Armadilha

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"Na maioria das vezes, a resposta pro que procuramos está na nossa cara, ou, surge aos nossos olhos, mas, nem sempre estamos preparados pra descobrir......"



Aviso: Contêm menção a morte.

Seoul, 9:00hs da manhã, típico dia frio de inverno, ótimo dia pra ficar em casa. E ainda mais comum era aquele cenário que estava se tornando cada vez mais corriqueiro. Mais um jovem foi encontrado morto em um hotel qualquer. Mesma cena: um jovem rapaz encontrado morto, deitado na cama, nu, segurando uma rosa vermelha entre as mãos entrelaçadas. Asfixia como causa da morte. Aparentemente, morreu após transar possivelmente com seu assassino, mas, não havia sinais de ter sido violentado. - Ei chefe, mais um! Jin, delegado da cidade, chegou no local, já tumultuado de policiais e curiosos. Ele não conseguia definir pra si mesmo o que sentia em ver mais uma vez aquele cenário. Comoção pelo rapaz, tão jovem, raiva pelo bandido ou frustração na dificuldade que estava sendo resolver aquele caso. Já na primeira vítima, Jin teve a sensação que não seria só um caso qualquer. Tudo começou com uma morte por mês, depois passou a cada quinze dias e agora já não conseguiam acompanhar, não tinha mais um intervalo definido. Era como se ele estivesse zombando da polícia. Sempre eram rapazes jovens e bonitos, mortos em hotéis, hora eram em lugares luxuosos, ora em "pulgueiros" que dava até nojo em entrar. E nunca, nunca ninguém via nada, com quem a vítima chegava, quem entrava no quarto, quem saia do prédio, nenhuma gravação ou testemunha. Era como se o assassino evapora-se! 15 mortes, 15 jovens inocentes! Sempre com um mesmo padrão: a vítima era encontrado morto, nu, com uma rosa vermelha. E sempre o legista acusava morte por asfixia depois da vítima ter participado de um ato sexual. Não fora violentado.E nunca conseguiam recolher um material genético de qualidade, que ficava ainda na vítima, possivelmente do bandido. O delegado e sua equipe sempre ficavam no meio deum labirinto cheio de perguntas e nenhuma pista. E as mortes só aumentavam. - Chefe, aonde isso tudo vai parar? Tá só aumentando o número de vítimas e nós não conseguimos sair do lugar com nossas investigações... será que não seriao caso de chamar as forças armadas ou ... - Nunca! Aqui sou eu que mando! Ninguém vai vir aqui me dizer o que devo fazer! Já resolvi casos piores. - Mas um maníaco desses... - Cala a boca Spencer! - Só queria ajudar. - Então me ajude fazendo o seu trabalho. E outra, eu já chamei alguém pra me ajudar. E ... pelo visto acabou de chegar.... - Os dois olharam um rapaz loiro, pequeno, jovem, muito jovem, que mais parecia um dos muitos garotos curiosos que passavam por ali, tentando entrar no local do crime. Jin acenou para seus policiais darem passagem à ele. - Ele? Mas é só um garoto! Deve ser ainda uma adolescente! - Quem é adolescente? - Jimin chegou na conversa. - Você deve ser Park Jimin. Sou o delegado Seokjin. Fico feliz que aceitou meu convite. - A honra é minha! Mas pode me chamar apenas de Jimin, hyung... desculpa, você é meu chefe e...

- Jin, me chame apenas de Jin. Jin hyung também está perfeito.

Jimin sorriu, compartilhando o mesmo sorriso de Jin. Era como se se conhecessem de muito tempo, sendo que nunca haviam se encontrado ou conversado se quer antes. Talvez em outra vida.

- Segure o queixo Spencer! - Jin deu um tapa no ombro do subordinado - Ele é jovem mas tem mais preparo do que você e toda essa cambada juntos! - Eu só..... - Isso é preconceito! Você sabe que eu não admito isso no meu grupo! Só porque ele é jovem acha que ele não é apto? Você se esqueceu que seu chefe é um dos mais jovens delegados de Seoul, se não for o mais jovem. E você tem alguma queixa do meu trabalho?

- Nunca chefe!

- Tá com saudade da suspensão? - N-Não...... vou........ tão me chamando ali....... - Medroso! Jimin riu. Dava pra perceber naqueles poucos minutos o quão pulso firme Jin era como profissional. - Desculpe, com o tempo ele e os outros se acostumam que você é só mais um colega. - Sem problema. Bem, estudei todo o caso e assim que cheguei de Busan, soube desse, e vim direto pra cá, depois me instalo, vejo hotel e tudo mais. - Comprometimento! Gosto disso. Venha, vou te por apar desse. Eles colheram todas as informações e voltaram pra delegacia pra agora juntos desvendar esse crime e prender o bandido antes que pudesse fazer uma nova vítima.

Dormindo com o InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora