Passado

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Aliza pov.

Papayrus me carregou até entrarmos em uma cidade pequena, camada Snowdin. Era visível que a cidade já havia tido dias melhores, mas eu não falei nada.

Tinha descoberto que Sans era do tipo mais explosivo e por isso não me dirigia a ele a não ser que fosse extremamente necessário. Papayrus era menos irritadiço, mas também não parecia estar em seu juízo perfeito. Sendo assim o silêncio normalmente era a melhor alternativa com esses dois.

Paramos na frente de um sobrado de madeira. O local estava bem feio, os cupins haviam tomado conta das paredes externas há muito tempo. Papayrus me pôs no chão e abriu a porta.

O interior da casa aparentava ser melhor que o exterior, era relativamente arrumado e com pouco esforço poderia ser considerado confortável. Em compensação era bem mais escura do que as casas da superfície.

Papayrus: HUMANO SINTA-SE EM CASA! VOU BUSCAR UMA TOALHA PARA VOCÊ SE SECAR, DEVE ESTAR FRIO NESSAS ROUPAS MOLHADAS.

Papayrus; SANS! VOCÊ É MENOR DO QUE EU! PEGUE ALGUMA COISA SUA PARA O HUMANO USAR ENQUANTO AS ROUPAS DELE SECAM.

Sans:...tsk...

Sans teleportou e voltou poucos segundos depois segurando uma camiseta bem grande que serviria bem como um vestido.

- obrigada- falei baixo o suficiente para que só ele ouvisse.

Sans: whathev...

Me dirigi ao banheiro, lá eu tirei minha roupa molhada e me sequei, coloquei a camiseta do Sans. Ficou comprida o suficiente para esconder o que precisava, mas era mais curta do que meu vestido.

Sai em silêncio e vi que a sala estava vazia, então me dirigi ao sofá e me deitei. Dobrei minhas pernas para ocupar o menor espaço possível para não incomodar os irmãos caso eles quisessem sentar.

*quebra de tempo*

Acabei por pegar no sono e não sei ao certo por quanto tempo eu dormi.

Quando acordei tinha um cobertor colocado sobre mim, pela primeira vez desde que caí aqui me senti confortável.

Olhei em volta.

E descobri que para minha infelicidade não estava mais sozinha. Sans estava sentado em uma poltrona próxima, ele estava em silêncio e me observando.

Tentei agir normalmente e me sentei no sofá. Eu pretendia agradecê-lo novamente por me deixar ficar aqui mas ele foi mais rápido.

Sans: Aproveitou a soneca?

- s-sim

Sans: Paps vai ficar contente em ouvir isso.

-...

Sans:...

Sans: Ah mais uma coisinha. Não é porque estou deixando você ficar aqui que eu me esqueci daquela ameaça que fiz. Eu ainda não gosto de você.

- posso te perguntar uma coisa?

Sans: tsk

- porque você odeia humanos?

Sans: Experiências ruins.

Eu olhei para ele. Mas pela primeira vez sem aquele terror que normalmente estava vinculado a sua imagem.

- f-foi um humano que fez isso?- falei apontando para minha cabeça onde na dele tinha aquele buraco.

Sans: huh? Isso?- ele apontou para própria cabeça- nah, antes fosse.

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