capítulo sete

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Vic.

Bebendo minha dose quase diária de Whisky e soda, eu sentada nesse bar penso em como eu sou uma pessoa boa, insuportável as vezes, tudo bem, mas sempre do o meu melhor, seja lá como for, seja lá qual for o nosso tipo de intimidade, eu sempre vou colocar suas necessidades acima das minhas, eu vou sentir sua dor, eu vou ficar feliz com sua felicidade, mas as pessoas insistem em me rotular como chata, insensível, grosseira e rude, então se você pensa assim, será que me conhece direito?

Perdida em meus pensamentos termino a segunda dose da noite e vou andando tranquilamente até a saída, até que sinto meu pulso ser fortemente preso e puxado

- Onde vai belezinha?

- Não te interessa, solte-me eu não te conheço e não permiti que você me tocasse. - digo simples

-Voce não tem que permitir nada, se está aqui é para se divertir

- E sabe como eu me divirto?

- Não. Quero que me mostre - ele diz

- Assim - cheguei mais perto do homem de estatura alta e forte, aproximei minha boca na altura do seu pescoço e passei minha mão por trás do mesmo.

- Isso é por encostar em mim sem minha permissão - Arranhei-o mas pelo visto ele gostou, droga vou ter que ser mais baixa - Acho que você não entendeu direito, isso é por ouvir um não e mesmo assim prosseguir - pisei fortemente com meu belo Scarpin em seu pé

-Voce ficou louca? - ouvi sair de sua boca palavras pesadas de ódio

-Ainda não

-Ah... e isso é por ser um grande babaca - fui mais ousada e usei o joelho pra lhe dar um golpe mais certeiro e doloroso para qualquer homem, o empurrei e deixei se contorcer de dor no chão

-Foi bom me divertir com você.

Andei até a saída com meu nariz empinado como se estivesse indo buscar um prêmio

- Você foi muito corajosa em enfrentar o Mike daquela forma

Ouvi de um homem de braços cruzados encostado do lado da porta antes de atravessar completamente por ela

- O que disse? - disse parando e olhando por cima do ombro

- Eu disse que você foi corajosa

- Ninguém precisa de coragem quando se tem desespero - eu digo

- Poderia ter chamado os seguranças

- Nem todos os homens desse lugar segurariam aquele lixo

- Você está bem? Quer ajuda em algo?

- Eu só preciso achar minhas amigas e ir embora desse lugar - digo suspirando

-Posso te ajudar com isso, vem comigo - ele diz

-Nao prec...- senti minha mão ser pega e dessa vez, delicadamente e sem nenhuma palavra suja

-Ok quais os nomes

-Acho que vai demorar até encontrar todas elas, vou ficar sentada no bar, uma hora elas me encontram, obrigada. - disse e logo sai indo em direção a cadeira mais distante de todo aquela gente bêbada, cheia de tesão e suor.

- Uma taça de vinho por favor

- Duas... -ouvi baixo a mesma voz, quase que num sussurro como se pedisse permissão - Espero suas amigas com você.

- Obrigada, ficaria mais confortável se soubesse seu nome

- Lucas, e o seu é?...

Pego a taça e agradeço o barman, giro a mesma e levo-a ao meu nariz sentindo aquele aroma de poder me invadir.

-Victoria, muito prazer.

-Acredite o prazer é inteiramente meu, primeira vez aqui?

- Você obedeceria uma ordem minha?

- Sem nem hesitar - ele diz

Dou um gole no vinho e o olho em seus olhos sentindo a tensão invisível, nossa vontade se conectar através daquele olhar.

- Me beija agora - eu digo

Coloco a taça no balcão do bar e sinto minha cintura ser pressionada por uma mão forte e habilidosa, enquanto outra segura meu pescoço fortemente, minha boca é suavemente tocada pela de Lucas, me sinto rendida rapidamente por sua pegada claramente experiente e cedo passagem com a língua, ele me beija com vontade, sem pressa e desespero, como se me conhecesse a tempos e não numa balada a menos de 10 minutos, ele brinca com minhas curvas e usa a boca pra fazer um caminho molhado de beijos da minha boca até meu pescoço, sinto sua respiração quente e ofegante no meu colo e me sinto energizada, seguro seu pescoço com as duas mãos e guio seu rosto pra perto do meu novamente, capturo sua boca e mordo o lábio inferior sentindo um sorriso malicioso se formar em seus lábios, olho em seus olhos de uma forma estranha me sinto em casa, segura e protegida.

MAS QUE MERDA É ESSA?

- Desculpa, agora preciso mesmo procurar minhas amigas - sigo depois de um selinho demorado dando ênfase no "preciso" - Até um outro dia de sorte

Não esperei um tchau ou algo assim, subi as escadas e encontro Becca sentada na mesma

- O que aconteceu??

- Vamos para casa por favor - ela diz cansada

- Vamos - segurei-a com mais força por estar bêbada e cambaleando, mas foi em vão

- Olha eu aqui de novo - senti o olhar de Lucas queimar ao se conectar com o meu
- vem, segura em mim desconhecida - ele diz

Fomos até a saída e chamei o Uber, rapidamente ele chegou e com a ajuda de Lucas, Rebecca já estava no carro.

- Já lhe disse isso muitas vezes essa noite, mas, obrigada mais uma vez.

-Fique com isto, acho que vai querer falar com seu amigo amanhã - ele diz com uma voz sexy o que me faz suspirar

- Está me dando seu número? - digo rindo com uma cara confusa

- Te dou o que você quiser.

Ele disse sério demais penetrando meus olhos

- Conversamos depois - deixei-lhe um beijo demorado na bochecha mesmo envergonhada

- Conto com isso

Dei uma última olhada em seu rosto iluminado pela luz da lua e entrei no carro.

- Você sabe que vai me contar tudo depois?

- Eu sei que a senhorita vai acordar de ressaca e arrependida de algo, mas isso é assunto para amanhã, encosta aqui - pego seu rosto suavemente e apoio no meu ombro - Só não joga tudo que você ingeriu pra fora, por favor.

Olá amores da titia, deixa a estrelinha e me diz oq está achando.
bjs da nalu.

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