"Depois de alguns anos longe de casa Adriana decide voltar para junto de sua familia e amigos, consequentemente encontrando Justin, por quem uma vez teve um fraco. Adriana julgou que seus sentimentos tivessem dispersado quando se mudou para Espanha...
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Adriana
— Desce Adriana!
Abro a porta com uma careta e dou a volta me colocando no lado do passageiro.
— Não sei qual é seu problema em ser guiado! Eu hein. -Murmuro apertando o cinto.
— Tu não vai dirigir meu Bugatti como uma velhinha cega. -Da arranque, jogando sua mochila no banco traseiro.
— Waw. -Toco meu peito ofendida. — Essa velhinha cega trouxe seu carro de volta sem nenhum arranhão.
— Para a sua sorte.
— Me ameaçando?
— Leve como quiser, mas tu sabe muito bem o que eu faria contigo se algo acontecesse com meu carro.
— Vai se foder Justin! -Digo calma ligando o rádio. — Então como foi a manhã?
— Produtiva.
— Comeu alguém na sala onde guardam os produtos de limpeza? -Pergunto naturalmente.
— Isso terminou no secundário.
— Ata, eu acredito.
— Já não sou um garoto Adriana.
— Claro, agora é um homão da porra. -Debocho aumentando o volume e cantarolando com a Alicia Keys em Girl on fire.
Justin sai da cidade a toda velocidade, como de costume, e eu reconheço o caminho. Estamos indo em direção ao galpão/armazém, ou melhor um deles já que existe um número espalhados por Nova York.
— Porque estamos indo para o galpão?
— É o único lugar equipado para eu te ensinar a atirar.
— Não sou fã desse lugar. -Resmungo.
— E não precisa. Apenas se acostume com o fato de ter que vir aqui com frequência a partir de hoje. -Diz sério com os olhos na estrada.
Vejo que essa tal manhã produtiva foi a um custo, que nesse caso é o seu humor.
Chegamos no galpão e atravessamos as grandes portas de ferro. Ali dentro se encontram armazéns cheios de drogas, armas, entre outras coisas ilegais, espalhados pelo terreno e homens três vezes o meu tamanho do lado de fora guardando a mercadoria.
Justin conduz até o armazém do fundo, que é bem maior em comparação com os outros. Ele deixa seu carro bem de frente para a entrada e desce. Me faço o favor de não esperar que ele abra a porta para mim, pelos menos não hoje, e desço também.
