitão... – Bruce sorri. – Vivemos 4 anos juntos comendo merda e mesmo assim sobrevivemos. Tenho certeza que o resto do nosso grupo, ou está indo para o grupo de sobreviventes, ou já está lá. Alguns de nós moravam mais ao sul do país e vieram direto pra cá... eu só demorei porque fui para a Califórnia no começo do surto, então quando teve toda a coisa da explosão, mortes e sangue, eu estava preso lá. Desci a pé.

– É sério que nunca pensou que eu tivesse morrido?

– O que? Seria uma ofensa, depois de tudo o que eu vi você passar quando era tão novo. Eu sei que você pode levar facada, flechada, tiro... que você só precisa de uns pontos, às vezes umas horas de sono, e já está pronto para acabar com qualquer coisa que passe na sua frente. Bruce, pelo amor de deus, eu te criei.

– A cada dia que passa fica mais difícil. – Bruce responde o rapaz, que pensa um pouco.

– É, até o fator cura do Wolverine envelhece com ele. – responde. – Bom, essa aqui é minha irmã, Raven, esse é meu primo, Dante e essa ali, é minha sobrinha, Janine, com seu filho, Jonas. – cada um deles acena para Bruce, que confirma com a cabeça. Todos ele estavam vestidos como oficiais do exército, até mesmo o filho de Janine, que aparentava ter a idade de Amélia.

– É um prazer conhecê-los. Esses são Dylan, meu namorado, Amélia, minha irmã mais nova, Beatriz, minha afilhada, Solange e Sahil, nossos convidados. – nos cumprimentamos com movimentos rápidos de cabeça.

– Mas e aí, o Jean está longe? Porque todos os dias, enquanto eu trabalhava com ele, sonhava com o dia que eu ia poder arrebentar aquele merda.

– Ele te fez alguma coisa? – pergunto e ele me fita por alguns segundos. Eu não me importava se ele não gostasse de mim pela minha curiosidade, eu precisava saber se minha cisma com Jean era verídica.

– Nada demais. – ele levanta a barra da calça, mostrando que não tinha mais o pé. – Além de não me avisar que tinha analisado uma mina terrestre em uma das missões, me fazendo pisar nela, o filho da puta ainda fez questão de falar pro nosso superior que ele acreditava que eu era emocionado demais para aceitar novas missões. Ele me tirou de campo e eu nunca vou perdoá-lo por isso.

– Vai me dizer que não é um emocionado? – Bruce questiona, tentando disfarçar sua vontade de rir.

– Olha aqui, Bruce... não brinca comigo. – Hale força um tom ameaçador para Bruce e eles começam a rir.

– A vingança que você tanto procura está na última cidade ao norte. – o homem se aproxima de Bruce, olhando nos olhos dele e Bruce levanta um pouco mais a cabeça.

Caos (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora