PRƎSƎNTƎ DƎ GRƎGΩ

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IxOI - presente de grego

Sou um adulto agora, pensei que seria um marco na minha vida, mas até agora nada de diferente aconteceu. Mesmo sendo meu aniversário, se parece com apenas mais um dia comum. Agora já posso ir preso, que maravilha. Não é uma coisa boa, e mesmo assim não parei de ouvir isso o dia inteiro. 

Estou na frente da minha casa, saindo de um carro e me despedindo das pessoas dentro do mesmo. Não conheço a metade, porém todos alí me conhecem.

Sou Derek Hale, o quarterback que namora a líder das cheerleaders. Minha vida é um perfeito clichê criado pelos filmes adolescente. O sonho de uns, pesadelo de outros. Muitos podem estar achando que reclamo de barriga cheia. Mas pode ter certeza, ser popular não é mil maravilhas. Pra quem começou do início da pirâmide, ficar no topo é muito difícil. Ninguém quer cair para ser a ralé, por isso, as aparências são tudo.

Ainda bem que isso finalmente acabaria em algumas semanas, me formaria e daria adeus para aquele convívio tóxico que é a escola. 

Talvez eu tentasse ir preso, pelo menos assim não preciso escolher um curso da faculdade. Claro, estou sendo bem dramático, mas seria bem útil para acabar com minhas responsabilidades. Seria um fora da lei que não precisa dar satisfações a ninguém. Aquilo não aconteceria nunca, até porque, antes da polícia me levar preso, minha família me mataria.

Vi o carro ir embora ao virar a esquina, desaparecendo do meu campo de vista. Respirei fundo e fui em direção a porta. Peguei a chave no meu bolso, logo destrancando a fechadura. 

– Pessoal, cheguei! – avisei assim que empurrei a porta, entrando na casa.

Todas as luzes estavam desligadas, deixando a residência num breu total, o que é estranho. A uma hora dessas meu pai deveria estar assistindo o Discovery H&H, mas não ouvia o som da tv ligada. Toda a casa estava num completo silêncio. Franzi a testa assim que liguei o interruptor do hall de entrada. 

– Pai? Mãe? – chamei esperando por um sinal indicando que estavam presentes  – Cora? Laura? – chamei os nomes das minhas irmãs, mas não houve resposta.

Minha respiração já começou a ficar entrecortada. Inspirei fundo na tentativa de me acalmar. Não me falaram que iriam sair. Fechei a porta da frente enquanto pegava meu celular. Andei pelo corredor, indo em direção a cozinha, ligando todas as luzes por onde eu passava. 

Procurei na geladeira, se tivessem ido para algum lugar haveria um bilhete na porta do congelador. Não tinha nada. 

Liguei para todos da minha família, mas ninguém atendeu. Meu coração já começou a bater mais rápido. Na minha cabeça imaginava tudo que podia ter acontecido. Desde uma viagem até a casa da minha avó, até um sequestro. 

A segunda pode parecer exagero, mas quando seu pai prendeu a maioria dos bandidos da cidade aquilo passava ser uma possibilidade. 

Estava tentado ligar para polícia, mas sabia que não iria adiantar. O sumiço tinha que ter acontecido a 24h no mínimo. 

Subi as escadas até o quarto, sem saber o que fazer. Em minha cabeça todas os treinamentos dados por meu pai se embaralham. Quando passei pela sala pensei ter ouvido algo, olhei na direção do som, mas não havia nada. Cerrei os olhos, esperando minha visão se adequar com a escuridão. 

As luzes da sala ainda estavam apagadas, fui até lá e liguei o abajur, revelando um corpo deitado no sofá. Meu pai dormia como uma pedra, balancei ele, chamei por seu nome, mas nada o fazia acordar.

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⏰ Última atualização: Apr 30, 2020 ⏰

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