Amigo?

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- Quem está aí?

O soluço subitamente sumiu

- E-eu não vou te machucar! Por favor eu preciso de ajuda!

???: Você promete? Promete que não vai fazer nada?

Me aproximei da voz aguda... Ela parecia assustada...

- Eu prometo, o que aconteceu?

???: ELA!!! ELA TENTOU ME MATAR!!

A pequena voz voltou a chorar, mas mais alto dessa vez.

Me aproximei mais e consegui ver o dono daquela voz. Quase cai para trás, mas me segurei firme. A voz vinha de uma flor dourada, maior do que aquelas a sua volta, ela só tinha um olho que agora me observava com medo.

???: NÃO CHEGUE PERTO DE MIM!

Eu parei.

- Eu também estou com medo- falei enquanto me abaixava e mostrava as mãos vazias- eu caí aqui... Onde estou?

???: Ah meu Deus! Você caiu? Isso significa q você é uma humana! Você está em perigo... Venha até aqui, esconda-se, ela pode voltar.

Flowey: Meu nome é Flowey, Flowey a flor. E o seu?

Ele falou parecendo estar menos assustado agora. Fiz o que ele disse e segui-o para trás de uma pedra.

- M-meu nome é Aliza- agora eu estava preocupada, ele falou que eu estava em perigo, por quê?

Flowey: Bem Aliza, você é a primeira humana a cair aqui depois de nossa tragédia, mas isso não vem ao caso, vou tentar te explicar o que está acontecendo.

-...

Flowey: Você está no subterrâneo, mais precisamente nas ruínas. Este lugar costumava ficar vazio mas depois que a rainha, Toriel, foi destronada ela veio morar aqui. Com o passar dos anos, a solidão mudou-a. Agora ela não é mais gentil, ela não é mais a mesma, ela está louca.

Flowey: Por isso você precisa se esconder. Em tempos passados eu diria para fugir das ruínas, mas agora o horror se espalhou pelo resto do subterrâneo, todos estão diferentes. A fome mudou-os. Então sinceramente não sei como te ajudar. Não confie em ninguém, ninguém é de fato seu amigo. Nesse mundo, é comer ou ser comido.

Agora eu estou em pânico, ao ouvir o discurso de Flowey meu medo cresceu, minha alma estava tomada por ele. Eu não sabia o que dizer. Tudo que consegui fazer foi soltar uma pequena lágrima.

Flowey: Não chore! Eu sei, eu sei não foi um jeito legal de começar a conversar com alguém, me desculpe. Venha, não vai ser bom você encontrar com Toriel. Vou te mostrar uma saída dar ruínas sem que você precise passar pela casa dela.

Continuamos a andar pelas sombras. E enquanto seguíamos Flowey me explicava o que fazer e como tentar sobreviver.

Flowey: O único jeito de você ficar de fato segura é saindo do subterrâneo, e para isso você não tem escolha. Siga em frente quando sair, ande com cuidado, não seja pega, não fale com ninguém. No final do subterrâneo você vai ver uma estrutura de metal bem grande, esse era o core, hoje ele não funciona mais então deve estar abandonado. Lá você poderá parar um pouco e descansar, mas apenas se tiver a certeza de que está sozinha. Seguindo mais um pouco você chegará no castelo de Undyne. Ela assimiu o trono depois de Toriel, se tudo tiver dado certo ela será o maior problema que você terá aqui, tente entrar sem ser vista. Ela costuma ficar fora do castelo a maior parte do tempo. Corra até a sala do trono e em uma porta no fundo daquela sala estará a barreira. Passe por ela e estará livre.

Chegamos a um corredor sem saída. Havia um buraco no muro, grande o suficiente para que eu passasse.

Eu parei.

Havia um vento gelado vindo do outro lado.

Pude ver neve no chão.

-Flowey você não vai comigo?

Flowey: A maioria dos monstros não gostam de mim, tivemos problemas no passado. Vou seguir você de longe mas não posso garantir que serei de grande ajuda.... Boa sorte...

*saber que daqui para frente você estará praticamente sozinha te enche de medo*

HorrortaleOnde histórias criam vida. Descubra agora