O Lenhador • Jjk+Pjm

Algo sobre vermelho...

Era uma vez...

  Em um mundo onde ômegas, betas e alfas viviam na mais bela harmonia, sem terem que contar com discriminação por classe ou qualquer coisa do tipo, vivia Park Jimin. Um pequeno mas nem de longe frágil, ômega lupus. Este que por sua vez vivia em um orfanato bem amoroso, localizado na pequena vila Amonet, lar cuidado pelas amorosas senhorinhas que depositavam todo l carinho que tinham em seus enormes corações na criação dos ABO que lá viviam.

  Nosso protagonista Park Jimin, ou Chimchim para o mais chegados, desde o inverno em que tinha seus almejados 15 anos, era apaixonado pelo alfa lúpus três anos mais velho que si, Jeon Jungkook, o lenhador do bosque.

  No entanto, para a tristeza de nosso pequeno ômega, o alfa que tinha uma linda e brilhante pelagem negra em sua forma de lobo, nunca sequer deu atenção para si. Todos os anos desde de seus 15, ia até o chalé, em sua opinião, fofo e aconchegante do mais velho com seu carrinho de puxar comprar algumas pilhas de lenha para levar até o seu lar.

  Embora devido à sua classe, fosse ainda mais sensível ao frio do que os ômegas comuns, fazia questão de ir buscar a lenha para o orfanato. Oras! Era o mais velho dos que vivia ali, sendo constantemente chamado de "irmãozão" pelos pequenos betas, alfas e ômegas que ali viviam e, em hipótese alguma, deixaria que as gentis senhorinhas que cuidavam de si e de seus irmãozinhos pegassem aquele friagem toda! Além do mais, toda aquela viagem ainda tinha um bônus, e cá entre nós? Um belo de um bônus, com lábios vermelhinhos, cabelos negros como a noite, nariz adorável e admiráveis olhos jabuticaba.

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08 de agosto de 1955

  O inverno havia chego, e com ele as duas coisas que Jimin mais esperava: ver a neve e Jeon Jungkook, o alfa que o levava aos céus com um simples olhar desde que era apenas um pequenino ômega. O loiro torcia mais uma vez para que seu amado não estivesse acompanhado por mais um ano, não o entendam mal, mas... Se por um obséquio sentisse o cheiro de outro ômega ou alfa, ou até mesmo ouvisse um beta o chamando de amor, o baixinho certamente não iria conseguir esconder sua carinha emburrada, biquinho bravo e rostinho vermelhinho demonstrando todo o seus ciúmes, acreditava até que agiria como uma criança birrenta cruzando os braços enquanto bate seu pézinho no chão.

  Rezava para amada Lua que o seu lobinho carinhoso ainda estivesse solteirão, porque poxa, finalmente tinha atingido sua maioridade e com ela uma súbita coragem de confessar seus sentimentos e desejos pelo alfa lúpus com presença dominante que não passava de uma criança fofa com aqueles dentinhos de coelho! Jimin havia decidido que, se o mesmo não correspondesse às suas investidas e declarações hoje, nunca mais olharia com outros olhos para o moreno e seguiria em frente, afinal de contas, era um ômega muito bonito e esperto, quem estaria perdendo não seria ele.

— Ahjummas! Estou saindo, tá bom? Não esperem por mim, e não se preocupem, sabem que vou demorar. Amo vocês!

  Assim que ouviu a confirmação seguidas de dois "Que a Mãe Lua o guie e proteja", o ômega arrastou seu carrinho de puxar pelas escadas abaixo, com o maior cuidado do mundo, tentando a todo custo não quebrar as rodinhas de seu precioso carrinho, este que por sua vez carregava algumas amarras que seriam úteis na hora de transportar a lenha.

Arrumou as amarras de sua touca quentinha, e ajeitou suas roupas especiais para ômega, estas que eram três vezes mais reforçadas que as roupas de betas, e como consequência, deixavam o acizentado semelhante à uma bolinha fofa em sua opinião. Só então, após se sentir confiante e confortável consigo mesmo, estufou os peitos e marchou à "guerra", aquele alfa seria seu e Park Jimin não aceitaria voltar para casa sem a almejada marquinha de seu amado cravada em sua pele.

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Algumas horas mais tarde...

Okay, Jimin. Não surta!

  Sinceramente, tem como não surtar com uma visão entorpecente como essa? As ahjummas sempre me ensinaram que drogas são prejudiciais e que não devem ser usadas, mas... Se a tal droga for o corpo de Jeon Jungkook, elas que me perdoem porque irei me esbaldar e viciar.

  Ah, de qual santa visão eu estou me referindo? Simples. Um tal alfa lúpus denominado Jeon Jungkook, cortando pedaços de lenha em cima de um cepo, com o corpo moreno brilhando por conta de uma fina camada de suor.... E o melhor disso tudo? Bom, a camisa xadrez vermelha e preta estava com os botões abertos, deixando à mostra todo o peitoral malhado e definido daquele que roubava cada um de meus sonhos a anos..

  Parecendo sentir meu cheiro, o lobo grandão passou a se assemelhar mais à um coelho assustado no que simplesmente largou seu machado no chão, e tratou de passar suas mãos, e que mãos... Em seus fios negros, tentando a todo custo ajeitar seus cabelos rebeldes, antes de limpar suas mãos em suas calças para então se aproximar de mim com um sorriso nervoso nos lábios, juntamente de suas duas lindas jabuticabas arregaladas de uma forma extremamente fofa. E o bônus disso tudo? Seu lobo exalava descaradamente uma mistura de rosa e vermelho, entregando seus sentimentos de ternura e paixão.

E foi deste modo que descobri que Jeon Jungkook também nutria sentimentos por mim.

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P.s: Nessa fic, ômegas lupus sentem o cheiro por cores, podendo sim decifrar que sentimentos as pessoas ao seu redor exalam. Já os alfas lupus, apenas sentem cheiros à uma maior distância, e conseguem identificar apenas sentimentos muito fortes, como por exemplo, raiva.

P.s 2: Rosa pode significar romantismo, ternura e/ou ingenuidade; vermelho pode significar paixão, energia e excitação. 

Era pra ser uma oneshot, mas decidi transformar em shortfic porque sou rendida, lê-se gada, por esse plot. 🤠 E vou escrever esse meu xodó, junto com a minha soulmate linda perfeita, dêem todo o amor do mundo para a:
bangtanswitf