A canção do desespero

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Nestha avançou brandindo a espada num milésimo de segundo mal dando tempo para Feyre recuar. O olhar surpreso de feyre logo foi substituído pela excitação. 

-É o melhor que consegue irmã? feyre brinca.

Mas Nestha nao se dignou a responder e continuou atacando furiosamente, como se estivesse diante do rei de hybern novamente. no meio dos ataques e berros da multidão feyre deu uma rasteira nela e quando quase estava no chão nestha retirou uma adaga de alguma parte escondida do corpo e lançou na direção do rosto da sua irma, logo depois batendo a cabeça no chão.

feyre numa manobra desesperada desaparece em fumaça e sombras e a multidão grita em delírio diante do duelo. -ISSO É TRAPAÇA! berra Nestha se levantando tropega por conta da pancada na cabeça.

-eu disse que não usaria armas irmã, nada  falei sobre magia. responde feyre. nestha lançou outra adaga em sua direção e feyre se moveu e a pegou no ar e os guerreiros gritaram em aprovacao. não ouviu nestha sussurrando algumas palavras.

 Derrepente Feyre não conseguia se mover. na verdade parecia que o mundo havia parado no tempo apenas para ela, até mesmo respirar doía. rhys no canto de seus olhos, pôde observar que sentia dor por ela também mas não poderia interferir no duelo visto que ela e sua irma fizeram um acordo.

-como se sente forçada a uma situação irma? presa com um bando de seres que não são como você, obrigada a ser um deles, a não envelhecer por toda a eternidade, atras de um glamuroso vidro de mentiras e traições. pra você que se encaixa no molde tudo é perfeito mas pra mim esse vidro corta e me arranca pedaços. a culpa é toda sua!!! 

Cassian segurou um rhys aflito que quis forçar a entrada no ringue de toda forma, quando nestha viu o "seu par" notou seu olhar  magoado e uma parte dela doeu por isso. Mas não havia mais volta. Nestha pegou uma adaga pronta para arranhar feyre quando sua mão caiu para o lado sem forças. horrorizada diante da quase vitoria ela pegou outra adaga escondida no couro e avançou com toda a forca mas chegando no alvo seu outro braço pendeu e perdeu as forças também.

as pessoas aglomeradas ao redor do ringue estavam em um silencio profundo, não se sabe se por excitação do que poderia acontecer ou se por medo da bruxa. feyre se moveu um misero centímetro, e nestha percebeu.-não é nada pessoal, só não quero ser obrigada a ficar aqui, e levantou a adaga e lançou a seu destino.

prestes a raspar a pele de feyre, ela subitamente rolou para o lado e socou com toda força o nariz de netha que voou uns dois metros pra trás. -Boa tentativa irmã. feyre disse. A multidão berrou em delírio diante da invertida da luta e o encorajamento de rhy soou ate mesmo acima dos gritos dos illyrianos. nestha levantou com o rosto todo ensanguentado e contorcido de ódio e pegou uma das outras adagas escondidas.(meu deus essa mulher tem quantas??) e se levantou novamente.

-1 MINUTO RESTANDO!!! Devlon gritou as duas e Nestha franziu a testa e passou a atacar cegamente. Cassian por outro lado ficava cada vez mais ansioso, pensando na ideia de não ver mais sua amada e mesmo que feyre ganhasse, nestha iria se afogar em mais rancor ainda. rhys por outro lado estava rindo igual um retardado observando feyre se desviar como aquelas gatas arredias que ficam namorando no telhado as 3 da manhã.

-Desse jeito não vai vencer, precisa atacar com propósito não cegamente!! feyre implicou com nestha que já estava impaciente por não conseguir resultado. na luta ela com toda a certeza era mais fraca, mesmo com as vantagens oferecidas pela irma. no campo da magia provavelmente seria, mas ela conhecia os feitiços proibidos. será que deveria usá-los contra a irmã?os efeitos eram dolorosos e geralmente dávamos mais do que recebíamos de volta. 

sem pensar começou a recitar uma cancão em uma língua que feyre desconhecia mas que percebeu ser maligna pelo cheiro de ferro e sangue no ar. a plateia se calou, um calafrio que percorria a espinha e congelava a alma. algo mais profundo e desconhecido que qualquer um não queria ter a chance de encontrar nem mesmo em seus piores pesadelos. os pássaros um a um pararam sua sinfonia e perceberam que a alegria do seu canto não conseguiria sobrepujar a escuridão da cancão de desespero da bruxa.

um a um os olhos foram ficando sonolentos e até mesmo os mais fortes guerreiros se ajoelharam subitamente fracos. o céu se fechou em nuvens e ficou negro como a noite mais densa do ano. feyre disse gaguejando: -pa-pare nestha... não precisa ser assim. uma dor lancinante começou no umbigo de netha ate o meio dos seios, mas ela continuou cantando o feitiço maldito, feyre no chão lutava para não cair no sono.

no momento simultâneo uma lança illyriana tenta trespassar o ringue e trava na direção das lutadoras. de fato ninguém poderia interferir na luta pois elas fizeram um juramento de sangue. nestha se esforçava tremendamente pra continuar em pé e continuar a entoar o feitiço, mas todos a seu redor já haviam encontrado o sono, só rhys e cassian permaneciam meio ajoelhados se apoiando um no outro. no fim do feitiço avancei a passos de tartaruga para cravar a adaga, na verdade nem para arranhar teria muita força. passos lentos, estávamos a meio metro de distancia, porque parecia que estava carregando um elefante nas costas? caindo de joelhos nestha subiu a faca e desceu lentamente na direção da garganta da irma, unica parte que a pele estava descoberta. quase só mais um pouco e serei livre pra sempre...

-A festa acabou Nestha. 5 minutos se passaram e você perdeu. falou a voz tao conhecida a ela, que a ensinou os feitiços proibidos, ela se entregou ao sono também e o mundo se dissolveu.



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