Carpe Diem

Parte 8- A menina do guarda-chuva falante

Era uma vez uma menina, ela não precisava ser chamada de princesa para ser uma dama e nem ser uma qualquer para ser uma pessoa, ela era quem era e era isso que importava.

Em um dia normal, o tempo estava bom, sem nuvens no céu, era outono, mas como naquela sociedade opressora necessitava de algo para reclamar e a julgar, mesmo sem ela ter feito nada decidiram a afetar por algo tão bobo, seu guarda-chuva cor laranja, ela então o pegou e começou a leva-lo a qualquer lugar onde ela ia. Depois de um tempo o guarda-chuva havia criado vida, ele falava, mas ela não conseguia ouvi-lo por não o dar tanta confiança.

A sociedade a excluia de tal forma que até seus amigos mais intimos , sua familia, tudo perdeu, deixando que só lhe restasse o guarda-chuva laranja como companhia.
Sem muita escolha começou a escutar o que o guarda-chuva tinha a dizer sobre ela, suas acusações eram leves mas certeiras, eram discretas mas a confrontava dia e noite, assim ela percebeu que o guarda-chuva por mais que fosse diferente da sociedade por fora, não era muito diferente na hora de excluir, de derrubar as pessoas.

Afinal...

A sociedade, a garota, o guarda-chuva e as outras coisas existiam apenas nela e infelizmente eram parte dela.