Um mês depois da guerra, mais um dia conturbado estava no fim e Hermione só queria ler um livro sequer. Havia tanto tempo que não lia, estava ocupada demais participando dos julgamentos de todos os Comensais. E estava feliz por todos serem devidamente presos.
Sentou-se em sua cama e abriu um livro que não lia faz um tempo, mas no momento em que o abriu, um pedaço de papel caiu em seus pés. Ela estranhou e se esticou para pegar-lo, uma ponta de curiosidade lhe atingiu e então começou a lê-lo.
Um dia parei para pensar quantos sentimentos posso ter, e com uma pesquisa rápida eu chego a conclusão que além dos corriqueiros sentimentos que todos nós conhecemos (raiva, tristeza, medo, etc..) existem muitos outros que nem nos damos conta da existência. Eu tenho um exempo;
Lethobenthos, aquela sensação que nos faz esquecer o quanto alguém é importante até que o reencontro nos faça lembrar a sensação.Não sei se já existe um nome dado ao sentimento de que vamos sentir algo, como eu já sei que vou sentir a sua falta Hermione Granger.
Percebi que iria sentir a sua falta no momento em que eu escolhi entre o lado certo ou errado, porque eu sei que lado você escolhe, o lado que você sempre escolherá...Bom, se você está lendo isso é porque está viva, o que também quer dizer que Potter tenha nos vencido.
E eu.. provavelmente preso em Askaban, ou morto. Qualquer um dos dois, não faz diferença para mim, eu já estou morto por dentro há séculos e preso em meus próprios pensamentos. Qual seria a diferença afinal??.Você deve estar bem confusa e lendo palavra por palavra desta carta com a expressão de concentração que você sempre faz enquanto lê algum livro que acha complexo, e isso me faz querer sorrir mas eu te devo alguma explicação.
Eu sempre impliquei contigo por simplesmente parecer que era oque eu tinha que fazer, quase como obrigação.
Mas depois passei a questionar isto, "por que tinha que te odiar?" Me perguntava sempre, e a resposta nunca me convencia; "ela é uma sangue-ruim". Na realidade eu nunca me importei tanto com isso e não achava que era motivo o suficiente para te odiar.
E foi aí que eu comecei a te observar, te observava enquanto lia na biblioteca, enquanto estudava na sala de aula, e até no refeitório. Na minha cabeça eu estava fazendo isso porque estava atrás de respostas, mal sabia eu que estava me viciando, me viciando em você.
Depois de um tempo, observar não era o bastante, eu precisava me aproximar de você. Pretendia usar uma poção polissuco para me parecer como um grifinorio qualquer e me aproximar de você.
Mas esse plano foi por água abaixo quando te vi chorar pela primeira vez.
Era à noite do baile e você estava chorando sentada na escadaria, chorando por ele, o salão já estava ficando vazio aos poucos e você continuava ali. Eu por outro lado, estava petrificado, sem saber o que fazer, — como sempre. Até que uma espécie de coragem instinta no meu ser apareceu, e eu caminhei até você.
Me arrependi na hora, achava que você iria me ignorar ou pior. Mas você só ergueu a cabeça e me olhou no fundo dos olhos com o olhar mais triste que já vi, e a única coisa que consegui fazer foi me sentar ao seu lado, abrir os braços e te entrelaçar entre eles.
Nós dois ficamos assustados com isso, mas parecia tão certo que nenhum dos dois recuou em momento algum. Ficamos em silêncio aproveitando o momento até você cair no sono.Depois disto uma confusão me atingiu, mas com o tempo uma estranha pontada de amizade surgiu em nós dois, nos encontrávamos às escondidas de todos —,como se oque tivéssemos fazendo fosse errado, e passávamos a maioria do tempo lendo um livro ou debatendo sobre ele (isso quando não estávamos brigando, é claro).
Brigávamos por tudo, e no fundo eu até que gostava, o seu jeito teimoso me fazia rir e no final sempre voltávamos a conversar como se nada tivesse acontecido.Até que passamos a ter um costume, toda noite dançávamos com músicas inventadas por nossas cabeças, ou seja, no silêncio. E eu não estava mais confuso, sabia o que eu queria.
Eu queria ser seu.
Mas nós dois sabíamos que nunca iria dar certo, você estava apaixonada pelo Weasley, eu via o jeito que você olha a para ele e me machucava, e eu, bom o meu pai me deserdaria se soubesse que eu estava apaixonado por uma mera "sangue-ruim". Queria poder te dar razões para estarmos completos...
Mas então fiz o que tinha que fazer. Sim, usei o Obliviate em você, por isso não lembra de nada que citei nesta carta. E me arrependo amargamente disto, o pior castigo que eu mesmo me sequenciei.
Lembro-me até hoje das últimas palavras que te disse antes de jogar o feitiço: "Você deveria estar com Ron, não posso competir". E depois disso você passou a me olhar como se eu fosse outra pessoa.E esta foi a nossa história Hermione Granger, nunca saberei se você sentiu algo por mim como eu senti por você. Queria poder me desculpar com você por toda a dor que um dia te causei, mas sei que não mereço o seu perdão.
Eu só queria que soubesse que eu te amo, e sempre amarei.
Sinceramente,
Draco.'
————————————————————————Fiz com muito carinho e espero que tenham gostadooo, me inspirei para fazer este one-shot quando ouvi a música "slow dancing in the dark" (ouçam pls)
Não se esqueça da estrelinha✨
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𝕾𝖑𝖔𝖜 𝖉𝖆𝖓𝖈𝖎𝖓𝖌 𝖎𝖓 𝖙𝖍𝖊 𝖉𝖆𝖗𝖐 ᵈʳᵃᵐⁱᵒⁿᵉ
Fanfiction𝐎𝐍𝐄𝐒𝐇𝐎𝐓| Onde Draco escreve uma carta para Hermione. ou Onde Hermione encontra uma carta. - concluído Aviso: se você estiver lendo essa história em qualquer plataforma que não seja o Wattpad, provavelmente está correndo o risco de sofrer um a...