O garoto da biblioteca!

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Capítulo – 3

— Bom, como eu estava dizend- — Foi interrompida pelo sinal, que havia tocado — Ah, já deu a hora? — Se perguntou, olhando seu relógio de pulso. Ué, se tocou é por que sim, né? — Nossa o tempo passou rápido — Comentou — Enfim, estão dispensados. — Disse a professora, enquanto organizava alguns papéis que estavam sobre sua mesa.

Finalmente acabou essa aula dos infernos! Gente, quando é aula de matemática parece que o tempo passa tão devagar… É como se estivesse em câmera lenta!

— Amém... — Murmurei, guardando meus materiais na mochila.

Sai da sala de aula, bebi um pouco de água e me sentei em dos bancos que haviam em frente a minha classe, para que eu pudesse ler uma fanficzinha em meu celular. Fiquei um tempinho lendo, até que comecei a sentir a impressão de que estava me esquecendo de algo... Mas o que era mesmo? Ah! O clube de culinária!

— Meu Deus, estou atrasada! — Exclamei, quando vi a hora em meu celular.

Corri pelos corredores o mais rápido que pude — Viado, acho que consegui superar o Flash — Com um pouco de falta de ar — Ih, é corona vírus — abri a porta do clube e me deparei com a face irritada da presidente.

— Você está nove minutos atrasada… — Falou, me olhando com uma expressão séria.

— A-Ah, perdão presidente. — Me curvei, na intenção de me desculpar. Droga, como pude me esquecer!

— Hm. Sente-se alí. — Disse, apontando seu dedo indicador em direção a uma grande almofada que havia no chão.

Balancei minha cabeça em sinal de positivo e fiz o que a loira havia pedido — Aí que vergonha, todos estão me olhando! — por que as pessoas têm mania de ficar encarando tudo aquilo que é novo ou diferente? Que irritante!

— Bom, estão todos presentes? — Se perguntou, analisando todas as pessoas que estavam na sala — Aff… Pelo visto o Amane está atrasado, como sempre! — Reclamou, revirando seus olhos.

— Amane? — Me questionei em pensamento. Quem será que esse? Ah, provavelmente deve ser algum garoto bobinho e sem noção.

Eu estava tão distraída em meus pensamentos, que nem notei quando a porta do clube foi aberta — de uma maneira meio bruta por sinal — O que a fez bater com força contra a parede. E puta que pariu… Que susto que eu levei! Sorte que eu consegui conter o grito que eu estava prestes a dar. Curiosa como sou, fui ver quem tinha sido o desgramado que havia feito aquilo, então me deparei com o… — Meu Deus, é o garoto da biblioteca! 'Tô pasma.

— VOCÊ QUER MORRER?! — Gritou a loira, encarando-o com um olhar mortal. Vixi, parece que o bicho vai pegar!

— Foi mal, Misaki. — Falou, coçando sua nuca.

— Foi mal?! — Exclamou, suspirando logo em seguida, na intenção de se manter calma — Unhf… Senta logo a porra bunda na almofada! — Bufou, desistindo de continuar aquela discussão, já que a mesma não iria dar em lugar nenhum.

— 'Brigadinha! — Agradeceu. É, parece que não vai ser hoje que o circo vai pegar fogo.

— Voltando ao assunto do clube... A tarefa de vocês é preparar uma sobremesa e caso queiram, é permitido formar duplas. Comprem os ingredientes e amanhã será realizada a atividade. Lembrando, não é obrigadatorio preparar um prato com coisas extremamente caras. — Alertou, se sentando em uma das almofadas, logo em seguida.

— Amane! Quer ser minha dupla? — Várias pessoas perguntaram ao mesmo tempo.

— Seja a minha dupla, por favorzinho! — Implorou, juntando suas mãos. (N/A: Assim 🙏)

— Não, se junte a mim! — Pediu, a outra garota.

— Por favor Amane, seja meu parceiro! — Demandou o garoto.

