Capítulo 5

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Em silêncio acompanhou Cruciatus de perto, o mesmo parecia emanar uma energia fantasmagórica, além de cheiro de ovo podre, misturado com bacalhau, e frutas estragadas, por vezes tendo ânsia de vômito, mais se controlou, passou por várias portas, a...

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Em silêncio acompanhou Cruciatus de perto, o mesmo parecia emanar uma energia fantasmagórica, além de cheiro de ovo podre, misturado com bacalhau, e frutas estragadas, por vezes tendo ânsia de vômito, mais se controlou, passou por várias portas, até chegar ao quarto, parando diante da porta o servo aguardou Tenebrosa abrir a porta.

Ao fazer isso a bruxa se deparou com uma réplica perfeita do seu antigo quarto, que ficava em um castelo de pedras cinzentas, como aqueles vistos nos filmes e histórias antigas do Rei Arthur, cautelosamente se colocou para dentro do quarto, uma enorme janela estava aberta revelando a paisagem infernal, mais fora isso era como se houvesse voltado no tempo, seu guia fechou a porta a deixando sozinha em seus aposentos, sem falar, ou esperar por qualquer ordem dela.

Caminhou até a janela, o ar quente açoitava sua pele, mas nem mesmo aquilo lhe causava dor, havia sido queimada tantas vezes, que aquele calor não era nada. Através da janela tinha uma visão mais completa daquele lugar composto por rochedos, desertos, campos secos, rios, vulcões, tudo fazia parte de um cenário desolador.

Os gritos de dor de muitos conseguiam chegar até seus ouvidos, não era como se a incomodasse, mas saber que não eram infligidos por ela, ou por sua causa, despertava um desgosto tremendo, dando as costas para a janela que continuou aberta, observou com cuidado o quarto, não queria abaixar a guarda e ser pega de surpresa, mais era inegável que tudo aquilo era suspeito, quem iria ajudar outra pessoa no inferno, ainda mais alguém do calibre de Sinistro?

Abrindo o guarda roupa encontrou muitas de suas peças de roupas, na cômoda havia um espelho grande. Todo o lugar era rústico e familiar para Tenebrosa, caminhou até uma porta fechada que dava para o banheiro, o ambiente era oval, havia apenas uma janela de vitral com cores em preto, vermelho e amarelo, o desenho que se formava era um corvo, com seus olhos vermelhos grasnando, de asas abertas para a noite sem estrelas, se olhasse com bastante atenção poderia ver a imagem se mover lentamente, no canto direito havia uma banheira.

Olhou para dentro mais o que tinha ali não era água, mas sangue, a mulher se despiu por completo, colocando primeiro um pé na banheira seguido pelo o outro, até que todo seu corpo estivesse no líquido vermelho, sua expressão relaxou por alguns momentos, como se aquele sim fosse um banho perfeito, a muito tempo não se banhava no sangue, aquela prática era um ritual de limpeza não física, mais interna, como se o sangue penetrasse sua pele, revigorando suas células, rejuvenescendo seu corpo, e preenchendo de força e vigor.

Passava a mão pelo corpo, deixando o líquido fazer seu trabalho, pegando um pouco com as mãos em forma de concha, jogou sobre o rosto, enquanto escorria por sua face, ela sorriu revelando dentes brancos e perfeitos poderia ser confundida facilmente com uma vampira, enquanto seus olhos brilhavam em um lilás intenso, com a ponta dos dedos, acariciava seus lábios, como se pudesse fazer o sangue deixá-los ainda mais suculentos e perigosos.

Soltando os cabelos, fechou os olhos, assim que o fez, se lembrou de Adam, da garota que se parecia com sua prima e de toda a dor que sentiu, seus dentes trincaram, sem perceber mordeu o canto da boca, fazendo seu próprio sangue lhe encher a boca.

SINISTRO  - (Volume 2)  ( CONCLUÍDA!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora