Capítulo 77 - Dono x Dono

192 6 0
                                    

Caio Narrando

Depois de correr quilômetros com o mano, finalmente chegamos, o dono estava numa mesa contando um dinheiro e guardando na bolsa e ao seu redor em algumas portas haviam mais 3 seguranças.

– Olha, eles estão em 4, eu vou entrar, atiro em um, você em outro e daí faço o chefe deles de refém, você cuida do segurança que restar, provavelmente o chefe aí vai tentar reagir, mas deixa ele comigo em hipótese alguma se intrometa ! – Falei baixo pra ele que apenas assentiu

Entramos e fizemos exatamente o que relatei só não contávamos que o Desgraçado que eu tava com uma arma apontada na cabeça sacaria uma arma e atiraria no mano que tava comigo, um tiro na perna que deixou ele no chão, imediatamente tirei a arma das mãos do Daquele idiota e gritei ao ver o meu parceiro sangrar, mas antes dele desmaiar de dor matou o último segurança.

– Eu sabia que uma hora você apareceria ! – Disse aquele desgraçado com a voz trêmula

– Quem é vivo sempre aparece – Falei suando de raiva

– Por que ainda não atirou? – Ele perguntou

– Seria fácil demais – Falei

– Achei que seria uma briga de rua...

– Então acertou em cheio – falei e empurrei ele, jogando minha arma longe, acertei nele um soco e começamos e brigar, não tinha lado mais forte, tínhamos físicos parecidos, eu percebi que no final nós dois estaríamos machucados

Estávamos brigando normalmente quando vi o Menor aparecer atrás daquele desgraçado, ele o agarrou pelo pescoço e sorriu pra mim

– Achou mesmo que eu ia perder isso ? – Ele perguntou e sorri vendo o cara sufocar, dei no desgraçado um rodo fazendo ele cair de joelhos, peguei seu rádio e uma arma que estava longe

– Agora diz pra sua turma quem é que está no comando e peçam pra ele cessar fogo contra os meus ou ...– Pedi

– Ae Rapaziada, antigo dono Pereira tá de volta, cessar fogo, atirem somente nos canas – Ele disse com uma voz trêmula

– É isso mesmo to de volta ! – Falei em seguida no rádio e joguei ele longe, encarei bem os olhos daquele odiota e vi o Menor assenti pra mim, atirei.

Jaqueline Narrando

Quando finalmente a poeira baixou deixei a garotinha com o pessoal, convenci ela de que aquilo era só mais uma brincadeira e ela tinha que me esperar, subi na garupa de um cara que nunca vi na vida e ele me levou onde supostamente o Caio estaria e lá tava ele jogado no chão, com 5 corpos ao redor e o Menor tentando ajudar, corri até o Caio e me ajoelhei em volta dele

– Meu amor como você tá ? – Perguntei desesperada e senti lágrimas escorrerem dos meus olhos

– Eu não to bem muito legal, mas só preciso de curativos, analgésicos e um banho. – Ele disse e forçou riso eu o abracei forte

– Vamos tirar você daqui ! – Falei e logo começou e chegar mais gente

..

Bom, vou resumir pra vocês, depois que eu cheguei em seguida chegaram uma galera e levamos o Caio pra um lugar seguro, chamamos uma médica e o ajudou pois ele tava roxo e sangrando de tanta porrada que levou, mas ele ficou bem logo.

Quanto a menininha que eu ajudei, uma graça, não achamos a mãe dela infelizmente, mas os meninos não pararam de procurar. Ela pediu pra mim cuidar dela, disse que a mãe dela não voltaria, Caio achou ela uma graça mas deixei ela com a Cris por enquanto. Minha tia estava a caminho de onde eu tava, junto com o pessoal do morro que tava voltando as suas casas e ao mesmo tempo uma galera tava se livrando dos corpos que restou ali.

– Posso falar com você ? – Perguntou o PL, meu antigo melhor amigo e entrou onde eu tava segurando a mão do Caio enquanto ele dormia, estávamos em uma de tantas casas em que ele possuía.

– Pedro ! – Falei e corri até ele abraçando seu pescoço – Você sumiu ! Quanto tempo ! O que aconteceu ? – Perguntei e fomos pra fora do quarto no mesmo instante

– Eu não sei, eu não lembro, a gente se distanciou, eu te procurei, mas você foi pra outra vida com um filho, seu marido ou sei lá, namorado e pior levou a Cris ! – Ele falou indignado

– Sinto muito, eu não sei, não sei o que acontece, a gente se afastou e eu tive que ir embora, era urgente, não tive escolhas, eu não tive acesso as redes sociais por bastante tempo, eu tava sendo procurada, você deve saber, me perdoa, me desculpa por favor ! – Falei emocionada

– Não tá tudo bem, não importa, você tá aqui, eu to aqui, a Cris também. Vamos recomeçar, dessa vez eu te ajudo a tomar mais cuidado, estarei aqui pro que você precisar, ao seu lado pra te ajudar em qualquer coisa mesmo!

– Eu te amo – Falei pra ele

– Eu também te amo baixinha – Ele disse e me abraçou

O Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora