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Me sinto presa, nunca vi direito o que tem lá fora, meus pais não me deixam sair ou até mesmo ver pessoas, tenho 18 anos e não sei o que é viver, estou 24hs do meu dia ou arrumando a casa ou estudando escondida, pois para meus pais isso é besteira eu preciso é saber cuidar de uma casa e somente isso. Um dia fui pegue estudando e fui castigada severamente com o chicote, e de lá pra cá venho evitando ser pegue, um dia estava vendo uns livros e vi que falavam de constelações e fiquei fascinada querendo ver, mais sabia que seria difícil ver isso pois as 17hs sou mandada para o meu quarto que fica em um porão.

Em um determinado dia quando meus pais já tinha ido dormir consegui pegar a chave do meu quarto e consegui sair do mesmo, corri silenciosamente e consegui saí pela janela da cozinha e estava tudo escuro lá fora, olhei para cima e fiquei abóbada com a bela imagem.
Me sentei na grama do quintal de casa, e observei o céu, é tão lindo, eu nunca tinha visto nada tão bonito.

- Olá. - disse uma voz ao meu lado, me dando um baita susto, me levantei apressada e tentei enxergar quem havia falado comigo. Aos poucos enxerguei um homem alto ao meu lado. - Desculpa se te assustei rsrs - disse o homem estranho e deu um sorriso com dentes tão brancos que enxerguei até no escuro, o silêncio se instalou logo em seguida e ele voltou a falar. - Eu.. eu moro aqui na casa ao lado... - apontou para a casa azul clara atrás dele. - Costumo olhar as estrelas a noite, e é a primeira vez que vejo alguém dessa casa também observar as estrelas. - disse e olhou pra cima observando meu novo maior hobby de também poder observar. Vejo seu olhar se voltar pra mim de novo com curiosidade. - Mais... não me recordo de você? Só quem mora nessa casa é o Senhor e a Senhora Dolivan. Então quem é você? - pergunta se aproximando um passo e eu me afastei tropeçando em meus próprios pés descalços e quase caíndo de bunda no chão mais antes que realmente caisse, senti braços segurando em minha cintura e me puxando me impedindo de tal ato. Minhas mãos ficaram repousadas em cima de seu peito, vestido com uma camisa branca, seus braços estavam ao redor da minha cintura e nossos rostos estavam pertos até de mais, pro meu gosto, olhei em seus olhos intensos e me afastei aos poucos ainda com o coração acelerado e ele se afastou também coçando a nuca. - Você ta bem? - perguntou me observando - Me desculpe se te assustei de novo, só queria ver melhor o seu rosto. - dei um suspiro baixinho e logo uma luz inundou o ambiente, achei até que meus pais tinha me descoberto e eu iria ser castigada severamente. Olhei ao redor um pouco assustada e a luz vinha do céu, não dá minha casa como imaginei, então olhei pra cima e vi um ser tão belo me iluminando, eu tinha lido sobre ela, era tão magnífica e única, soltei um leve sorriso e apreciei toda aquela beleza me esquecendo de tudo.

- Linda... - ouvi um sussurro ao meu lado me despertando de toda aquela áurea do momento, e a propósito eu também achava a lua linda. Olhei para o lado e me surpreendi com a beleza do homem a minha frente, seus braços e peito fortes, mais não exagerados, seus cabelos pretos e seus olhos claros, mais não dava pra identificar a cor dos mesmo, despertei do momento quando vi um sorriso de dentes brancos nascer em seus lábios cheios, e no mesmo instante percebi que o olhava descaradamente, e com isso fique super envergonhada desviando o olhar com o coração acelerado novamente.

- Como se chama? - ouvi o mesmo me perguntar e o olhei novamente. Ele ainda tinha aquele sorriso tão belo nos lábios. - Você não é muito de falar né? - iria responde-lo mais percebi já está a tempo de mais lá fora e precisava correr para dentro para que meus pais não descobrissem. Olhei para minha casa, era laranja claro com colunas marrons era até bem charmosa, percebi me perder em pensamentos de novo. - Você tem medo de falar? - perguntou o desconhecido, eu só balancei a cabeça em negativa e comecei a me afastar devagar ainda virada para o homem desconhecido. - Você precisa ir? - só confirmei com a cabeça. - Te verei de novo? - perguntou ainda parado lá, não sabia  se voltaria a sair de casa então simplesmente dei de ombros. Ao chegar perto da janela, me pendurei no parapeito de madeira e entrei em casa, fechei a janela e ainda vi o homem parado lá e acenei para ele timidamente e o mesmo respondeu da mesma forma e corri para o meu quarto silênciosamente, e chegando lá escondi a chave debaixo do colchão e me deitei para dormir, mais me lembrei daquele homem/garoto tão belo e percebi que seria difícil dormir.

838 palavras.

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