Axel's POV
Acabava agora de entrar naquele pequeno clube, onde costumava passar as minhas sextas-feiras. Há meia hora atrás encontrei-me numa situação extremamente estressante. Sendo líder da máfia é um grande responsabilidade e eu aprendi isso desde muito novo. Um dos meus carregamentos de droga havia sido roubado e eu sabia exatamente quem culpar: the Hogs, um dos meus inimigos mortais, da qual o chef era um dos meus conhecidos de infância, Derek Hunter.
Pensamentos aleatórios passaram por mim quando soube daquela notícia mas somente pedi aos meus homens que tratassem do assunto, ou seja, que os prendessem e esperassem que eu chegasse a casa para acabar com a vida dos mesmos. A vida na máfia era arriscada, especialmente quando a minha era uma das mais bem preparadas e conhecidas pelas ruas de Georgia. Suspirei mais uma vez, levando a minha mão aos meus cabelos- um hábito que haveria desenvolvido desde pequeno. Aproximei-me do bar com cautela, vendo uma empregada me encarando de cima abaixo, soltando uma pequena gargalhada. Retribuí com um sorriso um tanto frio, e virei-me para o bartender pedindo uma das minhas bebidas prediletas: vodka com rum, extra-forte e de dupla medida. A noite iria ser longa e eu precisaria de estar o mais relaxado possível. Trouxe a minha bebida para uma mesa, virada diretamente para o palco e por sorte minha, o espetáculo estava perto a começar. Eu vinha aqui já há algum tempo, especialmente porque eles vendem submissas perfeitamente treinadas. Eu sou um dominante, mas admito que tenho um fetiche especial por concretizar: ser um caregiver para uma bela rapariga. Adorava cuidar de alguém como meu. Eu sei, um pouco estranho para alguém tão frio e cruel como um líder da máfia.
Vi dez belas raparigas entrarem em palco, não demonstrando tanta atenção. Uma dela poém, chamou-me à atenção. Era completamente linda e, ao contrário das outras que olhavam confiantemente em frente, ela olhava para baixo como uma bela submissa. Damn, que boa menina para o daddy. Rapidamente sacudi esses pensamentos, porque não era para isso que elas estavam a ser vendidas mas sim como submissas À procura de alguém que as dominasse. O pequeno leilão continuava, sendo cada rapariga escolhida e contentemente corriam até o seu comprador, até que estes bruscamente as paravam e arrastavam-na para o chão, onde supostamente elas pertenciam.
Assim que logo vi que a bela rapariga tinha se levantado, terminei a minha bebida e ajeitei o meu corpo no pequeno assento onde eu estava inclinado. Assim que ela é apressada pra a frente, o seu olhar vidra-se no fundo daquela sala, cheia de gente. Noto por momentos a sua estatura. Ela parecia ser perfeita. Assim que ouvi o nome dela e alguns fatos, sabia que o que pensei á meros segundos atrás, foi confirmado. Ela é perfeita e eu tenho que tê-la a qualquer custo.
Assim que começam a leiloar, eu deixo um pequeno sorriso escapar pelos meus lábios. Levanto por fim a minha voz, sentindo a minha pequena principessa levantar o seu olhar assustado para encarar o meu frio. Os seus olhos azuis eram completamente memoráveis e eu podia pensar em mil e uma maneiras de os ver com o brilho, que outrora teriam. Quando disse o meu preço por ela, senti-me contente porque ela valia muito mais do que meros 10,000$. Assim que percebi que ela era minha, andei num andar um tanto apressado até o final do palco, vendo algumas pessoas baixarem a cabeça com respeito. Após entregar o valor correto em notas de alto valor, o leiloador atirou a minha miúda para perto de mim. "Yo, se eu fosse a ti eu tinha cuidado." Respondi um tanto irritado, vendo a minha princesa estremecer nos meus braços. Reparei que ela me olhava um tanto assustada, fazendo-me arrepender ter usado tal tom na sua frente. Assim que coloquei-a no meu colo, senti o seu pequeno corpo respirar de... talvez alívio? Coloquei a sua cabeça na curva do meu pescoço, sentindo a sua respiração no meu. O que me deixou um tanto animado, porém contive o meu entusiasmo e andei a passos largos para fora daquela espelunca. Não queria pressioná-la, portanto não lhe fix tantas questões. Após me serem entregues os pertences da Madeleine, eu reparei num ursinho muito bonito quase caindo da sua mochila. Não poderia ser... Terei encontrado a minha própria little? Tinha um sorriso no meu rosto, que logo limpei entrando no meu SUV, com a minha princesa adormecida no banco detrás. Claro que ela tinha de estar assustada. Aquele estilo de vida não é para ninguém. Mais tarde tenho que lhe fazer umas perguntas. Concordei brevemente com o meu subconsciente, que raramente estava errado, e coloquei as chaves na ignição do meu Maserati, ou como gosto de lhe chamar, la bestia (a besta). A caminho de casa, tomava atenção para ver se Maddie estava bem ou se alguma coisa a incomodava. Mas ela dormia pacificamente como se soubesse que haveria ter sido salva daquele seu destino. Finalmente, estacionei na frente da minha bela mansão, saindo do carro e vi duas personagens por mim bastante conhecidas se aproximarem do meu carro.