Part 2

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* Gentêêêêê eu não tava recebendo notificação, achei que ninguém tava lendo por isso não voltei!! 

Hoje a linda da 7bel7 me cobrou no twitter, agora eu entro aqui e tem isso tudo de gente pedindo

ALELUIA, ARREPIEI! 

Não revisei esse, escrevi os dois capÍtulos seguidos (esse tá curtinho) e ia continuar se alguém acompanhasse, mas prometo que a partir do próximo já vou fazer certinho pq hoje tem finaaaal!

MUITOOOOOOOO OBRIGADAAAA A TOD*S VCS!

Vcs são incríveis!

*



Entre as mãos e o olhar atento de Gizelly finalmente Rafaella saiu do choque que estava sentindo, mas para cair em uma crise forte de choro. Não sabia explicar a confiança que havia sentido na mulher desde o momento que ela entrou naquele apartamento, mas se sentia segura o suficiente para desabar. Gizelly também não entendia como se sentia tão confiante em confortar uma completa estranha. Ela não era dada a contatos físicos, principalmente com pessoas que não conhecia, mas se viu abraçando Rafa e deitando sua cabeça em seu colo, enquanto acariciava seu cabelo sem nada dizer.

Ivy assistia a tudo calada, mas ao mesmo tempo desesperada. Sabia que algo de muito grave havia acontecido àquela menina, mas ela não havia ainda contado o que. Talvez nem soubesse, pois quando ela começasse a falar, com certeza Gizelly iria pedir para que ela as deixasse a sós pela confidencialidade entre a advogada e a cliente, mas ficaria ali enquanto pudesse. Se sentia responsável por Rafa, queria protegê-la. Lembrava todas as vezes que Gizelly falava que mulheres devem sempre ser unidas e apoiar umas às outras e queria estar lá para fazer isso.

Depois de muitos minutos entre chorar, se acalmar, tentar falar, chorar novamente, Rafa já sentia suas forças se esvaindo, sabia que estava segura, mas não conseguia processar o que havia acontecido.

- Ivy, deixei meu celular lá em cima, manda uma mensagem pra Thelminha, pergunta o que podemos dar pra acalmar ela um pouco

- Boa ideia, mas acho que era bom uma água com açúcar não era não?

- Ta doida menina? Manda pra Thelma, ela sabe o que fazer

- Não... eu to bem... eu to melhor... – Rafa finalmente se levantou do colo de Gizelly e enxugou o rosto com as costas das mãos

- Eu to preocupada com você, me diz o que aconteceu? Como a gente pode te ajudar?

- Eu... meu empresário... a gente foi assinar... ele matou... me deu a arma, eu segurei a arma nas minhas mãos! Ele... na cara... eu não sei....

- Se acalma, eu acho que já entendi. Você precisa primeiro se acalmar e depois me conta a história inteira. Ivy, – se virou pra amiga que estava de boca aberta olhando Rafaella tremer – será que posso te pedir pra dar licença dentro da sua própria casa?

- Mas ela não tá bem, Gi...

- Eu sei, mas eu também sei que o que quer que tenha acontecido, eu to protegida pela lei, você pode ser considerada cúmplice.

Sem dar mais nenhuma palavra, Ivy saiu deixando as duas à vontade na sala. Gizelly olhou mais uma vez a figura frágil que estava em sua frente e sentia seu coração saltando em desespero. Não seria a primeira vez que iria lidar com um caso como aquele, mas algo ali despertou seus medos mais profundos, aqueles que ninguém no mundo sabia, nem mesmo Marcela, por quem havia sido completamente apaixonada nos últimos 2 anos. Respirou fundo e mais uma vez pegou na mão de Rafa

- Eu sei que é a coisa mais difícil que já aconteceu com você, mas você não vai lidar com isso sozinha tá bom? Eu não vou soltar sua mão, é uma promessa. – Rafa assentiu com a cabeça – Então agora me conta com detalhes tudo o que você puder se lembrar do que aconteceu.

- Está bem – ela desviou o olhar para as mãos macias que seguravam as suas – Há um mês atrás eu assinei um contrato com um empresário que é o melhor no ramo. Foi como um sonho sabe? Eu senti que agora era a minha hora e que tudo ia dar certo finalmente, mas não foi o que aconteceu. Ontem de tarde ele me ligou marcando um encontro às 2h da manhã de hoje com um cara que ele disse ser dono de uma marca famosa e que queria alguém para estrelar a nova campanha deles. Quando eu cheguei lá, parecia que estava dentro daqueles bares de filme de máfia, só tinha esse homem, o bartender e mais 2 seguranças e era bem escuro e escondido, eu passei na porta duas vezes antes de encontrar onde era. Depois que eu entrei, ele veio logo atrás e já fomos direto onde estava o tal homem que ele me apresentou como "O jogador". Eu não entendi nada do que eles estavam falando, usavam muitos códigos e repetiam muito que a campanha internacional estava agradando principalmente os turbantes e era pra eles que iriam fazer a nova campanha. Foi então que ele me pediu para ir até o bar buscar uma bebida para mim e quando voltei os dois estavam discutindo feio, os seguranças de olho na briga, mas afastados, então ele puxou uma arma e atirou. Meu Deus do céu, ele atirou no rosto do homem! Atirou depois nos dois seguranças e no barman e foi tudo muito rápido! Ele me deu a arma e falou que se eu quisesse continuar viva era bom eu dar um tiro no ombro dele. Ficou gritando, apontando o dedo no meu rosto e... ah, eu não podia fazer aquilo! Como eu vou atirar em alguém? Como? "Não matarás" foi o que Jesus disse! Eu dei um tiro pro alto, joguei a arma longe e saí correndo o mais rápido que eu pude com ele me jurando de morte nas costas.

Gizelly ficou em silêncio olhando o rosto de Rafa se cobrir novamente em lágrimas. Ela poderia não ter percebido, mas estava claro o que estava sendo negociado naquele bar

- Qual o nome dele? Do seu empresário?

- Felipe... Felipe Prior

- O QUE!? P*TA QUE PARIU! Eu to atrás desse homem há séculos! Já recebi milhares de denuncias sobre ele e até agora ninguém teve coragem de testemunhar.

- Milhares de denuncias? – Rafa perguntou surpresa – De que?

- É melhor você nem saber, mas posso dizer que você se livrou da pior coisa que poderia ter acontecido. Claro, – completou rápida – isso já foi horrível, mas quando eu digo pior, digo que poderia ser você no lugar desse tal "o jogador"

- Por Deus, não fala uma coisa dessas!

- Mas é a verdade! Olha, escuta uma coisa, você tá disposta a ir pra cima dele? Suas digitais estão na arma e a polícia vai chegar em você, então se agirmos antes podemos ter alguma vantagem pra começar.

- Eu não sei, tenho medo do que ele pode fazer comigo. Ele sabe onde eu moro, ele tem todos os meus dados.

- Não sabe não, agora você mora comigo

#121 (AU Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora