Quando chegou a hora, nos arrumamos e organizamos algumas coisas para fazer o piquenique na cachoeira. Ana estava tão empolgada que mal conseguia arrumar as coisas, e enquanto eu estava me sentindo bem tranquila. Chegando lá, colocamos os panos nas pedras e as cestas com bolos, doces e outras coisas. Resolvemos nadar um pouco (exceto eu), e fiquei o tempo todo perto do Lunay para não correr o risco de me afogar.
Julián: Como o dia está tão lindo hoje! Este lugar é incrível mesmo!
Jaqueline: É verdade, Julián. Este lugar é maravilhoso.
Lunay: É tão bom estar em um lugar assim com os amigos, familiares e com os nossos companheiros.
Manuel: Na próxima vez vamos nos reunir com os nossos familiares. Vai ser bem legal.
Ana: Nem sei se os meus pais vão poder vir, eles sempre vivem ocupados.
Eu: Por que não tenta conversar com eles? Sei lá, pergunta se podem tirar algumas férias ou um dia de folga.
Jeimaris: É muito ruim ficar muito tempo sem ver os pais, principalmente quando dão mais atenção ao trabalho do que para a família.
William: Pode ter a certeza de que eles vão se dar conta disso e vão querer estar com você, Ana.
Ana: Tomara que sim. - ela falou meia desanimada.
Manuel: Meu amor, eu não quero te ver assim. Vamos nos animar e aproveitar esta tarde maravilhosa.
Eu: Relaxa, amiga. Vai dar tudo certo. Agora vamos comer?
Saímos da água e fomos comer os bolos que a minha sogra fez. Julián havia levado o ukulele, então começou a tocar e nós reconhecemos a música e começamos a cantar. Quando acabamos, deitamos na pedra e ficamos contando algumas histórias malucas sobre a nossa infância.
Ana: Sempre dei trabalho para os meus pais e até hoje faço algumas travessuras.
Manuel: Dá pra perceber pelas as besteiras que você anda fazendo.
Jaqueline: Isso é normal. Até eu faço algumas travessuras com os meus irmãos mais novos.
Julián: O casal que dá mais trabalho é a Ana e o Manuel.
William: Deixa eles serem felizes, Julián.
Jeimaris: Pronto, agora vai começar uma discussão por causa disso.
Lunay: Melhor eu não falar nada.
Eu: Gente, tem uma pessoa ali! - avisei olhando pra frente.
Ana: Peraí, eu começo aquela menina.
Jeimaris: Ela parece estar desanimada.
No momento em que ela se jogou na água, nós corremos imediatamente para ver o que estava acontecendo e reconhecemos a menina. Era a Carla. Ela parecia ter tentado se afogar.
Eu: Carla, você está bem? Porque tentou fazer isso?
Ana: Isso é tentativa de suicídio!
Manuel: Está tudo bem com você? - ele perguntou segurando a Carla.
William: Ela está muito mal. Melhor deixá-la relaxar um pouco.
Lunay: Vamos deixar ela aqui, depois tentamos descobrir o que realmente aconteceu.
Jaqueline: Ela está se tremendo. Traz uma toalha, por favor!
Jeimaris: Aqui está, Jaqueline! - ela falou entregando a toalha para ela.
Julián: Vou ver se ela deixou algum objeto no outro lado.
Enquanto o Julián foi verificar se ela havia deixado alguma coisa, ficamos tentando acalmá-la, pois estava muito agitada.
[...]
Carla nos contou que queria se afogar para tirar a própria vida, porque não tinha mais sentido continuar vivendo. Também falou que está enfrentando um problema de saúde e começou a tomar remédios controlados.
Jeimaris: Não é por que você está enfrentando um problema de saúde que deveria fazer essa loucura.
Carla: Eu sei, mas não me sinto feliz. Quero acabar com isso de uma vez por todas.
Jaqueline: Carla, você é uma garota muito bonita e tem um futuro pela frente. Só te peço que não coloque esses pensamentos negativos na sua mente.
Lunay: Você veio sozinha ou estava com alguém?
Carla: Eu não sei se consigo pensar positivo. Além disso, eu vim aqui sozinha para que ninguém ficasse perto de mim.
Eu: Por que não quer que alguém fique ao seu lado?
Carla: Porque não quero ficar dependendo dos outros. Não quero deixar os meus pais e a minha irmã preocupados.
William: Eu sei o quanto que é difícil pra você...
Manuel: Se não quer preocupar os seus familiares, então se cuide pra ficar bem.
Julián: E os seus amigos? Eles estão sabendo disso?
Carla: Sim, todos eles estão sabendo.
Eu: E o Maurício? Ele também está sabendo disso?
Carla: Quando ele soube disso, terminou o namoro comigo. Agora está ficando com outra pessoa. Fiquei mais destruída ainda por causa disso.
Carla começou a chorar, e eu abracei ela. Nunca imaginei que uma menina tão linda e cheia de vida pudesse estar enfrentando um momento tão difícil.
Carla: Me perdoa, Melissa. Eu sei que fui muito injusta com você e com os seus amigos. Nunca imaginei que vocês pudessem evitar que eu tirasse a minha própria vida.
Eu: Eu te perdoo. Isso ficou no passado.
Carla: Agora chegou a minha vez de sofrer. A minha melhor amiga também está muito mal desde quando soube da notícia da gravidez. Como posso ajudá-la se estou me sentindo pior?
Ana: Relaxa, Carla. Tudo isso vai passar. Você tem que pensar em si mesma.
Jaqueline: Se quiser podemos te levar até a sua casa.
Jeimaris: Também podemos tentar conversar com os seus pais.
Carla: Melhor não. Eu posso voltar sozinha. Não quero estragar o momento de vocês.
William: De jeito nenhum! Você pode tentar fazer mais uma besteira.
Lunay: Além do mais, estamos aqui faz algumas horas e é melhor irmos embora.
Julián: Vamos arrumar as nossas coisas.
Manuel: Vamos, meninos.
Os rapazes ficaram arrumando as coisas e nós ficamos tentando tranquilizar a Carla. Quando terminaram, fomos até a casa dela e avisamos para a Carol que ela havia fugido de casa. Os pais dela ficaram bastante preocupados e nos agradeceram por ter ajudado ela.
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ανєиτυяα | Lᴜɴᴀʏ
Novela JuvenilMeu nome é Melissa, tenho 16 anos e moro em São Paulo com os meus pais. Sou uma adolescente tímida, estudiosa e amorosa. Sempre fui completamente apaixonada pelo o Victor, meu colega de escola, mas ele nunca me correspondeu. Tudo mudou quando o Luna...