— Foi mal galera, mas eu já escolhi uma pessoa. — Respondeu.

Eu ainda estava sentada na almofada, tentado pensar em alguma receita que fosse fácil, rápida e gostosa. Enquanto refletia, comecei a encarar a parede (Eu provavelmente estava com uma cara de chapada), até que uma mão tocou meu ombro me tirando de meus pensamentos.

— Oi, Yashiro! — Me cumprimentou, com um grande sorriso estampado em seu rosto. Ahn? O que ele quer comigo?

— Ah, oi. — Respondi — O que foi? — O encarei confusa.

— Você quer ser minha dupla? — Perguntou, se aproximando de mim.

— O-Ok. — Concordei com a cabeça.

— Certo, o que você estava planejando fazer? — Me observou por alguns segundos.

— Bom, eu ainda não decidi... Você tem algo em mente? — Peguei o elástico que estava em meu pulso e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo baixo. 

— Então vamos pensar nisso juntos. — Estralou seus dedos — Que tal fazermos uma lista com as sobremesas que mais gostamos, se escrevemos uma em comum, ela será a que cozinharemos. O que você acha da ideia? — Cruzou seus braços.

— Achei interessante, vamos testar. — Abri minha mochila, pegando meu caderno de anotações e um lápis — Quer uma folha? — Perguntei.

— Não precisa, eu tenho meus meios. — Se levantou e foi em direção a presidente do clube.

Eles conversaram por alguns minutos e por algum motivo ela brigou com ele… Bom, pelo menos ele voltou com uma folha e caneta.

— Pronto! — Se jogou na almofada. 

— O que você foi falar com ela? — Sim, sou curiosa mesmo.

— Fui pedir emprestado, essas coisas aqui. — Apontou seu dedo indicador em direção aos objetos — É que eu esqueci as minhas coisas na sala de aula, mas estou com preguiça de ir buscar... — Colocou o pedaço de papel sobre o joelho e começou a escrever — Só que ela ficou meio puta. Reclamando que eu deveria ser mais responsável e tals. — Revirou os olhos.

— Entendi... — Peguei o meu caderno e comecei a fazer o mesmo que o moreno. É, isso realmente foi algo bem imaturo da parte dele.

— Pronto, terminei. — Foi em direção a Yako, lhe entregando a caneta que ele havia pegado emprestado. Será que eles são namorados? Eles parecem ser bem íntimos.

— Eu também. — Cruzei minhas pernas.

— Deixa eu ver. — Estendeu seu braço, pegando o caderno que estava em minhas mãos — Aqui a minha. — A colocou sobre minha coxa.

— Obrigada. — Agradeci, começando a ler. Caralho, Que letra linda! Estou chocada… Eu achei que por ele ser um "pouquinho" folgado a ortografia dele seria um desastre; Mas pelo visto, eu estava enganada.

— Certo, então nós vamos fazer o Naked Cake. — Fechou o caderno, me entregando em seguida.

— Posso jogar fora? — Perguntei, me referindo ao papel.

— Pode sim. — Respondeu.

[…]

Depois daquilo, conversamos sobre como iríamos fazer em relação aos ingredientes e descobrimos que morávamos no mesmo bairro. Por essa informação repentina, chegamos a conclusão de nos encontraríamos em um mercado que era próximo de nossas casas.

— Gente, já é meio dia... Podem ir. — Falou, enquanto mexia em seu celular.

— Tchau, Misaki. — O moreno se despediu, saindo pela porta logo em seguida.

— Tchauzinho, otário. — Respondeu, sem tirar os olhos da tela do aparelho.

— Até amanhã, presidente! — Várias pessoas (inclusive eu), falaram ao mesmo tempo.

— Ah… Hoje foi tão cansativo. — Reclamei — Espero que eu consiga sobreviver nas mãos daquele garoto... — Murmurei para mim mesma, caminhando em direção a minha casa.

Continua?

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⏰ Última atualização: Apr 24, 2020 ⏰

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