THE WITCHER: bath + chamomile.

bath + chamomile.

NOTA:

Esse é o primeiro capítulo de uma trilogia:

The Witcher: bath + Chamomile.

The Witcher: bonfire + love.

The Witcher: chains + lovers.

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Geralt de Rívia, se perguntado, não sabia dizer como realmente chegaram àquele ponto, mas também diria que não se arrependia. Não era algo que lançaria voz aos quatro mundos, afinal, vindo dele não se esperava o contrário e acreditava que Jaskier também não o faria em nenhuma de suas baladas.

Pensando bem, era Jaskier.

Mas eles estavam entregues ao momento, Geralt puxava o lábio inferior do bardo com os dentes até que as bocas estivessem unidas em um só desejo. A água ainda estava aquecida quando Jaskier se despiu das vestes coloridas e se juntou ao bruxo que o encarou em silêncio. Tudo começou com uma birra, então uma brincadeira, que os levou ao momento de entrega dos dois. Jaskier queria sua ajuda, sua proteção.

— Pare com esses grunhidos de protesto. — Jaskier derramou um balde de água sobre sua cabeça enquanto estava sentado dentro da banheira de madeira larga. — Você será guarda-costas do seu melhor amigo. Nada de mais.

— Não sou seu amigo. — Respondeu enquanto limpava os últimos resquícios de sangue do monstro que matou.

— Mesmo? Então deixa estranhos passarem camomila na sua adorável bunda? — Jaskier perguntou com aquele sorriso cafajeste típico dele. Geralt o encarou com os olhos amarelos intensos, sem acreditar que estavam tendo aquela conversa.

Estamos realmente embriagados, concluiu.

— Pois é, foi o que pensei. — O bardo continuou com seu discurso, pois jamais sabia a hora de parar. — Lordes, cavaleiros e reis que se preze estarão nesse banquete. A própria Leoa de Cintra exaltará a beleza da performance magnífica de Jaskier! — Se exaltou, jogando sais aromáticos na banheira do bruxo que resmungou.

– E quantos deles querem matar você?

— Difícil saber. Parei de contar. — Tentou um sorriso inocente. — Maridos, concubinas, pais e mães, irmãs e irmãos, às vezes.

Virou-se de volta para Geralt e sentou na beirada da banheira encarando o olhar mortal que o bruxo o dirigia.

— Esse olhar bem assustador! Ninguém em sã consciência chegará perto se estiver ao meu lado com essa cara.

Geralt puxou a caneca e bebeu tudo de uma vez. Precisaria mais disso para aguentar o falatório do bardo pelo resto da noite.

— Não vou me meter nas merdas que você faz, Jaskier.

— É assim quando se envelhece? A pessoa fica intratável e rabugenta? Aliás, sempre quis saber, os bruxos sempre se aposentam? Em algum momento o pau não sobe mais? — Zombou levantando e parando de braços cruzados encostado na mesa de frente para a banheira. A inquietação o corroendo.

— Sim, quando ficam lentos e acabam morrendo. E sobre o pau, você pode colocar na boca e testar. — Respondeu o desafiando marrento, os braços fortes e largos com músculos torneados apoiados nas laterais da banheira.

— Qual é, não precisa dessa ignorância! — Limpou as unhas e se abaixou próximo da banheira novamente, os olhos claros e curiosos passando por todo o peito peludo e exposto do bruxo sem nenhum pudor. — Vai que alguém em Cintra queira chupar seu pau.