•Final•

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- Jimin? Ai meu Deus, Jimin. Querido venha cá.

- Minie, calma. Por Deus isso realmente está acontecendo?

Estava desesperado.

Meus olhos ardiam com a claridade do local.
Queria falar algo mas sentia alguma coisa impedindo a voz de sair, minhas mãos estavam presas e eu não entendia o que estava acontecendo.

Apenas queria gritar e sair correndo.

Não entendia o motivo das lágrimas saírem desesperadas de meus olhos.

Mas no meu peito, ainda era nítido o sentimento de dor e desespero. Parecia que estava sentindo por um longo período de tempo.

- Ainda bem que você acordou.

•°•°•°•°•°•°•°•☆

Após me acalmar, um médico entrou no quarto e fui examinado por ele uma sequência de vezes, durante o processo, tratou de me explicar o que tinha acontecido e por enquanto amenizou minha confusão.

- Parece que você está realmente bem agora. - Sorriu para mim e logo passou a escrever algo em um prontuário. - Mas não se anime tanto rapaz, ainda teremos vários exames e dependendo do resultado você ficará mais alguns dias aqui.

- Certo, obrigado doutor. - Sorri para ele agradecido pelo seu trabalho.

- Mandarei a doutora Lia vir aqui mais tarde, ela é psiquiatra e pelo o que seus pais me contaram, você tem bastante coisa para desabafar.

- Ah sim, quase esqueci. Por que minhas mãos estavam presas?

- Algumas vezes você se debatia e acabava se machucando ou machucando alguém. Então para não ferir ninguém, achei melhor prendermos seus braços na maca.

Murmurei em compreensão e após ele sair, senti que algo estava faltando.

- Omma, ele veio?

- Depois que você entrou em coma, ele não saiu do seu lado, apenas para a faculdade. Ele cantava para você todas as noites antes de dormir, dizia que era pra você ter um bom sono. Ele saiu daqui bem cedo hoje, tem um seminário para apresentar e prometeu que mais tarde vinha. - Me ajudou a levantar da cama, e como havia caído de um prédio consideravelmente alto e essa era a primeira vez em um bom tempo que coloquei os pés no chão, não conseguia andar. - Imagina o quão feliz vai ficar ao ver que você acordou?

- Omma, por quanto tempo fiquei em coma? - Appa me colocou nos braços e levou-me até o banheiro, logo me colocando de pé, sendo sustentado pela Omma.

- Por sete meses, foi um milagre que você tenha acordado após aquela situação toda que aconteceu.

Eu sobrevivi, realmente estava de pé alí naquele banheiro olhando para minha figura um tanto que diferente do que estava acostumado a ver antes de pular daquele prédio.

Novamente as lágrimas voltaram a escorrer.

Mas dessa vez não era de tristeza ou dor.

Eu não conseguia explicar o que estava sentindo, não sabia dizer se era gratidão, felicidade, alegria ou qualquer outra coisa. Talvez era um misto de todos os sentimentos possíveis.

Caí de joelhos no chão do banheiro e chorei como nunca tinha chorado antes.
Não consigo contar quantas vezes agradeci a Deus por estar vivo e por poder respirar, mesmo com certas cicatrizes no corpo e que ficarão para sempre ou minhas pernas que não podia movimentar. Mas nada era tão importante do que estar vivo.

Eu realmente tive uma segunda chance e dessa vez eu não irei jogá-la aos ventos.

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