Capítulo 1

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Olá, eu sou uma mãe solteira com uma filha de oito anos. Minha vida não é das melhores mas quando olho pra minha pequena é como se todos meus problemas fossem resolvidos, ela é a coisa mais preciosa que tenho nesse mundo inteiro e neste exato momento estamos extremamente atrasadas!

- Manuzinha rápido! Vamos! - Digo pegando minha bolsa do sofá e vou andando rapidamente até a porta de entrada e lhe abrindo.

- Já tô indo mamãe... - Vejo minha pequena igualzinha a "Dora aventureira" com suas roupinhas roxas e segurando sua mochila vindo em minha direção. Oh Deus, como não ter uma overdose de fofura?

Coloco-a no meu colo e seu corpo se enrola ao meu, tranco a porta e parto para rua com muita velocidade. Eu e Manuzinha nem percebermos a noção da hora, quando percebi estava atrasada pro trabalho e ela pra escola. Posso parecer uma mãe irresponsável, bem, talvez eu seja um pouco mas juro que dou meu melhor pra minha filha ter uma vida boa.

- Mãe! Mãe! - Manu começa a balançar os pezinhos na procura de chamar minha atenção - A professora disse que hoje é pra levar cartolina - Sério Manuela? Só agora isso? Pelo visto vai mais lerda que sua mãe.

- Assim você não ajuda também né minha filha? Ai, ai essa Manuela... - Sorte que sempre passamos por lugares cheios de lojinhas. Entro em um desses estabelecimentos, coloco Manu no chão e tiro minha carteira da bolsa - Segura aqui rapidinho meu amor - Dou a carteira para Manu segurar depois de pegar algumas moedas - Nada de surpresas agora em?! - Compro a cartolina e coloco dentro do bolso da mochila da baixinha, pego ela pelos braços e saímos da pequena loja só que desta vez correndo.

Cansada, meus olhos são desviados da rua parando no relógio em meu pulso, eram 13:50, a escola iria fechar às 14:00, mas tudo bem, afinal só falta virar a direita e chegamos. O único problema é que não chegarrei a tempo no trabalho se levar ela até a escola. Então tive fazer novamente.
Na calçada paro a Manuzinha que estará cansada pela correria, me ajoelho e digo:

- Filha, não é a primeira vez que você faz isso. Você sabe como chegar na escolinha certo?

- Sim, é só virar alí - Fala apontando para a curva na esquina.

- Exatamente! Mamãe aqui não pode se atrasar pro trabalho se não tá ferrada!

- Mamãe, você falo palavrão não pode! - Até o jeito dela me repreendendo é fofo meu pai.

- Desculpa filhinha, mas mamãe tá mega estressada. Vou correr que bem o Flash pro trabalho e você vai pra escola daqui em diante tá bom amor? - Ela acena positivo, lhe dou um beijo na bochecha. Me levanto e minhas pernas sairam na velocidade da luz, me viro pela última vez para vê minha bebezinha e lá estava ela andando calmamente na calçada cantarolando alguma música.

[...]

- Uau, sorte que você não chegou atrasada hoje né? O Jadson ia te comer viva há há... - Ele começa a rir da minha desgraça.

- E você acha engraçado né seu safado? Tu não tem jeito não Pyong Lee, um dia você vai tá na merda e eu que vou rir.

- Isso nunca vai acontecer não Gi - Se senta na cadeira em frente ao balcão que estou felizmente tomando conta do caixa em vez de limpar o local - Estou no caminho da fama querida, você continua na mesma situação - Ai, nossa. Confesso que senti meus sentimentos serem afetados - Mas vamos deixar isso quietinho,me passa uma cerveja.

- Hum hum Pyong Lee, você acaba de jogar na minha cara a minha condição financeira e quer álcool de graça?

- Se esqueceu que tá me devendo uma cerveja da última aposta? - Oh merda, não lembrava desse detalhe.

Simplesmente aconteceuOnde histórias criam vida. Descubra agora