Pranto pelos que se foram, e um grito de já vou também.

78 3 0
                                    

Ao chegar em casa entro desesperado e me deparo com minha mãe e meu padastro ambos dormindo no sofá, grito para acorda-los e avisar da situação, eles como o esperado não acreditaram, alem de acharem que eu estava matando aula, me mandaram para o meu quarto onde juntei algumas roupas e chorei, chorei em meio ao que poderia ser o fim do mundo por uma simples garota, e chorei pois sabia que devia esquece-la se quisesse tendo forças para continuar vivendo.

A primeira coisa que me veio a mente naquele momento foi como eu sobreviveria, após parar por alguns segundos eu me orrganizo, corro para baixo com minha mochila, meu padastro estava na escada, o empurro para o lado e corro ate a cozinha, minha mãe estava lá os dois me ameaçando contimuamente falando que eu estava revoltado, que se saísse pela porta nunca mais voltaria, até finalmente acontecer, tudo explodiu em cima de nós, todas aquelas criaturas de um lado para o outro, correndo desesperadamente, finalmente compreendi, eu não devo tentar encarar a situação, só a duas opções, me entregar e sofrer uma morte horrenda nas garras deles, ou eu poderia correr, até cansar, para um dia ser pego por eles, de um modo ou de outro escolhi correr.

Minha mãe e meu padastro estavam correndo para quarto para se trancar, eu tentei avisar que não seria seguro, mas não me ouviram, também palavras pra dois tolos não valiam de nada, eu dei adeus e corri, enquanto os dois bêbados e desempregados corriam para debaixo da cama, quando consegui sair corri em direção ao nada, literalmente, pensei que seria mais seguro correr para longe do problema, tive a ideia de encontrar um lugar para me trancar, e foi o que fiz, corri para uma casa em construção, tirando camiseta e enrolando no punho quebrei o vidro da janela e tampei o buraco com a madeira da construção, ali estavam um saco de pão e garrafas de água dos pedreiros que ali haviam trabalhado.

Eu ouvia gritos de um lado para o outro, choro desespero, era o fim dos tempos, mas só para a minha cidade! Ou pelo foi assim que eu pensei.

Após o cessar dos gritos e da confusão eu decidi dormir um pouco, me senti com medo mas mesmo assim dormi, pela manhã quando acordei com o sol na minha face me incomodando e olhei em meu celular, abri a televisão, logicamente com um fone de ouvido, quando vejo nos canais, todos se tornaram um grande e único jornal, e diziam repetidamente, aos sobreviventes, "Isto é uma pandemia, os governos de todo o mundo estão em estado de emergência, pedimos a todos os sobreviventes que não saiam de casa." Nada mais era dito, sem informações, sem explicações, sem esperança.

Decidi não sair dali ate meus alimentos acabarem, após o fim deles, vou começar a correr atrás de uma chance e espero ao menos sobreviver uma ou duas semanas.

This is zombie bitch!Onde histórias criam vida. Descubra agora