É você, sempre foi você

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Adriana

Cobertura dos meninos, New York - 20:30.

— Vocês vivem bem porra! -Murmuro parando de frente para uma das enormes janelas de vidro na sala. A casa inteira era composta por vidros grandes e intimidantes, dando uma vista maravilhosa dos arranha céus da cidade.

— Isso atrai muita mulherada por sinal. -Cameron diz pousando suas chaves no balcão da cozinha. Minha mente já estava sendo preenchida por imaginações de mim fazendo um monte de pratos deliciosos ali.

— Tarado. -Nego com a cabeça. — Quantos quartos?

— Seis.

— Pra que tudo isso?

— Pra pessoas como você que do nada cismam que querem se mudar para cá. -Chaz responde.

— Você vão adorar me ter aqui. -Abro um sorriso só para irrita-los.

— Não sei não. -Justin faz uma careta.

— Acho que tem algumas coisas que você precisa saber antes de mais nada. -Meu irmão diz mudando sua expressão para uma mais séria. — Senta.

Sento no sofá cinzento que já agora é bem macio e encaro os três homens a minha frente.

— Durante os jogos em família, tivemos uma conversa com seu pai sobre você vim morar aqui. Ele depositou toda a responsabilidade da sua segurança nos nossos ombros.

— Eu não preciso disso. Sei muito bem cuidar de mim e vocês sabem.

— Na Espanha. Aqui as coisas são diferentes. -Cameron murmura e eu rolo os olhos. — Apenas escuta Adriana. Você já viveu aqui e sabe muito bem como as coisas funcionam.

— Eu não vou andar por aí com mil e um seguranças na minha cola.

— Bernardo concordou que isso não será necessário, mas com uma condição.

— O que?

— Você tem que aprender a atirar.

Xingo baixo. Eu odeio armas com tudo de mim. Mas é um sacrifício que terei de fazer para evitar andar com aqueles homens gigantes e mal humorados para todo lugar onde eu vou.